Coluna Esplanada

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Levy, do PRTB: ‘Os grandes estão prostituídos, momento é dos pequenos’
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Leandro Mazzini

Presidente do pequeno PRTB, Levy Fidelix – candidato a presidente da República há três eleições- dá uma de profeta em meio ao caos:

“Os grandes partidos estão prostituídos. É a hora dos pequenos. Não sou Deus, mas vejo que terá impeachment e em outubro novas eleições para presidente”, projeta, sobre a conjuntura atual.


Ex-senador Luiz Estêvão vai se filiar ao PRTB e prepara volta à política
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Leandro Mazzini

A despeito dos direitos políticos cassados até o ano que vem, o ex-senador Luiz Estêvão começa a se mexer para voltar ao cenário político, talvez em 2018.

Ele vai deixar o PMDB do Distrito Federal e se filiar ao pequeno PRTB, a convite do presidente da legenda, Levy Fidelix, que esteve na capital nesta quarta para conversar com o empresário.

“É uma deferência de Levy, de quem sou amigo há muitos anos. Meu objetivo é trabalhar a organização de um grupo político”, revela Estêvão à coluna. Ele ainda não avisou ao PMDB mas a decisão está tomada. “Há muito tempo eu e Levy estamos amadurecendo a ideia”, complementa.

Estêvão evitou no entanto revelar o propósito da troca, mas indicou que tem a ver com as tratativas do PRTB para 2014. “O que não significa que vou assumir o partido no DF”. Mas terá o papel, de acordo com Fidelix, de filiar nomes conhecidos na capital na legenda.

Fidelix disse à coluna que Estêvão estaria preparando uma de suas filhas para lançá-la candidata a deputada federal ano que vem. O empresário confirma o interesse do partido, mas nega. “Nenhum filho meu será candidato em 2014”.

Sobre a pretensão de fortalecer o PRTB em Brasília, para articulações de palanques regional e presidencial daqui a um ano, Estêvão evita declarações que possam comprometer a sua estratégia. “Política é uma atividade em que tudo pode se conversar até uma semana antes da campanha”, sentencia, e em seguida deixa o mistério: “Política é uma arte em que você pode falar tudo, menos o que você pensa”.

Os rumos do PRTB são incertos em 2014, mas Fidelix já se movimenta. Conforme a coluna revelou, ele conversa com o PSB de Eduardo Campos em São Paulo e, chateado com o rumo atual do governo Dilma, de quem é aliado, pode desembarcar na chapa socialista. Nesta quinta à noite, Levy leva ao ar o programa nacional do PRTB em rede nacional de televisão. Vai criticar a política econômica – na linha de Campos – e até citará que a presidente tirou de suas propostas a desoneração da cesta básica.

Estêvão, o novo aliado no DF, porém é mais cauteloso: “Quem apostar hoje de olhos fechados o que vai acontecer daqui um ano, vai embarcar numa canoa furada. É muito cedo, assim é política, sempre foi assim”.

Memória

Ex-deputado distrital e senador eleito em 1998, Luiz Estêvão foi o primeiro senador da História cassado, em Junho de 2000, por quebra de decoro após envolvimento nas denúncias de superfaturamento na construção do Fórum do Trabalho de São Paulo, realizada por sua empreiteira. O caso ficou conhecido como escândalo do Juiz Lalau – Nicolau dos Santos Neto, à época desembargador presidente ligado diretamente à obra.

Desde então, Estêvão concentrou suas atividades no ramo empresarial, de construção civil em especial. Há poucos meses, bancou uma festa milionária para uma de suas filhas em Brasília, na qual teria pago pelo menos R$ 600 mil só para a apresentação de um DJ internacional.

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Eduardo Campos faz ofensiva sobre partidos pequenos
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Leandro Mazzini

Com a candidatura a presidente cada dia mais irreversível, Eduardo Campos (PSB) faz ofensiva em convites a nomes de vários partidos. Um senador tucano foi sondado.

Iniciou conversa com os chamados ‘nanicos’. Hoje no PSC, Ratinho Jr. espera a ‘janela’ na reforma eleitoral para se filiar ao PSB e ser lançado vice do governador tucano Beto Richa no Paraná.

Escanteado pelo governo, o presidente do PRTB, Levy Fidelix, foi procurado pelo deputado Márcio França, presidente do PSB paulista, em nome de Campos. Levy Fidelix faz conta: os cinco partidos nanicos que podem se bandear para Campos tiveram 7 milhões de votos em 2010. São PRTB, PTC, PRP, PSL e PTN.

Já no Congresso Nacional, cresce a percepção de que Campos é tão competitivo quanto Aécio (PSDB). Após saída do deputado Cadoca (PSC-PE), mais dois devem deixar o PSC rumo ao PSB.

Enquanto Campos escancara o projeto, Aécio conversa discreto com possíveis aliados, hoje na base de Dilma. Caso de Lupi, do PDT, com quem almoçou recentemente.

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CERCO DA RECEITA 

A situação das contas da Assefaz, o plano assistencial de cinco categorias de servidores federais, ganha mais a pauta de reuniões em Brasília. ‘A gente não sabe o que está acontecendo, vemos com muita preocupação. É o plano de saúde da maioria dos analistas da Receita’, frisa a presidente do SindiReceita, Silvia Felismino. Há meses entidades como CGU e AGU acompanham de perto a suspeita de rombo de R$ 35 milhões na Assefaz. Apesar de ter mantido um suplente e um diretor financeiro na entidade, o SindiReceita ‘está sem informações suficientes’, diz Felismino.

BOLSO NOS TRILHOS

Não é novidade o drible dos ministeriáveis para ganhar mais, inclusive agora no 2º escalão. Além do salário de R$ 26723, o teto constitucional, Bernardo Figueiredo, da EPL, emenda um jetom de R$ 2.672 por participar de Conselho.

TÃO LONGE, TÃO PERTO

Apesar de separados por um PT, Sérgio Cabral (PMDB) e Aécio Neves (PSDB) conversam muito. Foi Cabral quem indicou o seu marqueteiro Renato Pereira para ele.

PREVISÕES

Ex-candidato ao Planalto (será?), o senador Cristovam (PDT-DF) vê Dilma forte. ‘Mas com quatro pilares enferrujados: Democracia que não funciona, estabilidade econômica ameaçada; transferência de renda que não emancipa; modelo econômico concentrador’.

PODER FEMININO 

Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) tomará posse na Procuradoria da Mulher do Senado, na Terça. Das 81 cadeiras, só oito são de mulheres. ‘Vamos bater muito na questão da reforma para dar mais voz e participação às mulheres na política’, antecipa.

BANQUINHA DE URÂNIO

Tem urânio saindo pelo ladrão no Amapá. A abordagem de vendedores da matéria-prima explosiva a “turistas” intermediários acontece nos hotéis da capital. Uma fonte da coluna foi abordada com oferta. A PF está de olho. Há suspeita de que “formiguinhas” embarcadas abastecem navios de bandeiras asiáticas aportados na costa.


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