Autor de foto histórica, Evandro Teixeira registra protestos no Rio
Leandro Mazzini
É de Evandro Teixeira a foto histórica da Passeata dos 100 mil na Av. Rio Branco em 1968 (Veja abaixo). Isso lhe rendeu a ideia do livro que, 36 anos depois, o fez revisitar a imagem e encontrar 68 personagens daquela foto.
Passados 45 anos daquela passeata, Evandro vestiu o inseparável colete usado nas outroras pautas do Jornal do Brasil, pegou sua máquina e voltou para o Centro do Rio a fim de registrar essa nova geração que tomou as ruas. Eis abaixo uma pequena galeria do que ele captou, especialmente para o blog. Conheça o site do fotógrafo aqui
Dizer que há fórmula para o jornalismo seria uma sentença equivocada. O que não se pode negar é que competência e persistência – e por que não aliadas a um pouco de sorte para captar uma imagem chamativa – tangenciam a carreira de um bom profissional. E nisso, Evandro Teixeira é um ícone do fotojornalismo no mundo.
Um expert com uma máquina em mãos, tem na alma a astúcia para eternizar momentos significantes. Com olhar apurado, ele soube fazer de muitas de suas fotos poesias.
Um pouco de ousadia também apimenta a vida desse baiano que assina 50 anos de carreira. Testemunha de alguns eventos que marcaram época no Brasil e no exterior – cobriu nada menos que 11 Copas e oito Olimpíadas – Evandro tornou-se protagonista de outros tantos episódios que incrementam seu currículo.
Ele talvez seja o único homem que fez o papa se ajoelhar a seu pedido. “Isso é conversa”, desmente, encabulado. Trata-se da chegada de João Paulo II em 1981, ao Rio, quando, segundo comentam dezenas de colegas, testemunhas oculares, o pontífice teria beijado o chão mais de uma vez a pedido do fotógrafo que, lá de trás da parafernália, insistia: “continua a beijar aí, seu Papa!”.