Coluna Esplanada

Arquivo : pórticos

Executivo embarcou em dois aeroportos com pistola de caça na mala de mão
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Leandro Mazzini

Foto enviada pelo leitor

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Em tempos de alerta nacional e internacional, com potenciais terroristas presos no Brasil, um executivo do setor de comunicação fez teste involuntário de segurança de aeroportos nos dias 21 e 22 de julho em Minas Gerais.

Sem saber que havia esquecido na mala uma réplica de pistola 9 milímetros, ele passou sem ser parado no pórtico antimetal de revista dos embarques dos aeroportos de Confins, em Belo Horizonte, na quinta; e no de Montes Claros, na sexta, de volta à capital.

A pistola de pressão para caça, com componentes de metais, estava guardada num compartimento secreto da bagagem, que passou pelos scanners dos dois aeroportos. O objeto não foi detectado pelos funcionários da revista.

O empresário embarcou nos voos da Azul – nº 5080, BH-Montes Claros, dia 21 às 15h35; e voltou no voo 5029 da mesma companhia, que decolou às 6h40 do dia seguinte rumo à capital mineira. A pistola de pressão viajou o tempo todo como bagagem de mão, dentro das aeronaves, e o passageiro só se deu conta do objeto quando chegou em casa para retirar as roupas da mala.

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Insegurança é desafio para Palácio do Planalto e Congresso
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Leandro Mazzini

Em tempos de descobertas de supostos e ou potenciais terroristas no Brasil – pelo visto há gente disposta a fazer estrago – o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional são alvos fáceis para atentados.

No Palácio, chega-se a pé sem ser incomodado e até a entrada principal dentro do prédio, onde há recepção no térreo. Qualquer pessoa armada ou com explosivos passa à vontade. No estacionamento do térreo, qualquer carro sem identificação é permitido entrar – basta o motorista avisar que vai deixar um passageiro.

Não há bloqueios no chão para o caso de imprevistos, como o padrão usado pela embaixada e consulados dos Estados Unidos em suas guaritas no Rio, por exemplo. No Planalto, para piorar o cenário, há uma ponte-calçada sobre o espelho d’água pela qual pode passar um carro. (O espelho d´água foi construído após incidente em 1989, quando um homem revoltado roubou um ônibus e tentou invadir o Palácio; não conseguiu porque o teto do veículo ficou preso à marquise).

No Congresso a situação é semelhante. Quem portar crachá de servidor da Câmara ou Senado e de jornalista credenciado tem passe livre a todas as dependências das Casas – inclusive plenários, onde desfilam vossas excelências. Com estes crachás, o cidadão não é revistado e pode também entrar armado até o plenário.

Então presidente da Câmara, ciente desse alto risco, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) tentou obrigar todos a passarem pelo scaner mas houve revolta principalmente dos servidores – no dia do teste não havia pórticos suficientes nas entradas. Teve de recuar.

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MICHELZINHO

Causou confusão no Planalto a pauta que revelou onde estuda o filho do presidente da República Michel Temer em Brasília. Pior, permitiram sua imagem.

O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) reforçou a segurança do herdeiro de Temer com homens à paisana na rua da escola, além de colaboração da PM do DF com duas viaturas que circulam o bairro. Porque agora, críticos e até supostos terroristas sabem onde o menino estuda, quem é e até a hora de sua saída da escola.


Cunha não desistiu: todos vão passar no detector de metais
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Leandro Mazzini

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, não desistiu de implantar sistema de controle de entrada de todas as pessoas que circulam pelo complexo.

A suspensão da portaria que determinava o pente-fino no detector de metal para servidores e comissionados foi um recuo estratégico.

Cunha garante que aguarda os estudos da Polícia Legislativa para investir pesado na ampliação dos acessos, com instalação de mais pórticos e contratação de seguranças. Ele acha um milagre até agora não ter acontecido uma tragédia: hoje é muito fácil um manifestante entrar armado em plenário.

Atualmente, funcionários e jornalistas que apresentam crachás nas portarias não são obrigados a passar pelo detector de metal. Um intruso pode entrar com crachá falso ou roubado sem ser revistado.

Apenas deputados terão acesso livre sem passar por detectores. É um risco também. Porque alguns parlamentares têm porte de armas – e as levam para o Congresso.


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