Vem aí a Lava-Jato 3 com cerco a políticos sem mandatos e assessores
Leandro Mazzini
Com a revelação das propinas pagas a dezenas de políticos, diante da delação premiada, Paulo Roberto Costa, enfim, elucida o cargo que ocupava na Petrobras: Diretor de Abastecimento (de cofres particulares).
Com informações sigilosas do MP Federal, não é segredo que a Polícia Federal vai se mobilizar para nova grande operação, a Lava Jato 3, que vai mandar para a cadeia uma penca de assessores, familiares e políticos sem mandato, assim que se confirmarem com provas as denúncias. Já os políticos em mandato entrarão na mira da Procuradoria-Geral da República e posteriormente do STF – que já mandou deputados para a cadeia.
Há informações de bastidores de que Paulo Costa, além de citar parlamentares, ministros e governadores como propinados, também tenha mostrado o caminho e entregado cadernetas com provas.
Na quinta-feira, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Pires abriu o jogo: Pelo menos 70 parlamentares – entre deputados, senadores e governadores – da base aliada receberam propina dele. A Revista VEJA deste sábado traz a lista, entre os citados estão Sérgio Cabral, Roseana Sarney e Eduardo Campos.
BALANÇO PRÉVIO
O PT e sua base estão indo para o saco mortuário – se não nas urnas, pelo menos no moral. É o que se depreende não só das pesquisas eleitorais, mas da delação premiada do ex-diretor. Praticamente metade da base está envolvida.
PAREM AS MÁQUINAS!
Até a imprensa está envolvida. A PF teria gravações do encontro de um conhecido jornalista com o doleiro Alberto Yousseff, no qual o editor de um portal recebeu R$ 240 mil.