Coluna Esplanada

Arquivo : milícias

Governo Federal e de Minas se calam sobre assassinato de jornalistas
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Leandro Mazzini

Atualizada Quarta, 17, 19h – A presidente Dilma se apressou em soltar nota oficial – e necessária – pelas vítimas do atentado na Maratona de Boston. Mas nem o Planalto tampouco o governo de Minas Gerais se posicionou até agora sobre o massacre de jornalistas no Vale do Aço. Foram duas mortes em um mês, e outros dois estão ameaçados por investigarem atuação de milícias.

Foi assassinado em Coronel Fabriciano, na região central do estado, o fotógrafo que investigava milícias. Walgney Carvalho, 43, foi morto a tiros no Sábado num pesque e pague. Ele guardava informações do colega Rodrigo Faria, executado mês passado, que também denunciava milícias na região.

Foi preciso que a Ong Repórteres Sem Fronteiras, sediada em Paris, a 10,2 mil km de Brasília, alertasse as autoridades brasileiras. Nas contas da ONG, já são quatro jornalistas assassinados por motivos profissionais apenas no Brasil, e 13 nas Américas do Sul e Central.

Hoje, a Secretaria de Direitos Humanos se posicionou numa nota oficial , alertou para o perigo e pediu proteção para os jornalistas ameaçados.

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Violência em SP: Dilma lavou as mãos para milícias e facções
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Leandro Mazzini

A suspeita de guerra velada entre milícias e uma facção criminosa que fez explodir a violência em São Paulo poderia ter a intervenção constitucional da Polícia Federal, mas o governo recuou. No fim de setembro, ao sancionar a lei que dá pena maior para grupos de extermínio (ou facções) e milícias, a presidente Dilma vetou o artigo que tipificava o crime como federal, e manteve o poder da Polícia Civil de cada Estado na investigação. Uma forma de não constranger ou comprar briga com os governadores.

CAUTELA. Ao vetar, a presidente evitou crise política com os governadores, porque conotaria intervenção. Mas os que negam ajuda não conseguiram frear os crimes.

NO FRONT. A lei sancionada é do padre e deputado Luiz Couto (PT-PB), com cabeça a prêmio, conforme revelamos. Agora anda escoltado pela PF e com colete à prova de balas.

NO FRONT 2. ‘Se for preciso fazer uma PEC para tipificar como crime federal, faremos’, avisa o deputado. Foi com seus relatórios que os governadores do Nordeste limparam a área.


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