Coluna Esplanada

Arquivo : Dilma

PSDB pede auditoria de apuração dos votos no TSE
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Leandro Mazzini

Quatro dias após o resultado oficial da eleição presidencial, na qual uma pequena diferença de votos – diante do contingente nacional – reconduziu a presidente Dilma (PT) ao segundo mandato, o PSDB decidiu pedir oficialmente uma investigação da apuração dos votos.

Em nota oficial, o partido informa acreditar na segurança da urna e no processo eleitoral, mas nas entrelinhas deixa claro que vê com desconfiança a lisura do processo de totalização dos votos das urnas.

Informa a nota: “Temos absoluta confiança de que o Tribunal Superior Eleitoral – TSE cumpriu seu papel, garantindo a segurança do processo eleitoral. Todavia, com a introdução do voto eletrônico, as formas de fiscalização, auditagem dos sistemas de captação dos votos e de totalização têm se mostrado ineficientes para tranquilizar os eleitores quanto a não intervenção de terceiros nos sistemas informatizados”.

“Diante deste quadro de desconfiança por parte considerável da população brasileira, o Partido da Social Democracia Brasileira – PSDB decidiu apresentar ao TSE, no dia de hoje (30/10), um pedido de auditoria especial”.

Os tucanos querem uma comissão especial “formada por pessoas indicadas pelos partidos políticos, objetivando a fiscalização dos sistemas de todo o processo eleitoral, iniciando-se com a captação do sufrágio, até a final conclusão da totalização dos votos”.

FAIXAS DE PROTESTO

Nesta quinta (30), duas faixas foram fixadas pela manhã na Praça dos Três Poderes, na frente do Palácio do Planalto, com as inscrições “Impeachment” e “Fraude eleitoral” ( veja aqui ).

O mesmo grupo, criado em redes sociais, pretende promover um novo protesto na frente do TSE nesta sexta-feira, com mais faixas.

Atualização quinta, 30, 23h54 – Não há precedente no TSE para caso de partido questionar resultado de eleição presidencial.

Houve um questionamento de resultado em 2010, sobre o resultado da eleição para o governo de Alagoas, quando João Lyra, derrotado, quis nova apuração dos votos diante da derrota para Teotônio Vilela. Em abril daquele ano, o plenário rejeitou seu recurso.

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Pizzolato na Itália é derrota para a Justiça e vitória para o PT
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Leandro Mazzini

pizzo É uma derrota para o Brasil a Itália negar a extradição de Henrique Pizzolato. Aparentemente um troco para o asilo a Cesare Battisti dado pelo então presidente Lula.

Mas o PT comemora como uma vitória (Para o partido). Petistas acreditam que seria um estrago para início de novo governo o ex-diretor do BB, um dos controladores do mensalão, depondo na CPI e na capa de jornais todos os dias.

LEITURA OBRIGATÓRIA

Aliás, está nas livrarias o recém-lançado Pizzolato – Não existe plano infalível, (Leya) da jornalista da Folha Fernanda Odilla. Traz bastidores do plano da fuga e um perfil detalhado do detento ítalo-brasileiro.


Na Câmara, Henrique Alves dá o recado imediato do PMDB
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Leandro Mazzini

A presidente Dilma já esperava, mas não tão rápido, a ‘faca no pescoço’ na mão do PMDB contra ela, pelo apoio à reeleição.

Mal a Câmara voltou aos trabalhos ontem e o presidente Henrique Alves (PMDB-RN) já mandou o recado: incluiu como os dois primeiros itens da pauta o pedido de revogação do polêmico Decreto Presidencial 1491, que cria os conselhos populares de apoio à Presidência (a Política Nacional de Participação Social), e a PEC 358, do Orçamento Impositivo – promessa de Alves para a Casa.

Ex-favorito, Henrique Alves está amargurado com a derrota para o governo do RN, principalmente porque Lula pediu votos para o adversário eleito Robinson Faria (PSD).

A batalha no plenário era quente no início da noite. O PT acionou os governistas e o plano era derrubar a sessão. A pauta ficou obstruída pelo PT e Alves insistiu na sessão extraordinária.

Atualização terça, 28, 23h40 – O PMDB com a ajuda da oposição conseguiu derrubar a criação do Conselho popular proposto por Dilma.


Clã Sarney com energia total
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Leandro Mazzini

Roseana Sarney, que deixa o governo do Maranhão, é cotada para o Ministério de Minas e Energia.

Se não for a nova ministra, será outro do grupo do patriarca José. Aliás, o senador Sarney deixa a política, mas não o Poder. O ministério é seu feudo há décadas. O atual ministro, Edison Lobão, foi apadrinhado por Sarney. Ninguém entra ali sem a bênção do patriarca. A despeito da caneta presidencial.

Resta saber, agora, peso político de Sarney e Roseana no PMDB e no governo. Ambos estão sem mandato a partir de Janeiro.


Os ‘petistas’ do prefeito do Recife
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Leandro Mazzini

A Prefeitura do Recife colocou um batalhão de garis para limpar as ruas próximas aos colégios eleitorais a partir das 15h30 de ontem.

Eleitor declarado de Aécio (PSDB), o prefeito da capital, Geraldo Júlio (PSB), não percebeu que a tropa de garis vestia vermelho e alguns gritavam que ‘Dilma está chegando’.

Um flagrante de ‘boca de urna’ em frente às zonas eleitorais enquanto ainda acontecia a votação.


Dilma terá de negociar com Eduardo Cunha
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Leandro Mazzini

cunha

Foto: ABr

A presidente Dilma mais uma vez, a exemplo de antecessores – como Lula e Fernando Henrique – se vê diante do maior desafio depois da eleição: controlar o PMDB, que vai colocar ‘a faca’ em seu pescoço por mais espaço no governo.

Em especial agora que o partido vai capitalizar a vitória como principal aliado.

Mas Dilma terá, principalmente, que negociar com o deputado federal reeleito Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que manda muito no partido. Cunha tem ampla articulação e até comanda uma bancada suprapartidária. Aliados e até desafetos indicam ser um grupo de 200 parlamentares.

Cunha é potencial candidato à presidência da Câmara dos Deputados em 2015. Conheça um pouco mais de Cunha e seu poder aqui


Para bancos, Aécio será eleito e economia melhora
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Leandro Mazzini

Os bancos não perdem dinheiro. Ganham muito, todos os minutos. Daí o real e imediato interesse por indicações precisas de quem será o presidente do Brasil a partir desta noite, e que rumo a economia em recessão pode tomar – liberal ou sob intervenção do Estado.

Para tanto, três grandes bancos privados – um deles estrangeiro, com forte atuação no Brasil – encomendaram pesquisas não registradas, e não divulgadas, cujos resultados saíram na sexta à noite. Dois bancos são de varejo e outro administrador de carteira de investidores.

Ao contrário do que divulgam os grandes institutos, de acordo com estas sondagens Aécio Neves (PSDB) será eleito hoje presidente do Brasil, com 5% de vantagem sobre a presidente Dilma. Por isso as bolsas e ações se valorizaram na sexta.

A eventual eleição de Aécio neste domingo terá efeito imediato na Bolsa de SP nesta segunda. O tucano é apontado como liberal e contra a intervenção do Estado na economia. Esse perfil aliado ao nome de Armínio Fraga como eventual ministro da Fazenda pode fazer com que grandes empresas voltem a investir no Brasil.

Mas pesquisas não são as donas da verdade e do voto, apenas um ‘retrato do momento’, como repetem os políticos. E é fato. Só a vontade geral do povo, as urnas e o resultado oficial do TSE podem garantir o nome do(a) eleito(a).


Dilma perde o voto do ator Zé de Abreu, que visita Paris
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Leandro Mazzini

abreu

Foto: Daniel Szilagyi

A presidente Dilma perderá hoje o voto de um ilustre petista, caso o eleitor não tenha notificado o TSE de que votaria em trânsito, ou caso não tenha registrado seu título no Consulado na França.

Petista histórico e um dos poucos artistas que se declaram, o ator José de Abreu está em Paris.

Em um momento zen, longe das aflições que a eleição pode trazer à sua candidata, Zé de Abreu bebia vinho neste sábado enquanto fazia um lanche no Café du Marche des Enfants Rouges, bem no coração do Marais.

O ator já protagonizou campanhas oficiais de ministério e em 2010 subiu no palanque da vitória de Dilma na noite em que foi eleita. O blog tenta contato com Abreu pelo Twitter neste domingo.

 


Dilma faz aposta final nos evangélicos
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Leandro Mazzini

Em milhões de folhetos distribuídos pela coligação nas ruas das capitais, nos últimos três dias, a presidente Dilma (PT) faz a última ofensiva para conquistar o voto dos evangélicos.

Não apenas dos eleitores de Marina (PSB) e Pr. Everaldo (PR), que teoricamente migram para Aécio (PSDB). É luta pessoal desde 2010, quando foi acusada de ser a favor do aborto.

No folheto, Dilma cita que não obrigará pastores a realizarem casamentos de pessoas do mesmo sexo, e lembra que ‘afirmamos em 2010 não promover nenhuma iniciativa que afronte a família. Honramos tal compromisso’.

Mas uma ação do Ministério da Saúde quase jogou tudo para o alto.

A Portaria 415 da Saúde, publicada dia 22 de maio, trocou no D.O. o termo da ‘profilaxia da gravidez’ em casos graves por ‘interrupção terapêutica do parto’. (lembre aqui)

O novo termo que seria usado oficialmente abriria brecha jurídica para o aborto. Revelado pela Coluna, causou embate entre juristas e o governo, e a Saúde recuou.

À ocasião, a bancada evangélica, forte no Congresso, chiou e foi para cima do ministro e da presidente Dilma. Acuada, visando a eleição, a presidente mandou a Saúde recuar.

No material da coligação, a presidente também lembra que mudou a Lei Rouanet para reconhecer a música Gospel como atividade cultural, para que recebesse patrocínio.


Candidatos preparam dossiês para o debate da Globo
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Leandro Mazzini

O bunker do PSDB em Minas conseguiu outra bomba contra a presidente Dilma, que pode ser jogada à mesa por Aécio durante o debate da TV Globo na sexta.

A última descoberta foi sobre o suposto emprego fantasma do irmão de Dilma na prefeitura de BH na gestão de Fernando Pimentel.

Desta vez o mesmo grupo tucano envolvido em pesquisa e investigação comemora ter encontrado algo para cercar a presidente Dilma. A conferir

Já o staff da petista teria descoberto mais informações constrangedoras contra Aécio, além dos revelados emprego à distância, nos anos 80, e a diretoria da Caixa como apadrinhado do avô. A conferir, também.