Coluna Esplanada

Arquivo : deputado federal

“Ele me levou a fazer coisas à força”, diz mulher sobre Feliciano em áudio
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Leandro Mazzini

“Se vale um conselho, manda o Feliciano aquietar o pintinho dele , guardar o pintinho dele”

“Eu não sou uma menina burra. Eu tenho provas, tenho conversas, que saíram do telefone dele”

“Provavelmente eu não fui a primeira, e não sou a última. Eu serei a primeira que vai falar! Eu não aceito nada em troca. O que ele fez foi impagável”.

“Ele não me deixou sair ( do apartamento ), fez coisas à força, eu tenho a mensagem dele: ‘Feliciano, a minha boca ficou roxa’. Ele ri”

“Se você conhece o Marco Feliciano e trabalha com ele, você com certeza deve saber da conduta dele, da índole dele. Não sejamos hipócritas”.

“Eu corri atrás de todos os pastores para pedir ajuda e não posso sair prejudicada. Porque se eu sair prejudicada, eu vou à delegacia”.

* * *

“Eu não levei à delegacia ainda porque eu sou cristã, eu amo a minha igreja! (.. ) eu não fui para a delegacia porque eu sei que isso vai prejudicar não só a igreja, não é só o ministério do Feliciano, mas todo o evangelho. Eu amo a igreja”.

“Você está fazendo um bem, de você perdoar, e posso pedir para você por uma pedra em cima? O partido vai continuar tudo igual para você” (voz atribuída a chefe de gabinete de Feliciano)

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Atenção – Por questões de preservar pessoas alheias ao caso, citadas no áudio, divulgamos parte do áudio, o suficiente para confirmar a versão que a jovem relatara pessoalmente à Coluna

A polêmica começa quando a Coluna solta uma nota sobre assédio sexual de um deputado federal a uma jovem de Brasília – caso que se revelou muito mais grave, após ela relatar pessoalmente, diante de duas testemunhas, o que houve. Ela procurou este repórter pelo whatsapp, número passado por um amigo em comum, com a mensagem: “Oi. Preciso de ajuda”. Era dia 24 de julho.

Desde então o repórter passou a trocar mensagens de whatsapp com a mulher de 22 anos que acusou de agressão e assédio sexual o pastor Marco Feliciano, deputado federal, líder do PSC e do Ministério do Avivamento, um braço evangélico que criou. A Coluna tem as evidências de provas passadas pela menina – na troca de mensagens repete que faria o B.O. na polícia – e numa reunião. Diante de um jornalista paulista e do advogado da Coluna, ela confirmou tudo. Ontem, a Coluna revelou o caso.

A menina que se diz vítima entregou os prints das trocas de mensagem que atribui a Feliciano – confirmamos em áudio com dois funcionários do PSC que se tratava do telefone pessoal dele – e também um áudio, o qual revelamos agora. Nele, a jovem diz que se reúne com o chefe de gabinete de Feliciano, Talma Bauer, em Brasília – e na conversa confirma tudo o que denunciou ao repórter e o que foi publicado.

A garota está fora de Brasília, sem os pais. Bauer confirma que esteve com a jovem, ‘numa conversa como de pai para filha’, para orientá-la, mas sobre o áudio, apesar de não ter ouvido, diz que pode ser montagem. ( Detalhe, as vozes coincidem, a garota confirmou para o repórter e testemunhas que o gravou, e enviou o áudio por whatsapp para a Coluna. Não há indícios de montagem e não há qualquer interrupção no mesmo. Vamos publicar os primeiros 28 minutos dos 57 minutos da conversa reveladora).

Após sair de Brasília, misteriosamente a garota mudou toda a versão, apesar das provas entregues à Coluna e das testemunhas. Ela gravou vídeo para o youtube chamando Feliciano de ‘bacana ( confrontada por este, ela o retirou do ar ).  E agora espalha que foi usada e o repórter mente. Gravou outro vídeo que circula agora pelo whatsapp, dizendo ser ‘coisa da esquerda’, e ao lado de quem? Do querido novo amigo Bauer, alvo dessa gravação e a quem deu seguidos recados de que não poderia ficar abandonada.

Isso é só parte da verdadeira história.

Atualização quinta, 11/8, 00h33 – Com os leitores, a prova da denúncia. Parte da transcrição abaixo, e parte no canal da Coluna Esplanada no Youtube, do áudio gravado segundo ela no dia 22 de junho.

 

Homem – Sou chefe de gabinete do Feliciano, sou um conselheiro dele. Eu pediria a você para dirimir qualquer dúvida.

Mulher – Se você conhece o Marco Feliciano e trabalha com ele, você com certeza deve saber da conduta dele, da índole dele. Não sejamos hipócritas. Não estou aqui para ganhar nada de ninguém. você não é a primeira pessoa que me procurou.

(..)

Conheci o Feliciano dentro da Câmara. Ele simplesmente chega nas pessoas e usa o que ele tem. Todo mundo erra, mas uma coisa é você ser hipócrita.. eu só perco e me exponho, eu não sou uma menina burra. Eu tenho provas, tenho conversas, que saíram do telefone dele.

Homem – Sim, eu etendo. Você se sentiu prejudicada.

Mulher – Lógico que me senti.

Homem – Qual o dano que te causou?

Mulher – Moral. Ele falou para muita gente. (..) Eu me considero uma pessoa honesta, e não estou mentindo.

Homem – É.., quando a gente conversa assim olho no olho a gente não mente.

Mulher – Eu não tô aqui para falar de você. Tô aqui para falar do Feliciano. (..) Ele usou de um cargo público para se aproximar, tenho provas, são provas concretas, com base. Não quero prejudicar ninguém, mas não quero sair prejudicada.

Homem – Eu tô com você em gênero, número e grau.

Mulher – A primeira coisa que não tô mentindo é que procurei pastores, não tô mentindo, se estivesse mentindo não chegaria aonde eu cheguei. O que coloco é o seguinte: Marco Feliciano errou, Marco Feliciano continua errando. O senhor está com ele há quantos anos?

Homem – Quinze anos.

Mulher – Então o senhor sabe o que ele faz. Eu estou falando em questão de mulheres. Custo acreditar que não saiba. Por mais que seja uma relação profissional. (..) Provavelmente eu não fui a primeira, e não sou a última. Eu serei a primeira que vai falar! Eu não aceito nada em troca. O que ele fez foi impagável.

(..) Ele usou um cargo de influência, de deputado e de pastor, para aproximar. Ele abusa desse cargo para chegar e ele veio conversando comigo de formas estranhas, colocando ‘a gente poderia se encontrar’. Não é cantando, é descaradamente dando em cima.

Homem – eu sou homem, tenho minhas vontades. tenho que ser sutil. (..)

Mulher – É por isso que a gente não tá aqui falando de você. Você tem noção. Quer entender com todas as letras o que aconteceu? Ele deu em cima de mim de forma descarada, tá bom?, Me levou a fazer coisas à força – tenho a prova disso. Dentro da casa dele. Falou que estava tendo reunião da UNE, eu fui para lá e não estava tendo, ele não me deixou sair, fez coisas a força eu tenho a mensagem ‘Feliciano, a minha boca ficou roxa’. Ele ri. Sim, aonde eu falo ‘a minha boca ficou roxa’, saiu do número dele, cujo qual ele usava, não sei se usa mais; Ele fala ‘ah, passa um batom por cima’. Eu tenho todas essas provas, o que estou falando consigo sentar com o senhor e provar.

Homem – Mas ninguém está duvidando de você;

Mulher – (..) Quando a gente fala uma coisa, principalmente quando a gente está incriminando alguém, por eu estudar direito eu sei que a gente tem que ter provas. E eu tenho todas as provas. A maior prova que eu tenho até o momento é que o Feliciano está preocupado..

Homem – Isso fica, eu estou preocupado!

Mulher – Mas ele está a ponto de ligar para as pessoas, e inventar histórias que não existem. Olha para mim, você sabe quem o Feliciano é? Então você sabe o que o Feliciano faz.

Homem – Às vezes pelo fato .. você tem uma beleza diferente.

Mulher – Mas senhor.. isso não justifica! eu tô falando de uma pessoa que é casado, deputado, pai de três filhos. Eu poderia ser a Gisele Bündchen.

Homem – Eu te asseguro (..) que eu, o que te prejudicou eu conserto. No partido, quem ficou triste com você, eu conserto.

Mulher – No partido está todo mundo sabendo da história!

Homem – Pra você, estou pedindo desculpa em nome da família.

Mulher – Eu não levei à delegacia ainda porque eu sou cristã, eu amo a minha igreja! (.. ) eu não fui para a delegacia porque eu sei que isso vai prejudicar não só a igreja, não é só o ministério do Feliciano, mas todo o evangelho. eu amo a igreja. (..) Eu corri atrás de todos os pastores para pedir ajuda e não posso sair prejudicada. Porque se eu sair prejudicada, eu vou à delegacia.

Homem – Você está com meu telefone, ele fica ligado dia e noite, vou seguir sua orientação para consertar. Por exemplo, no partido você vai ter acesso direto e reto, você vai ter espaço..

Mulher – Se vale um conselho, manda o Feliciano aquietar o pintinho dele, é guardar o pintinho dele. Eu não estou fazendo favor a ninguém.

Homem – Você falou a verdade, não está fazendo favor a ninguém, você está fazendo um bem, de você perdoar, e posso pedir para você por uma pedra em cima? O partido vai continuar tudo igual para você, e para melhor. (..) está pior para ele do que para o partido.

Mulher – A partir do momento que eu ver que não vou mais ser prejudicada – eu não estou falando mais em nome do Feliciano não, em nome da igreja, em nome da bandeira que defendo. Pensa bem se levo isso para uma delegacia, com que cara vou chegar numa comissão?


O caso Pr. Feliciano – Mulher acusa deputado de assédio sexual e recua
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Leandro Mazzini

> Jovem acusa deputado de soco na boca e tentativa de estupro dentro do apartamento funcional

> Há registros de conversas em aplicativo de smartphone entre os dois

> Ela relata pressão de pessoas para que suma de Brasília e não faça B.O.

> Hoje, fora de Brasília e longe da família, ela recua misteriosamente e grava vídeo a favor de Feliciano (que depois é retirado do Youtube pela mesma)

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O roteiro é um script instigador para uma investigação das Polícias Civil e Federal, pelo personagem envolvido. A Coluna já havia dado uma dica há uma semana.

Uma jovem estudante de Brasília, de 22 anos, militante da Juventude do PSC, acusa o deputado federal Pastor Feliciano (PSC-SP) de assédio sexual, agressão grave e tentativa de estupro. E entregou ao repórter há dias o que aponta como provas da tentativa ( veja abaixo ).

O enredo, os personagens e o que aconteceu até hoje o leitor vai saber agora. Acompanhado do advogado da Coluna, o repórter se encontrou com ela numa cafeteria no Sudoeste, na última quinta-feira à tarde, e ouviu o seguinte relato abaixo. O jornalista Emerson Biazon, que veio de São Paulo para orientá-la, foi testemunha:

Youtuber e famosa na internet ( tinha uma página no Facebook com mais de 200 mil seguidores, segundo conta, e que misteriosamente foi ‘derrubada’ do ar ), cristã e frequentadora da mesma igreja de Feliciano, ela viu o deputado-pastor se aproximar muito intimamente nos últimos meses. Passaram a ser amigos quando ele propôs ser seu guia espiritual.

APARTAMENTO FUNCIONAL

O episódio da agressão ocorreu, segundo a jovem, no apartamento funcional dele, na quadra 302 Norte na capital federal. Era manhã da quarta-feira dia 15 de junho em Brasília quando uma desconhecida tocou insistentemente a campainha da sala até ser atendida pelo inquilino, esbaforido e tenso.

A estranha disse que ouvira gritos e perguntou se estava tudo bem; ele acenou que sim, e ela errara a porta. O engano, porém, foi pertinente A vítima relata que era agredida e gritava por socorro – e se salvou de sexo à força. O agressor era, segundo ela, o deputado federal Marco Feliciano, pastor evangélico e propagandeado como um dos bastiões da moralidade familiar.

“Você está gritando muito!, vai embora!”, teria dito Feliciano.

Até o som da campainha, Feliciano a agredira com um soco na boca e puxões pelo braço para sua suíte, relata a jovem. Após ver negada a proposta de ela ser sua amante com alto salário e cargo comissionado no PSC, ele passou a agredi-la fisicamente. Tentou beijá-la após o soco, os lábios sangravam. Deixou-se arrastar para o quarto dele, segundo narra, com o medo de a situação piorar e por temer por sua vida, mas continuou lutando por sua dignidade, até a desconhecida aparecer na porta errada.

“Ele estava diferente, com os olhos vermelhos. Ele queria que eu terminasse com meu namorado e ficasse com ele”, explica a jovem.

OS DIÁLOGOS GRAVADOS

Poderia ser invenção de uma garota que tenta fama na internet com o caso, não fossem as transcrições entregues por ela.

Ela o procurou depois, e deu-se a seguinte conversa pelo aplicativo Telegram ( antes publicamos Whatsapp), em mensagens do celular que são atribuídas ao deputado Feliciano. Num encontro há semanas, segundo ela relata, ele pegou o seu celular à força e apagou todas as mensagens entre eles, mas a jovem conseguiu resgatá-las no ICloud de seu computador. Atualização, 5/8, 9h30 – Ela ‘teclou’ com ele no Telegram, por chat privado – quando o celular é configurado para que as mensagens se apaguem automaticamente em segundos ou minutos. Daí a plausibilidade da situação para o deputado se sentir seguro em digitar as frases, pensando que seriam apagadas.

( Vale ressaltar, dois funcionários do PSC confirmaram que o número do celular era o pessoal usado pelo pastor-deputado, que trocou de telefone há dias ):

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Mensagem atribuída a Feliciano

 

Depois desta mensagem, segundo a garota, deu-se o seguinte diálogo pelo app ( a escrita atribuída a ele está na caixa branca )

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Em outro momento do diálogo pelo app, de acordo com a jovem, Feliciano a mandou mais mensagens no celular, a provocando:

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ASSÉDIO MORAL

Desde que decidiu denunciar o caso – nas trocas de mensagens com este repórter ela disse em momentos seguidos que não recuaria – a jovem se viu cercada pelas mais diversas pessoas com interesses não muito claros.

Ela procurou ajuda com importantes nomes do PSC, os quais a mandaram ‘sumir’, segundo conta. Até o caso chegar à Coluna, através de um amigo ex-professor.

Nos últimos cinco dias, os mais estranhos acontecimentos cercaram o cotidiano da jovem, que foi relatando tudo para este repórter pelo aplicativo: um homem do Rio ligou para ela, ciente da história, se apresentando como agente da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e perguntando quem a estava ajudando. Foi desmascarado quando a Coluna consultou a associação de servidores da Agência. Seu número de celular e seu nome – que por ora será preservado – estão nas mãos das autoridades.

A página dela no Facebook foi retirada do ar repentinamente – e ela teria recebido um alerta de assessores de Feliciano ( aqui, mais um mistério, há dois dias sua página voltou ao ar, e é por ela que a garota tenta se explicar após mudar de opinião ). Na quinta-feira, surgiu em Brasília vindo de São Paulo o jornalista Emerson Biazon, a pedido da mulher, para orientá-la. O advogado da Coluna foi testemunha.

SUMIÇO MISTERIOSO

A menina saiu de Brasília no sábado, e disse que precisava de um tempo, mas há informações de que ela continua assessorada por Biazon, que não deu mais notícias nos telefones que deixou com a Coluna, apesar das tentativas de contato nos últimos dois dias.

A jovem sumiu do radar de sábado até a madrugada desta terça, quando contatou o repórter e disse que estava bem – ela só retornou às ligações após coincidentemente o repórter procurar o assessor de Marco Feliciano ontem à noite.

A manhã desta terça-feira seria mais uma misteriosa do caso polêmico não fosse a atitude de um outro jornalista, que soube primeiro do episódio. Ciente de que ela sumira de Brasília, com o intuito de ajudar, segundo relata, e preservar a integridade da garota,  seu ex-professor Hugo Studart publicou na sua página no Facebook o caso, nomeando Feliciano e citando as iniciais da garota – mais mistério, à tarde seu post foi tirado do ar, não foi ele.

Youtuber – como já citado – a garota enfim resolveu aparecer diante da polêmica. Vale lembrar que o professor em nenhum momento cita seu nome, embora revele a polêmica e nomeie o deputado. Mas para a surpresa de todos os envolvidos na história, a jovem gravou um vídeo de poucos segundos elogiando Feliciano e chamando o professor de mentiroso.

Confrontada pela Coluna diante de todo o histórico de mensagens trocadas com o repórter, e de testemunhas no encontro no café, e das evidências de provas passadas por ela à Coluna, a garota retirou o vídeo do ar .

RESPOSTAS

Atualização terça, 2, 20h41 –   A Coluna entrou em contato com Talma Bauer, delegado civil licenciado de São Paulo e assessor de Feliciano. Ele disse que não conhece a garota, e que não havia agenda disponível hoje para conversa com o repórter sobre o caso. Avisado por e-mail para uma posição oficial do parlamentar,  não respondeu a mensagem enviada na manhã desta terça (2). Às 20h30 enviou uma nota oficial:

“Informo que desconheço tais acusações e as referidas mensagens postadas. Conheço a jovem por meio de sua participação no PSC, é uma grande lutadora contra o aborto e a favor das causas sociais. A conheço da mesma forma que conheço tantos outros jovens ao meu redor”.

Segue a nota do assessor de Feliciano: “Tenho uma honra ilibada e tais acusações são descabidas. Respeito minha família, o povo brasileiro e principalmente minha fé! E peço que assim o façam! Assim eu encerro tal assunto, deixando nas mãos das autoridades”. ( Detalhe: a jovem relatou à coluna que se encontrou com Bauer durante uma hora numa lanchonete em Brasília )

Há informações de que a garota tenta, agora, explicar sua versão para jornais e revistas. Por se tratar de um episódio grave envolvendo uma jovem e um conhecido parlamentar, muito votado, e com história ainda mal explicada, cabe às autoridades policiais tomarem a frente da situação para esclarecer à população.

 

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Esplanadeira: camburão na pista, Hélio Costa em Miami e FBI mira offshore
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Leandro Mazzini

As curtinhas do início desta quarta-feira:

CAMBURÃO NA PISTA

Após a revelação do assédio sexual de deputado federal de São Paulo a uma jovem militante de Brasília – a Coluna tem as provas – apareceram mais duas mulheres vítimas – uma delas engravidou dele e vive fora do País. O partido já sabe do caso e o recesso nunca foi tão tenso para todos. Segue a novela da vida real. Aguardem detalhes.

OUTRA NOVELA

A ex de Valdemar da Costa Neto entrega documentos ao FBI em 15 de agosto, nos Estados Unidos. Eles estão em litígio de separação no Brasil.

SAUDADE DO PODER

Estão muitos políticos lá, mas ele chamou a atenção pelo local. Hélio Costa, ex-senador e ex-ministro, almoçou ontem num ‘pé sujo’ de US$ 9,90 o quilo em Miami, onde passa férias.

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Jovem acusa deputado federal de assédio sexual
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Leandro Mazzini

Blocos na quadra 302 Norte, a dos apartamentos funcionais

Blocos na quadra 302 Norte, a dos apartamentos funcionais

Uma jovem militante de um partido acusa de assédio sexual um importante deputado federal de São Paulo. A Coluna teve acesso às provas.

O episódio da agressão ocorreu semana passada em Brasília.

Ele a convidou para uma reunião no apartamento funcional alegando ser encontro da militância e ela se viu sozinha com o parlamentar, que propôs bom cargo comissionado se a mulher de 25 anos fosse sua amante – e informou que é comum isso na Casa, e que já tem uma outra amante.

Com a recusa da garota, o político a agarrou, forçou um beijo e machucou os seus lábios.

Ela sofre ameaças para não denunciar o caso à Polícia, e família, amigos e advogados estudam as próximas ações.

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Alvo da polícia, deputado federal entrega esquema via SMS
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Leandro Mazzini

conversa

Um deputado federal em Brasília, notório por suas convicções ideológicas, se encrencou com a Polícia Federal.

O caso vem à tona numa trapalhada da própria excelência. Ele mandou um ‘SMS’ de seu celular para um contato, para alertá-lo sobre pauta, mas despercebido trocou o arquivo anexado.

Surgiu na tela do interlocutor a imagem de bate-papo no Facebook entre a esposa de funcionário e servidores do gabinete. Ela desancou o parlamentar sobre esquema investigado pela PF. Como o inquérito é sigiloso, a Coluna vai preservá-los, obedecendo os parâmetros da lei.

Na conversa, a senhora diz que o marido está prestes a perder o emprego porque, a mando do deputado, mentiu para a PF num depoimento sobre investigação de um vídeo.

Cobrada por uma posição, a mulher diz que vai desabafar a qualquer hora e estourar o esquemão. O parlamentar que se cuide. A Coluna a procurou e aguarda o contato.

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DILMA X EDUARDO

Antes aliada, a senadora Lídice da Matta (PSB) atropelou a colega Gleisi Hoffmann (PT) na reestreia desta no Senado, na última Quarta, 5, num embate envolvendo Eduardo Campos. Disse que espera respeito e qualidade no debate, para que não se rebaixe.

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AH, SEU DOUTOR..

Um engraçadinho que se disse delegado federal entrou na mira dos colegas. Ao volante de uma BMW Z4 conversível, placa FHG 1977, ele ‘furou’ fila na balsa de Porto Seguro para Arraial D’Ajuda na virada do ano, deu carteirada e, segundo testemunhas, ameaçou sacar a arma quando criticado. O carro foi fotografado.

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LOBBY DAS TVS

Os integrantes do Conselho Nacional de Defesa da Infância e Adolescência estão possessos com os parlamentares. Sob pressão das emissoras de TV, eles seguram os projetos de lei 5921/01 e 702/11 que regulamentam a publicidade para crianças. Um dos projetos tramitou a passos lentas por várias comissões, mas chegou à CCJ da Câmara. Mas o presidente da Comissão, Décio Lima (PT-SC), sentou em cima e não escolheu relator durante todo o ano de 2013. Não há certeza de que tramita este ano.

TIRO CERTO

A secretaria de Defesa Social de Minas economiza em tudo. Oficial médico que entra para a PM recebeu 18 balas para aulas de tiro. E recomendaram: faça o melhor uso.

PATOTA AIR

A Infraero tem um rodízio de diretores desde 2009. A mesma patota permanece na cúpula da estatal, apenas troca de diretoria. A reestruturação da empresa esbarra nisso.

6 = MEIA DÚZIA

Apesar do veto do Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais para criação de cargos, a Infraero driblou a ordem. Criou o cargo de ‘especialista’ para segurar o ganho dos que vão perder adicionais de ‘assistente’ e ‘coordenador’.

JUSTIÇA NO JALECO

Os médicos Celso Scafi, Cláudio Carneiro e Sérgio Poli foram condenados a 30 anos de prisão e multa de R$ 1 milhão por tráfico de órgãos. Em 2000, em Poços de Caldas (MG), retiraram órgãos do menino Paulo Veronesi ainda vivo, que não sobreviveu.

PORTA ABERTA

Não apenas haitianos estão entrando ilegalmente no Brasil pela fronteira da Bolívia com o Acre. Já há registro na cidade de Brasileia e na capital Rio Branco de imigrantes senegalezes e outros africanos, além dos vizinhos colombianos.

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CONTENÇÃO CUBANA

Um amigo da coluna que voltou de Havana tirou foto de atendente da estatal que administra o aeroporto de Santiago de Cuba. Zelosa, ela senta-se à porta dos toillets e dá apenas duas folhinhas de papel higiênico para cada usuário. E o passageiro que se vire.

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SOLITÁRIO DA ANTT

O diretor Jorge Bastos, único com mandato na ANTT, foi indicado por Dilma para recondução. Ele ganhou os servidores. Partidos se digladiam por outras quatro vagas.

BRASIIILLL

O jornal Notícias do Dia descobriu uma grilagem milionária em Florianópolis. Empresários se apossaram de terreno de 900 hectares às margens da SC-401. O terreno é da União.


Deputado federal contrata ex-prefeito preso duas vezes pela PF
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Leandro Mazzini

Aldenir Santana

O deputado federal Chiquinho Escórcio (PMDB-MA) contratou para seu gabinete o ex-prefeito de Urbano Santos (MA) Aldenir Santana Neves, seu apadrinhado político.

Neves é figura conhecida mais por delegados que parlamentares. Ele foi preso duas vezes em operações da Polícia Federal – em 2007, durante mandato de prefeito, e novamente este ano, no cargo de secretário municipal de Gestão.

Curiosamente Aldenir é servidor da Polícia Federal e foi requisitado pelo deputado para trabalhar como assessor parlamentar em seu gabinete de apoio, em São Luís (MA).

Eis os fatos: Licenciado da corporação, Aldenir se elegeu prefeito de Urbano Santos para o mandato de 2005 a 2008. Em dois anos, o Ministério Público descobriu crescente enriquecimento do alcaide. Tudo se elucidou em 2007, na Operação Rapina da PF, em conjunto com a CGU e o MP. Aldenir e outros 10 prefeitos do Maranhão e Piauí foram detidos por desvios de verbas federais.

No último dia 18 de abril, agora como secretário da atual gestão na cidade, foi novamente levado para a Superintendência da PF. Ele foi denunciado pelo MP Federal por não repassar pelo menos R$ 8 milhões de INSS recolhidos da folha de servidores em parte de sua gestão (2006-2008).

Antes, o TCE já reprovara suas contas e o condenara a devolver R$ 11,4 milhões aos cofres públicos.

“Eu só requisitei o Aldenir. Ele é um funcionário da Polícia Federal e se ele presta para a polícia, ele presta para mim”, explica o deputado Chiquinho Escórcio. “Não há nenhuma condenação, foi uma perseguição política e ele tem amplo direito a se defender”.

Escórcio também ressaltou que Aldenir sofre perseguição política de um ex-prefeito de Urbano Santos, seu opositor.

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