‘Jogar não é pecado’, diz presidente de Instituto Jogo Legal
Leandro Mazzini
‘O jogo é anterior à religião. Jogar não é pecado’.
Foi com essa frase que o professor carioca e especialista sobre o setor de jogos Magnho José abriu sua explanação ontem na Câmara dos Deputados, na comissão especial que debate o projeto de lei que legaliza os jogos no Brasil.
Soou como uma direta a representantes, presentes na comissão, do movimento católico ‘Brasil sem azar’, que vão lançar uma campanha nas redes sociais contra a legalização.
O especialista levou aos deputados dados atualizados sobre a representatividade econômica e fiscal do setor no mundo, e comparativos, em especial, para destacar que o Brasil – na visão dos investidores – está perdendo tempo e muito, muito dinheiro.
Em todo o mundo hoje existem mais de 6,8 mil cassinos (só nos Estados Unidos são 1,98 mil), e o mercado movimentou, por baixo, US$ 488 bilhões em 2015.
Magnho defendeu uma agência reguladora forte concomitante à sanção de uma lei que legalize os bingos, cassinos e o Bicho – um jogo genuinamente nacional. Criticou o fato de o Governo debater a possibilidade de deixar o setor sob responsabilidade do setor de loterias da Caixa. Lembrou que o setor de jogos é regulado e fiscalizado por agências em todo o mundo.
Outros dados que chamaram a atenção dos parlamentares são os relativos às atividades na América do Sul e no mundo. O Brasil é uma das poucas democracias do planeta a não legalizar. Investidores estrangeiros já estão atentos às movimentações positivas do Congresso sobre a legalização, e mapeiam investimentos no Brasil.
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Alguns dos quadros são apresentados abaixo: