Novos cursos de medicina movimentam o mercado do diploma
Leandro Mazzini
O clima anda tenso no Ministério da Educação com a esperada divulgação das novas faculdades de Medicina autorizadas pela pasta, no próximo dia 23.
É o curso mais cobiçado por donos das instituições – a mensalidade não sai por menos de R$ 4.500. E um pote de ouro porque o pagamento de grande parte dos alunos é garantido pelo Fies – Financiamento Estudantil bancado pelo Governo.
Em abril deste ano, como antecipou a Coluna, o MEC registrava uma fila 181 pedidos de abertura de cursos de Medicina.
A cobiça é tamanha que gera casos estranhos. Na cidade de Guanambi (BA), o grupo FIPMoc (Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros) já anuncia vagas no futuro curso, antes da divulgação da lista dos aprovados.
Outra curiosidade é que um dos proprietários da FIPMoc é o ex-ministro da Era Lula, Walfrido dos Mares Guia, amigão de Lula e do ministro Mercadante.
A população de Guanambi anda animada com a novidade, mas desconfiada com as investidas do Grupo, que sequer tem sede na cidade. Há relatos de populares de que empresários procuram por espaços de locação.
O mercado bilionário do diploma explica, em parte, a lotação extra na posse do ministro Aloizio Mercadante nesta semana. Muitos políticos são donos de faculdades.