Coluna Esplanada

Arquivo : reeleição

Oposição se une por PEC anti-Lula 2018
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Leandro Mazzini

A oposição não quer facilitar a vida da presidente Dilma tampouco a esperança eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva.

Filha do delator do mensalão, o ex-presidiário Roberto Jefferson – que manda no PTB, agora contra o Governo – a deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) protocolou a PEC 125/2015, que pode enterrar a carreira de Lula, se aprovada, porque ele pretende se candidatar em 2018.

O texto proíbe a “reeleição por períodos descontinuados para cargos do Executivo”, desde prefeitos até presidente da República. Atinge também quem já foi eleito e reeleito. Segue o modelo norte-americano, onde um presidente, reeleito ou não, fica proibido de tentar nova candidatura.

A proposta altera o Artigo 14 e o parágrafo 5º fica com esta nova redação:

“O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subsequente, sendo proibida, a reeleição por períodos descontínuos”.

A referência velada ao ex-presidente Lula, que já citou que pode se candidatar novamente, está no trecho da Justificativa da PEC protocolada na Mesa Diretora:

“Ademais, um candidato recorrente possui uma vantagem desproporcional e desleal sobre os seus adversários, visto que este já possui um nome e um legado já conhecido pelo povo.”

REPERCUSSÃO NA CÂMARA

A PEC tem a simpatia de todos os partidos da oposição e de muitos do PMDB, a maior bancada do Congresso.

Questionado pela Coluna, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha – opositor declarado do PT – diz não saber de nada. Mas acredita que a PEC vai para a CCJ em breve.

Há um obstáculo para os anti-lulistas. A PEC barra também pretensões de prefeitos e governadores, que têm seus interesses e forte influência em suas bancadas no Congresso; Eles podem impedi-la.

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Evo quer reeleição ininterrupta e ex-presidente faz apelo ao Brasil
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Leandro Mazzini

Foto: EBC

Foto: EBC

O presidente boliviano Evo Morales, que já alterou a Constituição para conquistar o seu terceiro mandato, revelou a um jornal de seu país que a Coordenadoria Nacional por Mudanças – composta por movimentos sociais que controla – discute nova mudança na lei.

Segundo o presidente, o movimento deseja saber se ele pode se reeleger por “mais cinco, 10 anos, ou de maneira indefinida”.

O ex-presidente Tuto Quiroga, que não pretende voltar ao cargo, está numa luta pessoal inglória contra o demasiado poder antidemocrático alcançado pelo presidente Evo. Já denunciou isso a ex-presidentes do Brasil e México, e pretende voltar a Brasília em nova maratona para alertar para a situação política do país vizinho.

Evo já entrou na mira do Observatório de Direitos Humanos da OEA. Até agora, nenhuma posição oficial.

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Brasil derrota reeleição da bancada do doleiro Youssef
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Leandro Mazzini

Os eleitores brasileiros afastaram da Câmara dos Deputados a maioria da bancada de Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal na Operação Lava-Jato.

São os políticos – em boa parte do PP – que teriam recebido propinas do doleiro nos últimos anos, segundo denúncia da PF.

O deputado federal Luiz Argolo (PP-BA) até que tentou, mas obteve só 63 mil votos, não suficientes. Quem ficou de fora também foi Candido Vaccarezza (PT-SP), com 50 mil votos.

Aline Correa (PP-SP) desistiu de concorrer, e João Pizzolatti (PP-SC) foi barrado pelo próprio partido no registro de candidatura.

O federal André Vargas, ex-petista agora sem partido, e Pedro Corrêa, também desta turma que visitava Youssef, ficaram sem mandatos. O petista porque não se candidatou, e Correa por ser apenado condenado no processo do mensalão.

ELES VOLTARAM

 

Mas dois suspeitos de receber dinheiro de Youssef foram reeleitos os federais: Arthur Lira (PP-AL), com 98.231 votos, e Nelson Meurer (106.478 votos), o 18º mais votado do Paraná.

VAI , JUNIOR!

Esperto, o ex-ministro Mario Negromonte, também ex-visitante de Youssef, correu por fora: elegeu o filho federal, Mario Junior, o 2º mais votado da Bahia: 169 mil votos.


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