Golaço do FBI: como a polícia convenceu Marin a fazer delação
Leandro Mazzini
O FBI calculou cada passo da estratégia de cerco a José Maria Marin para pegar em cheio os outros dois cartolas da Confederação Brasileira de Futebol (CBF): Marco Polo Del Nero, atual presidente, e o ex Ricardo Teixeira, ambos suspeitos de negociatas na entidade e de lavagem de dinheiro.
O plano começou com a prisão de Marin na Suíça, revela à Coluna um agente da Interpol, durante a limpa que a polícia fez na direção da FIFA. O carcereiro suíço que vigiou Marin fala português e virou um confidente.
“Por que só eu estou preso?”, desabafou o cartola certo dia. Foi o passe para o FBI propor a delação premiada.
Os agentes do FBI sabiam que Marin não aguentaria muito tempo, pela idade avançada e por ser o único detido. O caso revoltou o brasileiro, que abriu o bico.
Marin está em prisão domiciliar em Manhattan, Nova York, em seu apartamento de US$ 5 milhões. Há fortes indícios de que já entregou Teixeira e Del Nero.
A delação de Marin explica por que Ricardo Teixeira trocou Miami pelo Rio de Janeiro, e por que Del Nero não sai do Brasil desde a operação na sede da Fifa.