Coca da Bolívia rende US$ 12 bilhões por ano; 80% para o Brasil
Leandro Mazzini
As revelações para a coluna são do ex-ministro da Justiça da Bolívia Luiz Vázquez: hoje, 54 mil famílias vivem da plantação legal da folha de coca – cerca de 200 mil pessoas – cujo plantio é voltado exclusivamente para a fabricação da droga em refinarias.
A cocaína boliviana já atingiu 99% de pureza e são comercializadas 250 toneladas por ano – 80% disso é vendido para o Brasil, e os outros 20% para Estados Unidos e Argentina.
O negócio é tão lucrativo que o quilo da droga boliviana vale duas vezes e meia o quilo do ouro. Isso remete a US$ 12,7 bilhões por ano em negócios escusos. Os dados inéditos serão revelados em breve por parlamentar boliviana.
Há solução? Na gestão de Vázquez, um opositor de Evo, ele iniciou programa rural de incentivo a plantio de batatas e legumes. Mas o dinheiro sujo e o incentivo do governo de Evo Morales irrigou mais alto a 'lavoura', e o cultivo da planta de coca cresceu exponencialmente nos últimos anos.
É que, com droga valendo mais que dobro do ouro, ninguém quer plantar batata. Na Colômbia há indícios de números piores: são 600 toneladas por ano da droga.
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PODER & POEMA
Zeit der Widrikeiten, ou ‘Poemas do Povo da Noite’, de autoria do escritor e atual secretário de Cultura do DF, Hamilton Pereira, foi relançado na Feira de Frankfurt. Ex-militante da ALN e preso político, seus livros já foram traduzidos para vários países.
FEIRA DO LIVRO DE BRASÍLIA
Inspirada na Feira de Frankfurt, Brasília realizará em Abril de 2014 a sua 2ª Bienal Brasil do Livro e da Literatura, com apoio dos alemães.
GABINETE$
Começou corrida de servidores da Câmara para chefia de gabinetes das lideranças do PROS e Solidariedade – que também assediam funcionários dos concorrentes.
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RAIOS X DO CAMPO
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, garantiu para 2014 o Cadastro Ambiental Rural. Sai no D.O. de amanhã a renovação de acordo, por R$ 28,9 milhões, para uso de satélites cujas imagens mapearão os 8 milhões de quilômetros quadrados do País. Elas definirão as áreas de preservação permanente de 5 milhões de propriedades. A definição das áreas é exigência do novo Código Florestal. Além de servir de base para o cadastramento, as imagens estarão disponíveis em banco de dados para prefeituras e governos, que terão economia de até R$ 400 milhões por evitarem aluguel de satélite.
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AEROPIB
Depois da estreia da Air France, de olho no maior PIB per capita do País, a Lufthansa, da Alemanha, e a Qatar Airways já negociam com o governo e a Inframérica a inauguração de rotas a partir de Brasília.
ALÍVIO, POR ORA
Em meio ao tiroteio sobre Sérgio Cabral, o PMDB do Rio recebeu pesquisa que animou o partido. Nela, surgiu melhor nas sondagens o vice, Luiz Pezão, candidato à sucessão. E descolado da crise de imagem que aquartela o padrinho no Palácio.
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GUERRA DOS GÊNEROS
O deputado evangélico João Campos (PSDB-GO), o autor do projeto da ‘Cura Gay’, conseguiu barrar por questão de ordem a criação de uma subcomissão de Direitos Humanos na Comissão de Cultura. Ideia dos opositores a Feliciano (PSC-SP). A decisão deixou revoltados os deputados autores Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e Jean Wyllys (PSOL-RJ). Vão cobrar explicações ao presidente Henrique Alves, por terem direito regimental à oficialização da subcomissão.
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MALDADE HOTELEIRA
O governo acerta em enquadrar os hotéis. Parte da hotelaria do Rio, segunda maior porta de entrada do Brasil, bloqueou reservas para 2014. Para vendê-las na bacia das almas e faturar alto.
O DRIBLE
Revelação da literatura de ficção, o escritor Sérgio Rodrigues lança o romance ‘O drible’ (Cia das Letras), em São Paulo, na Terça, na Cultura do Conjunto Nacional.