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Arquivo : entrevista

“Mais Médicos é falta de planejamento desse País”, diz Campos na TV
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Leandro Mazzini

Foto de João Monteiro Neto

Numa clara ofensiva crítica sobre o governo do PT, o governador de Pernambuco e presidenciável Eduardo Campos (PSB) deixa aos poucos o lado mais comedido das críticas e parte para o ataque político. Disse ontem à noite que o programa Mais Médicos, do governo  Dilma Rousseff, é “a constatação da falta de planejamento desse País”.

Durante 1h20, Campos foi entrevistado no programa Frente a Frente, da REDEVIDA de Televisão, ao vivo e em rede,  por este repórter e Denise Rothenburg (Correio Braziliense).

Embora tenha reconhecido avanços na economia na gestão PT, citando uma “conquista de ciclo recente” e a alta do consumo que alavancou o Brasil e o sucesso do Bolsa Família quanto à distribuição de renda, Campos também criticou o programa carro-chefe da era PT: “Ainda assistimos  filhas do Bolsa Família se tornando mães do Bolsa Família”.

O governador evitou a todo momento dizer que é candidato a presidente – “é um assunto para 2014” – mas não titubeou em soltar declarações em defesa de sua gestão em Pernambuco, de consolidação do PSB ao longo dos últimos anos. Ele no entanto poupou críticas ao ex-presidente Lula.

Sobre “enterrar a velha política”, expressão usada por ele e a neoaliada socialista Marina Silva, Campos foi instado a explicar se o bordão da dupla não seria uma incoerência política pelo fato de o PSB ter composto a base do governo nas gestões de Lula e até há um mês na de Dilma Rousseff. O pré-candidato discorreu sobre o cenário sócio-político desde o regime militar até o governo PT para justificar que é preciso uma mudança constante de avaliação sobre governos, e era hora de o PSB mudar seu rumo.

Campos também explicou a PPP no saneamento público no Grande Recife em concessão para a construtora Odebrecht. Disse que é um plano desde o início de seu governo, há sete anos, e para ele, se coubesse apenas ao Estado – governos estaduais e federal – o investimento no setor, só em 54 anos tudo seria resolvido.  A PPP, segundo ele, traz investimentos diretos e imediatos para sanar a curto prazo o problema.

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