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Prejuízo da Petrobras no Golfo do México intriga acionistas
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Leandro Mazzini

O navio-plataforma que opera nos dois campos no Golfo. Foto: Petrobras

O navio-plataforma que opera nos dois campos no Golfo. Foto: Petrobras

Um dado passou quase despercebido aos olhos de investidores e especialistas, no balanço da Petrobras divulgado semana passada, mas não incólume à lupa dos maiores acionistas. E causa estranheza a muitos deles.

A petroleira admitiu perdas de US$ 4,2 bilhões com a operação nos campos Cascade & Chinook no Golfo do México, cuja extração iniciou-se há apenas 10 meses. Para efeito comparativo, a perda total na área de Exploração e Produção no Brasil em todo o ano 2014 foi de US$ 5,6 bilhões.

A petroleira extrai óleo num poço de 8.200 metros. Destes, 2.500 são de profundidade a partir da lâmina d’água. Operação de pouco risco e de especialidade da Petrobras. Utiliza o Sistema de Completação Inteligente, que indica com precisão a quantidade de petróleo dos poços.

A Petrobras é operadora dos dois campos – tem 100% de participação no Cascade e 66,7% de Chinook, na qual a Total USA é sócia, com 33,3%.

Não por acaso a Total começou campanha forte na mídia brasileira, desde semana passada, mostrando ‘avanços’ da empresa no setor. Blindagem prévia.

PROCESSOS

O jurídico da petroleira tem muito trabalho desde o início do ano quando começaram a pipocar nas cortes dos Estados Unidos ações de indenização individuais ou coletivas, de pequenos e grandes acionistas.

A Coluna revelou que apenas o sheik dos Emirados Árabes, o príncipe de Abu Dhabi, perdeu cerca de US$ 1 bilhão com a desvalorização das ações, representado por um fundo árabe que comprou quase US$ 7 bilhões em ações da empresa na esteira do anúncio do pré-sal. Um escritório de Nova York o representa.


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