Coluna Esplanada

Protógenes luta para reinserção na PF e por direitos políticos

Leandro Mazzini

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Conhecido nacionalmente pela condução da Operação Satiagraha, que levou à cadeia o banqueiro Daniel Dantas, Protógenes Queiroz mantém uma rotina no eixo São Paulo-Brasília numa luta pela reconquista da vaga de delegado federal e pelos direitos políticos.

O principal apoio vem da própria categoria. A Associação Nacional de Delegados de Polícia Federal soltou nota pedindo anistia para o delegado. Outras entidades de classe não ligadas à Polícia e à Justiça também se engajaram no pleito – caso da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos e da Associação Piauiense de Valorização da Vida.

MEMÓRIA

Com a repercussão e a vitrine, Protógenes alcançou uma invejável legião de seguidores em todo o Brasil nas redes sociais, e em especial em São Paulo, Estado pelo qual se elegeu deputado federal em 2010 pelo PCdoB. Mas desde que a operação Satiagraha foi derrubada pelo Superior Tribunal de Justiça, ele se viu às voltas com a Justiça.

Em 2014, a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal condenou o então deputado federal a 2 anos e 6 meses de prisão por violação de sigilo funcional qualificada durante a operação. Protógenes já tinha sido condenado em primeira instância na Justiça Federal de SP também por fraude processual – que o STF derrubou. Ele contesta todas as acusações e repete que atuou dentro da lei e dos regimentos policiais durante toda a operação.

Protógenes vê uma articulação velada de setores da alta sociedade em parceria com parte de membros do Governo para tentar, através de seu caso judicial, intimidar delegados e procuradores. Seria um recado para a turma da operação Lava Jato, em andamento.