Apesar de operação, negócios de Miranda voam. E sem naufrágio em porto
Leandro Mazzini
A despeito da operação Porto Seguro da Polícia Federal que o trancafiou, vão bem as finanças do ex-senador Gilberto Miranda.
Seguem as obras do porto de R$ 2 bilhões em Santos. E ele vai trocar de jatinho. Atualmente voa num Citation VII, como mostramos no sábado. Ele encomendou um Gulfstream de US$ 60 milhões. Considerado um apartamento de asas, é o melhor de autonomia intercontinental. Eike Batista tem um.
O inquérito da PF traz curiosidades de como Miranda cooptava servidores de diferentes órgãos do governo federal para se beneficiar rapidamente de pareceres favoráveis às obras do porto na ilha das Cabras. Em certo dia, ele liga para uma filha, dona de loja, e pede uma “bolsinha” para presentar “uma mulher de Brasília, de uns 50 anos, que tem ajudado muito”.
Os agentes federais focaram também as investigações em Santos, em trabalho de campana. Para seguir um investigado, agentes monitoraram um senhor taxista na cidade litorânea que transportou um contato de Paulo Vieira (ex-diretor da Agência Nacional de Águas) e Miranda. O motorista e seu carro foram fotografados e fichado. Uma dica, é um Vectra cor branca.