Coluna Esplanada

Arquivo : clubes

Dilma cria Autoridade do Futebol para fiscalizar e evitar calotes
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Leandro Mazzini

Com os clubes falidos – por má gestão há décadas – a despeito do esforço de patrocinadores privados e dos governos federal e estaduais, a presidente Dilma Rousseff decidiu se blindar de calotes.

O Governo já ajuda com repasses da arrecadação da Timemania, com a recente renegociação facilitada das dívidas de impostos federais e, desde ano passado, com os patrocínios milionários da Caixa e do Banco do Brasil a vários grandes times.

Nesse cenário, Dilma oficializou o apoio para salvar o caixa dos times, mas envolvendo uma frente interministerial para fiscalização e cobranças. O Decreto 8.642, do último dia 19 de janeiro, criou a Autoridade da Governança de Futebol, sem custos.

Entre as pastas, o Ministério do Esporte terá dois representantes no Conselho.

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Petrobras corta festas e academias, mas derrapa na pista
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Leandro Mazzini

Novato na casa, o presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, encontra resistências entre os veteranos do conselho da petroleira no plano de cortes de custos e demissões de comissionados.

Para piorar o cenário interno, Bendine cancelou as grandes confraternizações da estatal, que envolvia diretorias, gerências e funcionários – gastos que passam de R$ 1 milhão todo fim de ano, em capitais e cidades-pólo.

A empresa também corta gradativamente os convênios com academias de ginástica para os servidores. Mas deve manter o patrocínio a pilotos e à prova da F-1, que consome mais de R$ 70 milhões por ano – mesmo valor previsto para 2016.

A despeito dos cortes em departamentos e subsidiárias, a petroleira continua a pagar mensalidades de faculdades para filhos de graduados funcionários.

Quem atua nas diretorias não esconde o desconforto com uma farra ainda comum na empresa: viagens nem sempre necessárias, e diárias, de diretores, gerentes e servidores. E um sistema pessoal de acúmulo de milhas que deveriam ficar para a empresa.


Projeto sobre punição a fraude no futebol está na marca do pênalti
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Leandro Mazzini

Moreira: PL passou na CCJ. Foto: divulgação

Moreira: PL passou na CCJ. Foto: divulgação

Enquanto a FIFA sofre a maior devassa policial e judicial de sua história, com consequências que podem afetar diretamente a Confederação Brasileira de Futebol, avança na Câmara dos Deputados um projeto de lei (2832/11) do deputado Alceu Moreira (PMDB-RS) que estabelece responsabilidade penal para dirigentes de clubes de futebol que protagonizarem gestão fraudulenta.

‘A irresponsabilidade de dirigentes corruptos pode deixar órfãs multidões de torcedores. Nada é mais público no Brasil do que o futebol, a paixão nacional’, explica Moreira.

O PL teve parecer favorável pelo relator, deputado Veneziano Vital do Rêgo (PMDB-PB) na Comissão de Constituição e Justiça há duas semanas, e está pronto para ir a plenário.

VALE UM FILME

No olho do furacão da operação do FBI no coração da FIFA está o brasileiro J. Hawilla, dono da Traffic, empresa multinacional com direitos de transmissão de campeonatos e de passes de jogadores, principal pagadora de propinas aos cartolas, segundo a polícia.

Na sede da CBF no Rio a tese é a La cinema americano: Hawilla foi pego pelo FBI sigilosamente em Miami ano passado, e a ele foi oferecido benefício de redução de pena por delação, além de pagamento de multa, para escapar da prisão.

Com as informações de J. Hawilla a promotoria e o FBI cercaram os dirigentes ontem em Zurique. Como a promotoria americana informou que a investigação aborda casos de corrupção – lavagem de dinheiro, evasão fiscal, formação de quadrilha – dos últimos 20 anos, há suspeita de que a prisão de José Maria Marin é estratégia para chegar a Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF e dirigente da FIFA.

Hawilla, um ex-assessor especial de Pelé, ganha tanto dinheiro que em 2010 comprou o time Estoril, de Portugal, que logo depois subiu para a 1ª divisão.


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