Coluna Esplanada

Arquivo : lei seca

Juiz infrator de trânsito é alvo de página e piadas no Face
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Leandro Mazzini

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O juiz João Carlos de Souza Corrêa, do 18º Juizado Especial Criminal , tornou-se o personagem mais odiado nas redes sociais nos últimos dias, depois de revelada na imprensa uma sentença que obriga uma agente de trânsito no Rio a indenizá-lo em R$ 5 mil, numa clara inversão de valores (morais e legais).Ele, infrator flagrado. Ela, no cumprimento do dever, o lembrou que era passível de multa porque ‘não é Deus’.  Lembre aqui. 

A sentença favorável ao togado foi dada pelo desembargador José Carlos Paes.

O juiz João Carlos tornou-se alvo dos internautas furiosos com a decisão. Ganhou uma página “Fora, juiz João Carlos!” no Facebook, na qual cada publicação tem centenas de comentários e recomendações de leituras.

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Bem ao estilo gozador do brasileiro, que vê piada em tudo – inclusive em tragédias – começaram a pipocar algumas na rede sobre o caso. Como esta acima, do site Sensacionalista: um radar eletrônico foi apreendido e retirado de uma via após multar um juiz.

OUTRO LADO

Informações apuradas pela Coluna dão conta de que o juiz dirigia um carro que comprara há poucos dias, sem placa nem documentação, e portava uma nota fiscal de compra do veículo como único documento.

Como passara o prazo de 15 dias para legalizar o carro (Art. 1º, Parágrafo 2º de resolução do Contran, a partir da emissão da nota fiscal de compra) – ele alegou à ocasião do flagrante que não sabia – o veículo ficou ilegal. Soma-se a isso o fato de o juiz não portar carteira de motorista naquele momento, que teria ficado na bolsa de sua mulher.

A próximos, o juiz confidenciou que só se identificou como tal quando a agente teria começado a ironizar sua situação, no que culminou com a polêmica frase de que ‘o senhor é juiz mas não é Deus’.

 


Saga de Cachoeira lembra decadência de Al Capone
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Leandro Mazzini

A literatura policial das páginas cotidianas, de décadas e décadas, nos prova por vezes que o mundo continua suas voltas, mas os personagens se repetem em circunstâncias variadas protagonistas dos mesmos scripts.

Se não vai preso por todos os crimes tributários e afins pelos quais a Justiça Federal o acusa, o contraventor Carlinhos Cachoeira ainda pode parar na cadeia por causa da Lei Seca, a versão brasileira (foi detido neste fim de semana por dirigir supostamente embriagado).

Cachoeira lembra então o papel invertido da História: Al Capone, o perigoso contrabandista alvo do governo e da Justiça, que também atuou durante outra Lei Seca – a americana – mas que foi preso por crimes fiscais.

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