Coluna Esplanada

Petrobras garantiu intervenção do GDF em empresa de transportes

Leandro Mazzini

Avisada dias antes da operação, a Petrobras da presidente Graças Foster foi fundamental na intervenção do governo do Distrito Federal na Viação Amaral, empresa de transporte coletivo de Brasília que não cumpriu metas.

A petroleira liberou na antevéspera 1,5 milhão de litros de óleo e faturou com bom prazo para o governador Agnelo Queiroz (PT). Ainda reservou mais, com o indicativo de que haverá outra uma intervenção.

Há temores no GDF de que a TCB, empresa do governo, não supre a demanda caso os ônibus da Amaral parem. Outra empresa está na mira.

As três empresas que sofreram intervenção atendem a 2 milhões de passageiros na capital e no entorno, por mês. São do grupo de Valmir Amaral, tão conhecido quanto polêmico empresário da cidade.

Da última vez que apareceu em público, em 2009, invadiu uma coletiva de imprensa para denunciar deputados distritais por suposto pedido de propina para aprovação da Lei do Passe Livre. O caso foi parar no MP.

A coluna adiantou que o Governo do DF estava de olho numa empresa de ônibus que descumpria normas.  Na segunda, fez operação ‘A La PF’ no Grupo Amaral.  Às 6h, já havia fiscal do GDF na empresa decretando a intervenção. Do Palácio do Buriti, a cúpula, em estilo comitê de crise, acompanhava a reunião em tempo real.

Os fiscais encontraram dezenas de veículos sucateados ou parados com motor fundido. E muitos dos que funcionavam atendiam a cidades de Goiás, ao contrário do que prevê contrato com o governo do DF.

Segundo Amaral disse em entrevista a rádios do DF, o grupo deve em torno de R$ 15 milhões. Mas tem como operar.

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