Coluna Esplanada

Arquivo : pousada

Pousada aprovada pelo Iphan na encosta de Trancoso causa polêmica
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Leandro Mazzini

Vista aérea, da faixa litorânea, com montagem feita pelos moradores indicando os locais.

Vista aérea, da faixa litorânea, com montagem feita pelos moradores indicando os locais.

A aprovação de um hotel de luxo com 20 bangalôs na encosta da praia de Trancoso, perto do famoso e histórico ‘Quadrado’, revoltou os moradores, que decidiram fazer um abaixo-assinado no site Avaaz.

Os donos da futura pousada – ainda sem nome – já conseguiram licenças do Instituto do Patrimônio Histórico e Arquitetônico Nacional (Iphan), e sinalização positiva das secretarias de Obra e Meio Ambiente de Porto Seguro.

Os moradores temem desmatamento e que o empreendimento abra precedente de especulação imobiliária na região histórica. Além do impacto visual na mata e praia – responsabilidade do Iphan – pelo fato de a Costa do Descobrimento ser um sítio tombado pelo patrimônio histórico.

A obra está embargada por ora, pela prefeitura de Porto Seguro, à espera apenas de um plano de impacto ambiental. Segundo informado no embargo, não houve atendimento a algumas condicionantes para o início da obra.

O ofício de notificação do embargo da prefeitura

O ofício de notificação do embargo da prefeitura

 

O escopo arquitetônico lateral da futura pousada - utilizando a encosta.

O escopo arquitetônico lateral da futura pousada – utilizando a encosta.

Dono do empreendimento, o empresário Raul Rosa diz que o local já abriga uma pousada desativada há muitos anos, e que há dois anos faz estudos para liberar o empreendimento junto aos órgãos competentes. Afirma ainda que terá os documentos para começar a obra em breve.

Secretário de Meio Ambiente, Benedito Almeida confirma que a região é uma Área de Proteção Ambiental (APA) – um dos reclames dos moradores – mas não intocável, e que falta apenas o estudo de impacto ambiental e de reflorestamento.

A carta de aprovação do Iphan. O órgão é o mais cobrado pelos moradores

A carta de aprovação do Iphan. O órgão é o mais cobrado pelos moradores

Procurados, o Iphan e o escritório de Porto Seguro ainda não se pronunciaram. Como a região é considerada pelo órgão sítio histórico da Costa do Descobrimento, as intervenções urbanísticas sempre foram alvo de polêmicas. Acima, a imagem da carta de aprovação e aval do Iphan para o empreendimento.

No site Avaaz, o abaixo-assinado tem cerca de 2 mil nomes, organizado pela Sociedade Amigos de Trancoso.

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A “Pousada do Rural”
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Leandro Mazzini

Atualização, Terça, 15/01, 15h40:  Foi fechada temporariamente a Pousada Refúgio do Caracará, no Pantanal do Mato Grosso, que já foi de propriedade de Kátia Rabello, ex-diretora do Banco Rural condenada no Mensalão. No período administrda pela banqueira, a pousada era preferida de grandes executivos em busca de ecoturismo e pesca, a pousada tem script tão policial quanto a Ação Penal no Supremo. Há suspeita de que mensaleiros a frequentavam e ali o Rural lavou dinheiro. A Polícia Civil investiga falsificação do contrato social em 2009, que teria favorecido Kátia em detrimento da família Mamede, a primeira proprietária.

HISTÓRICO. Em ofício de 7 de julho de 2009 enviado à Justiça, Antonio Carlos Mamede revela que passou procurações para Kátia e executivos dela em 1999. Assim ela virou sócia.

A CRISE. Anos depois, tão logo soube do envolvimento do Rural com o Mensalão, Mamede destituiu Kátia e sócios do conselho do Hotel Rio Pixaim – que controla a pousada.

ENTRA E SAI. Desde 2009, a família Mamede está em guerra judicial com Kátia e o Rural, que ficaram com a pousada. Esse foi o motivo da recente operação da Polícia Civil. Em Abril de 2010, numa ação conciliatória, a Justiça devolveu a pousada ao Grupo Rural.

MAPA DO CRIME. A Refúgio do Caracará é tão exclusiva que era visitada até por banqueiros estrangeiros, que pousavam com seus aviões na pista de 1.100 metros aberta na mata. Fica em Poconé, a 114 km de Cuiabá. Os funcionários foram dispensados e reservas canceladas. Kátia tem que pagar multa de R$ 1,5 milhão à Justiça, ordenou o STF.

Atualização, Terça, 15/01, 15h40:  A assessoria do Hotéis Rio Alegre informou que, em 2012, demitiu dois funcionários e as vagas serão repostas. Apesar de os atuais empregados temerem o fechamento, o hotel alega que retoma as atividades em Fevereiro após recesso.

Atualização, Quinta, 31/01 , 11h07 – A Pousada Refúgio Ilha do Caracará, em Poconé (MT), continua de propriedade do Grupo Rural, após comprovar posse na Justiça em litígio com os ex-proprietários. Não houve fraude. Informa que o fechamento foi sazonal e reabre em Fevereiro.


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