Coluna Esplanada

Arquivo : março 2013

Eduardo Campos prepara seu palanque em Minas
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Leandro Mazzini

Pré-candidato do PSB à Presidência, o governador Eduardo Campos (PE) chamou para conversar hoje em Brasília o prefeito de Belo Horizonte, Marcio da Lacerda.

Campos precisa fazer uma agenda em Minas sem melindrar o eventual adversário Aécio Neves. O problema é que Lacerda é aliado de ambos, e outro: o PSB rachou no estado.

Desde Outubro passado, o prefeito não conversa mais com o presidente da legenda em Minas, o ex-ministro Walfrido dos Mares Guia, mais ligado ao candidato tucano.

Coordenador da campanha da reeleição de Lacerda, Walfrido recebeu para jantar o ex-presidente Lula e o adversário petista Patrus Ananias às vésperas da eleição em BH. E irritou o prefeito.

Lacerda revela a próximos que não há pretensão de se candidatar ao governo. Mas Campos precisa de um palanque no estado, um dos maiores colégios eleitorais do país.

Uma pesquisa encomendada por um partido em BH e região metropolitana mostra o prefeito folgado na liderança de intenção para o governo. Em segundo, Fernando Pimentel (PT).

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DUPLO NÃO

Na véspera da votação do veto e poucas horas antes, integrantes da bancada do Rio procuraram o líder do PT no Senado, Wellington Dias (PI), na tentativa de negociar o adiamento da sessão. Defensor da distribuição nacional dos royalties, o petista justificou: ‘não se pode falar de direito adquirido de algo que é da União’.

VERSÕES

Os fluminenses, que podem perder bilhões de reais até 2014, pedem atenção aos contratos. Para Dias, na nova lei há distribuição justa, para todos, e provoca: ‘Não há contrato assinado, nem uma vírgula muda, há acordo entre a ANP e as petroleiras’.

ILUSTRE DESCONHECIDO

O deputado condenado pelo STF Valdemar Costa Neto (PR-SP) foi barrado em um dos acessos ao Senado Federal na tarde de segunda-feira. Com camiseta e ao celular, o parlamentar não foi reconhecido por um segurança, que exigiu a apresentação de documento de identificação. A cena durou 28 segundos.

UI!

O alvo da provocação viu, mas disfarçou. Um cartaz de um militante GLBT levado à Câmara na Quinta passada: “Menina, me diz onde fez essa sombrancelha!!”. Era para o presidente da Comissão de Direitos Humanos, pastor Feliciano (PSC-SP).

É HOJE

Governadores vão propor ao governo federal hoje a troca de parte das dívidas com a União por investimentos em saúde, educação e infraestrutura. A proposta é do senador Luiz Henrique (PMDB-SC) e prevê que 20% das dividas seja usada nisso.

OBAMA TUPINIQUIM

Para quem anda quase ‘quebrado’, chamou a atenção ontem o staff à espera do jatinho do governador do Rio, Sérgio Cabral, e comitiva em Brasília: quatro carros executivos e oito seguranças num hangar.

ALIÁ$

Em tempos de estagnação da economia, os governadores que adoram jatinhos poderiam dar exemplo e trocar os caros fretes pelos voos de carreira.

AIR FARRA

E presidente Dilma poderia fazer lotação. Ontem no Aeroporto em Paulo Afonso (BA), além do AeroDilma, havia mais dois jatos da Presidência.

 


PSD e PMDB causam turbulência na Aviação Civil
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Leandro Mazzini

A presidente Dilma Rousseff até ontem à noite estava reticente às investidas do PSD e PMDB de guilhotinar o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt.

Ela se reuniu por quase uma hora com ele pela manhã. Em nenhum momento tocou no assunto, e o incumbiu de criar novo grupo de trabalho junto às aéreas para alavancar o setor.

O novato mas poderoso PSD tentou há dois meses abocanhar a pasta. Agora é o PMDB que usa seu trator para entrar na pista e dominar as concessões de aeroportos.

Wagner Bittencourt, titular do cargo desde que a secretaria foi criada, é técnico de carreira do BNDES. Sem apadrinhamento político.

Os partidos parecem o menino que atira pedra para cima quando o avião passa, na esperança de uma hora derrubá-lo. Mas há o perigo de ela voltar na própria testa.

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NA MOITA 

Mineirinho continua na moita. O certo por ora é que Antonio Andrade, do PMDB de Minas, vai assumir a Agricultura. Para afago à bancada do estado.

20 ANOS DEPOIS 

‘O professor finge que ensina, o aluno finge que aprende e, finge que está formado’. A frase era repetida pelo então professor Aloizio Mercadante. Hoje ministro da Educação, ele saía de audiência semana passada com o presidente da Câmara, e foi interpelado pela Coluna sobre citação: ‘Melhorou muito, mas ainda, tem muita gente que engana’.

ONTEM E HOJE

Na briga com o governo, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) lembra que dos 3 mil vetos,  os mais importantes são os relativos ao Código Florestal, Emenda 29 (que delimita em 10% os recursos para a saúde) e o Fator Previdenciário. Para o líder tucano “o Congresso tem obrigação de resolver”. Sobre a crítica de petistas de que, no governo de FHC, o PSDB não se esforçou para votar os vetos: ‘foi um erro, vamos corrigir, vamos acertar daqui para frente. Perseverar no erro é pior que errar’.

DO OUTRO LADO 

Quem volta à política – nas salas de aula – é o ex-senador e ex-governador do ES Paulo Hartung. Ministrará Marketing Político no MBA da Universidade de Vila Velha.

BATALHA NAVAL

Defensor da distribuição dos royalties do petróleo para todo o país, com nova lei, o líder do PT no Senado, Wellington Dias (PI), desancou o governador Sergio Cabral, do Rio. ‘Lamento a postura egoísta, não do povo carioca, mas do governador que não quis negociar’. Cabral tem dito, há mais de ano, que a verba é uma compensação sócio-ambiental para os estados confrontantes e que muitas contas do estado estão atreladas aos ganhos dos royalties, daí a preocupação.

ANTES DO CASÓRIO

Pedro Abramovay dá sua versão para, quando ministro, ter nomeado Carolina Haber para cargo comissionado no Ministério da Justiça em 2009: ela ainda não era sua esposa. Apenas conhecidos e colegas.


Aécio dá a largada em jantar com governadores tucanos
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Leandro Mazzini

Foto de Marcos Brandão

Incitado pela oposição e cobrado internamente pelos correligionários a entrar em pré-campanha, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) dá o pontapé ao seu projeto presidencial nesta terça-feira em Brasília.

O potencial candidato do PSDB ao Palácio do Planalto reúne em seu apartamento os sete governadores tucanos para jantar. No cardápio, menu de discursos misturados com críticas ácidas aos dez anos de gestão petista.

Todos os governadores confirmaram presença – Beto Richa (Paraná), Geraldo Alckmin (SP), Antonio Anastasia (MG), Marconi Perillo (GO), Simão Jatene (PA), Anchieta Junior (RR), Siqueira Campos (TO) e Teotonio Vilela (AL).

O jantar ocorre no mesmo dia em que desembarca em Brasília outro potencial candidato ao Palácio, o governador Eduardo Campos (PSB), de Pernambuco. Campos, embora disfarce tanto quanto Aécio o interesse eleitoral, tem agenda eclética na capital: visita a Casa do Ceará, passa pelo escritório do governo de Santa Catarina e se reúne com aliados suprapartidários durante o dia.

Brasília terá uma terça-feira atípica. A maioria dos governadores estará na capital para a reunião preparatória do encontro com o presidente da Câmara, Henrique Alves, e o presidente do Senado, Renan Calheiros, na pauta de discussão do pacto federativo.

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Royalties: Garotinho prepara contra-ataque jurídico
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Leandro Mazzini

Ex-governador, o deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ) prepara para esta terça uma série de ações – jurídicas e políticas – para invalidar a sessão que derrubou o veto da presidente Dilma Rousseff sobre a nova lei que redistribui os royalties de exploração do petróleo.

Garotinho está no Rio e reuniu-se hoje com equipe e advogados. Respalda-se numa encrenca incomum que esbarra no regimento e até na moral de agente público, a se confirmar o imbróglio: o colega Zoinho (PR-RJ) acusa um impostor oculto de ter assinado em seu lugar a presença na sessão. Zoinho deixou antes o plenário por viagem programada.

Em suma, qualquer deputado, de qualquer partido, pró ou contra o projeto, pode ter assinado por Zoinho – ou até o mesmo, antes de sair, embora jure que não ocorreu. Fato é que o impasse regimental está criado.

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Jornalistas se esquecem de bater palmas para Joaquim Barbosa
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Leandro Mazzini

foto extraída do blog

Presidente da corte Suprema do País, o ministro Joaquim Barbosa chegou a um patamar dúbio de sua vida, pelos recentes episódios: no auge da profissão, respalda-se no merecido saber adquirido e na proteção da toga, mas comete o equívoco de achar uma simples interpelação babaca, ou talvez o maior elogio pouco para sua posição.

Desde que ascendeu aos holofotes, tornou-se ministro do STF, capas de VEJA e relator do processo penal de maior repercussão da História do Brasil, Joaquim viu-se numa vida de astro. Especialmente fora do plenário. Foi e continua sendo aplaudido em restaurantes. É bom para o ego, embora seja homem discreto e mostrar-se encabulado nas ocasiões.

Ao passo que a rispidez ganha seu semblante em muitos momentos. Como as vezes que menosprezou jornalistas que acompanham as atividades do Supremo. Usar termos inadequados e chamar de “Palhaço” um dos mais tranquilos e profissionais repórteres de Brasília, Felipe Recondo, quando esboçava uma pergunta cotidiana, revela o momento do vaivém dos humores do ministro, e desnuda os personagens que ele figura. Um na profissão, outro na vida pessoal.

No 11 de Janeiro, uma sexta-feira à noite, ele dividia mesa com três pessoas no Balcony Bar, novo badalado jazz bar e ponto cult de Brasília. De costas para a porta principal, ficou a maior parte do tempo em pé – o problema na coluna ainda o incomoda muito. A mesa virou ponto de parada obrigatória para bajuladores de todas as classes, idades e interesses, com declarações seguidas de elogios, palmas, beijos, fotos. Atendeu bem duas beldades que se deslocaram do balcão para vê-lo, após demorada decisão de aproximarem. Em todos os casos, o cidadão Barbosa foi solícito e simpático.

O momento ímpar de Barbosa joga luz à importância que seu nome ganhou na sociedade. A quatro metros atrás dele, o não menos importante mas discreto ministro da Saúde, Alexandre Padilha, com bela companhia, sentou-se entre comuns no balcão, e sem deferências dos próximos. Evidentemente sem a presença do togado no bar, o alvo dos olhares seria o político. Com o bar movimentado, Barbosa e Padilha não souberam um do outro.

Três amigos do ministro Joaquim Barbosa – vou preservá-los – relataram em momentos diversos a este repórter que ele é um bom homem, inteligente, fino no trato, respeitoso.

Depreende-se das situações: ou o ministro precisa frequentar mais happy hours para se acalmar, ou os jornalistas estão esquecendo de bater palmas quando da passagem de Vossa Excelência.

Uma expressão, em suma, precisa entrar na pauta do dr. Barbosa: respeito aos repórteres. Sem eles, sem rádios, TVs, jornais, revistas, pasquins de bairros, folhetos institucionais,  muito do reconhecimento popular do ministro ficaria restrito a gabinetes.

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Militares querem depor como ‘revanche’ na Comissão da Verdade
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Leandro Mazzini

A ida à Comissão da Verdade do tenente-coronel Sebastião Rodrigues, o ‘Major Curió’ – o algoz da Guerrilha do Araguaia na década de 70 –, como adiantou a coluna, faz parte de estratégia dos militares de contra-ataque aos que chamam de subversivos da época.

Os oficiais da reserva declaradamente nunca aceitaram a instalação do grupo de trabalho, feita ano passado pela presidente Dilma Rousseff, e querem deixar registradas as suas versões. Com o interesse dos militares, a comissão negocia o depoimento de outros oficiais.

Espera-se ainda para este mês o depoimento do Major Curió. Em Abril devem surgir um oficial da reserva de Brasília e um de São Paulo, tidos como carrascos no regime.

Apesar da resistência dos oficiais da reserva no início dos trabalhos da comissão, ano passado, o grupo de trabalho e pesquisa tem se dedicado a procurar os militares e ex-policiais envolvidos diretamente no confronto com a esquerda. Em Junho passado, o primeiro a depor foi o ex-delegado do DOPS Cláudio Guerra, confesso matador de militantes nos anos 70 e 80.

Cláudio, que atuou no Espírito Santo pelo DOPS, é o personagem bomba do livro Memórias de uma Guerra Suja, dos jornalistas Marcelo Netto e Rogério Medeiros.

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EPA

José Roberto Arruda, ex-governador do DF preso pela PF na Caixa de Pandora, tem ligado para ex-secretários e ex-colaboradores próximos. Um lembrete: indiciado pela polícia por atrapalhar as investigações de malfeitos no governo e denunciado pelo MP, ele não foi condenado – nem há previsão de julgamento.

MALDADE

Depois de ser solto pela PF, Arruda correu para confortar a mãe, em Itajubá (MG) em 2010. Numa maldade, alguém pichara o muro da casa para atacar o filho.

RESPEITO E EXAGERO

Ele merece todos as homenagens pela trajetória e importância na História do seu país. Mas embalsamar para a eternidade e expor como o antiimperialista o ex-presidente Hugo Chávez é exagero. O discurso era fachada. O maior comprador de petróleo venezuelano são os Estados Unidos – foram US$ 38 bilhões em produtos em 2012. Quando em Brasília, Chávez sempre desfilava com carros blindados de luxo da americana Ford.

ACESSIBILIDADE, ENFIM

Só agora, dois anos depois, os estados de Rondônia e Alagoas aderiram ao Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, com previsão de investimentos de R$ 7,6 bilhões até 2014. A União investe em kits de acessibilidade.

PMDB x PT

Os pemedebistas de Renan Calheiros lembram que um dos autores do abaixo-assinado popular contra o presidente do Congresso, Pedro Abramovay, é ligado ao senador licenciado e ministro Aloizio Mercadante (PT), que combateu muito Renan em 2007. Abramovay foi ministro da Justiça por um dia, em 13 de Fevereiro de 2009. Aproveitou para cometer nepotismo: nomeou a esposa representante de Assuntos Legislativos.

ROLETA SEM INFLAÇÃO

Para evitar aumento das passagens, o governo do Paraná zerou a alíquota de ICMS sobre o óleo diesel para empresas de transporte coletivo. É resultado de estudo da Secretaria de Fazenda.

PAPA É NOSSO?

Autor do livro “A última contagem regressiva”, Helios Figueiredo lembrou a profecia de São Malaquias. Apareceria neste século o Papa Petrus Romanus. O único cardeal eleitor  que possui o nome Pedro é o Arcebispo de São Paulo Dom Odilo Pedro Scherer.

ESQUENTA

Com pesquisas na mão, o PMDB de Mato Grosso do Sul vai lançar o ex-prefeito da capital Nelsinho Trad ao governo. Na outra ponta deve aparecer Delcídio Amaral (PT). Neste caso, problema federal: Dilma terá dois ou nenhum palanque em Campo Grande. Mas o PMDB do MS paquera um nome do PSDB para vice de Trad. Se vingar, o PT será obrigado a lançar Delcídio para Dilma ter uma porta no Estado.


Charge de Aliedo: O zoo da ministra
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Leandro Mazzini

O então senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), que morou na África por 10 anos como missionário e fala o dialeto zulu,  promoveu junto com o então ministro da Secom do Planalto, Franklin Martins, um encontro com autoridades africanas em Brasília e apresentou a eles a então ministra da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro.

Um deles se apaixonou pela ministra. E perguntou a Crivella quanto custava o “Lobola” dela. Risos à mesa e a ministra desconcertada de vergonha. Lobola é a instituição tradicional usada em países da África quando um pretendente faz oferta a um pai de donzela pelo casamento. Geralmente se oferecem animais e até terras.

Um outro pretendente à mesa se revelou, brincando, e disse que daria camelos pela ministra. Mas o apaixonado se superou e fez oferta melhor. Daria camelos, cavalos, bezerros, cabras e o que ela quisesse. Quando Crivella os interrompeu, para gargalhada geral:

– O senhor quer dar é um zoológico para ela!?

Conheça o chargista aqui

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Em outdoors, filho de Dirceu se vangloria com ‘Veja’, criticada pelo pai
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Leandro Mazzini

Atacada pelo PT como mídia golpista, a meia boca ou escancaradamente em encontros de militantes, a revista VEJA ganhou destaque em outdoors de Umuarama (PR), maior reduto eleitoral do deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR), filho do ex-ministro José Dirceu, condenado pelo STF na Ação Penal 470, o Mensalão.

No outdoor, assinado por “amigos do Zeca”, aparece uma foto da capa da revista e de outro lado uma do parlamentar. A placa destaca . “A Veja divulgou, mas o povo de Umuarama já sabia. Zeca Dirceu 1º lugar no ranking da revista Veja como deputado federal mais atuante do Paraná”, revela o jornalista Fábio Campana em seu blog.

O blogueiro frisa algo curioso. Umuarama, uma das cidades-polo do interior, é reduto e morada também de Osmar Serraglio (PMDB-PR), então deputado relator da CPI dos Correios, que resultou na descoberta do chamado Mensalão.


Presidente surpreende até o PT com desoneração da cesta
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Leandro Mazzini

Atualização, 11h45: O anúncio da presidente Dilma Rousseff feito em rede nacional de televisão, na noite desta Sexta-feira, de isenção de impostos federais da cesta básica surpreendeu até o PT.

“Ela já avisara ao presidente do partido, Rui Falcão, que a qualquer momento tomaria uma decisão sobre o assunto”, após a criação do grupo de trabalho da Presidência que estudava o tema, revelou o líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE). “Mas não sabíamos quando seria”.

Dilma editou Medida Provisória, a despeito de projetos do PT e do PSDB que tramitam no Congresso. “A tramitação demoraria muito”, explica Guimarães.

O líder do PT no Senado, Wellington Dias (PI), revelou que há 15 dias a cúpula do partido no Congresso se reuniu com a presidente no Palácio, quando ela esboçou que estudava medidas “para evitar a inflação e aquecer a economia”. “Mas ela realmente não avisou quando seriam nem como”, complementa o senador. Ele comemorou: “O objetivo é a redução da carga tributária.

O projeto já foi apresentado pelo PT na Câmara há dois anos, mas engavetado. Em agosto do ano passado, o líder do PSDB na Câmara, deputado Bruno Araújo (PE), apresentou emenda à MP 563 para a desoneração da cesta, mas a presidente vetou e ordenou que o PT se posicionasse. Criou o grupo de trabalho para os estudos e ontem saiu a decisão.

Segundo a presidente, no anúncio na TV,  “com desoneração da cesta básica governo abre mão de R$ 7,4 bilhões em arrecadação por ano”. Ela ratificou em rede nacional o que nos bastidores os ministros próximos já sabiam: seu temor da volta da alta inflação – o que pode prejudicar seu projeto de reeleição:  “Não descuido nem um momento do controle da inflação”.

No Dia Internacional da Mulher, Dilma anunciou outras duas medidas: fortalecimento da defesa do consumidor e criação de um “moderno centro integrado de apoio à mulher”, um por estado. Em tom de promessa, essas duas medidas reforçaram o discurso de pré-campanha da presidente que tentará a reeleição, e emendou com frases recheadas de elogios à atuação da mulher no Brasil – inclusive de sua posição.

“A maior autoridade desse país é uma mulher, que não tem medo de enfrentar os injustos”; E “Um governo comandado por uma mulher tem mais obrigação de lutar pela igualdade de gêneros. Trata-se de uma questão estratégica”.

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TEN$ÃO

A prisão ontem em Brasília do doleiro Fayed Antoine Traboulsi deixou alguns políticos sem dormir esta noite, e muito, mas muito apreensivos.

MAÇONARIA & PODER

O Grande Oriente do Brasil, que reúne maior parte das lojas maçônicas, elege hoje seu novo presidente, numa disputa que envolveu diretamente nos bastidores grandes políticos. O senador Gim Argello (PTB-DF) trabalhou pela reeleição de Marcos Silva. O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) tenta se eleger pela terceira vez. O vice-presidente Michel Temer não tem influência direta, mas é ligado ao candidato de SP, o jurista Benedito Ballouck.

MINISTRO PARANAENSE

O governo do Paraná vai conceder título de cidadão honorário ao presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa. Vai a sanção do governador na Segunda a proposição nº 42/13, do presidente da Assembleia, deputado Valdir Rossoni (PSDB). A decisão do título foi do governador Beto Richa, após encontro com o ministro no STF em Fevereiro. ‘Por que não há um paranaense no STF?’, indagou Barbosa. Richa soltou que era ‘uma reivindicação antiga nossa’. Richa disse que Barbosa representaria o Paraná, e a bandeira de Minas e do Brasil em seu gabinete pode ganhar a do sulista. Encabulado, mas feliz, o ministro assentiu.

INVASÃO

Veja como os chineses vêm invadindo o Brasil. De 2010 para 2011, cresceu em 48% o número de turistas da China. De 37 mil para 55 mil.

FOGO AMIGO

Isso é porque é aliado do PT: Para comemorar a derrubada do veto da presidente Dilma sobre a lei de distribuição dos royalties do petróleo, o senador Wellington Dias (PT-PI) circulou por rádios e TVs na Quinta. Ele é candidato a voltar ao governo.