Coluna Esplanada

Arquivo : casamento gay

Dilma faz aposta final nos evangélicos
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Leandro Mazzini

Em milhões de folhetos distribuídos pela coligação nas ruas das capitais, nos últimos três dias, a presidente Dilma (PT) faz a última ofensiva para conquistar o voto dos evangélicos.

Não apenas dos eleitores de Marina (PSB) e Pr. Everaldo (PR), que teoricamente migram para Aécio (PSDB). É luta pessoal desde 2010, quando foi acusada de ser a favor do aborto.

No folheto, Dilma cita que não obrigará pastores a realizarem casamentos de pessoas do mesmo sexo, e lembra que ‘afirmamos em 2010 não promover nenhuma iniciativa que afronte a família. Honramos tal compromisso’.

Mas uma ação do Ministério da Saúde quase jogou tudo para o alto.

A Portaria 415 da Saúde, publicada dia 22 de maio, trocou no D.O. o termo da ‘profilaxia da gravidez’ em casos graves por ‘interrupção terapêutica do parto’. (lembre aqui)

O novo termo que seria usado oficialmente abriria brecha jurídica para o aborto. Revelado pela Coluna, causou embate entre juristas e o governo, e a Saúde recuou.

À ocasião, a bancada evangélica, forte no Congresso, chiou e foi para cima do ministro e da presidente Dilma. Acuada, visando a eleição, a presidente mandou a Saúde recuar.

No material da coligação, a presidente também lembra que mudou a Lei Rouanet para reconhecer a música Gospel como atividade cultural, para que recebesse patrocínio.


Movimento católico lança cartilha contra candidatos liberais
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Leandro Mazzini

Conservadores x liberais.

O movimento católico ProVida distribui milhares de panfletos no Distrito Federal num confronto contra os liberais, para que o eleitor questione seu candidato. Entre os tópicos, os católicos defendem ‘o direito a vida desde a fecundação’ (contra o aborto), ‘casamento de homem com mulher’, e ‘rejeição à descriminalização das drogas’.

O movimento, capitaneado pelo advogado Paulo Fernando Melo – candidato à Câmara dos Deputados pelo PSDB – é o que causou estrago na etapa final da campanha de Dilma Rousseff (PT) em 2010, quando distribuiu 5 milhões de folhetos com textos nos quais indicava que ela era a favor do aborto.

 

 

 


Secretário Nacional do PSC é a favor do casamento gay e revela que partido tem homossexuais
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Leandro Mazzini

Atualizada Terça, 16, 19h50: Em nota oficial do PSC distribuída na terça, 16, o secretário-nacional nega as informações e diz que sua fala foi distorcida. O blog confia na matéria do repórter Marcio Lima, que entrevistou pessoalmente o senhor Antonio Oliboni. Este colunista telefonou para o sr. Oliboni na Quarta, 17, e o secretário-nacional confirmou todas as informações publicadas. Explicou que é a favor do casamento como determina a lei, e isso inclui a união homoafetiva, e destacou que é a favor do mérito da lei no que concerne aos direitos adquiridos da pessoa na união oficial.

O pastor-deputado Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, começa a encontrar posições contrárias às suas dentro do comando do próprio partido.

Secretário nacional do Partido Social Cristão, membro da executiva e presidente do diretório em Minas – onde foi fundada a legenda – Antonio Oliboni revelou que é a favor do casamento gay e que o PSC tem homossexuais assumidos em seus quadros – no Rio, Bahia e Paraná. Diz ter “muitos amigos gays”, mas frisou que pessoalmente é contra a adoção de crianças por casais gays.  “A criança tem que ter a presença das figuras paterna e materna”.

Deve-se a Márcio Lima, de Belo Horizonte, a entrevista com o secretário-nacional, cedida ao blog. Conheça aqui o site do repórter.

As palavras não só vão de encontro às ideias de Feliciano como têm o peso do comando do partido. Oliboni falou autorizado pelo presidente , Vítor Nósseis.  O secretário-nacional ainda emendou que, se fosse deputado, votaria a favor da união homoafetiva.

As declarações, no entanto, não indicam que o PSC vai pressionar Feliciano, há o respeito à ideologia pessoal do deputado. “O Marco Feliciano é um bom rapaz e sua atuação como pastor tem sido confundida com sua atuação como político”, comentou. Perguntado sobre o fato de Feliciano ter dito em pregações ser o negro “amaldiçoado”, Oliboni o defendeu com o argumento de que isto poderia ter sido “uma afirmação que ele fez num culto, talvez para explicar alguma mensagem específica a alguns de seus fiéis naquele momento”.

A exemplo de outros partidos, o PSC grava filmes para inserções permitidas por lei na televisão em rede nacional. O partido não vai fugir à polêmica da presença do deputado Feliciano na Comissão de Direitos Humanos. Oliboni vai convidá-lo para reunião em BH para ajudá-lo na implementação “de uma agenda positiva”.

Memória – Antonio Oliboni foi secretário de Justiça do governo Anthony Garotinho no Rio de Janeiro. Foi afastado do cargo e respondeu a processo por improbidade administrativa no caso do escândalo do rei da quentinhas, que fornecia alimentos para presídios do estado. Voltou a exercer a advocacia e hoje é secretário executivo do PSC.

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