Coluna Esplanada

Renan dá diretoria a advogado que o defendeu contra cassação
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Cascais, de volta ao Senado

Seis anos depois da polêmica renúncia à Presidência do Senado, pela qual negociou a manutenção de seu mandato de senador, Renan Calheiros (PMDB-AL) convidou para Advogado-Geral do Senado o ex-titular do posto de sua última gestão, Alberto Cascais.

Cascais ocupou o cargo de Advogado Geral por dois mandatos. No último, deu pareceres contra todos os pedidos de abertura de processo de decoro parlamentar contra Renan no caso que o levou à renúncia da Mesa, ressaltando que a Comissão de Ética não tinha mais poderes que as outras para julgar a denúncia.

''Não tem o Conselho de Ética poder de requisitar documentos, determinar o depoimento pessoal de senador e a oitiva de testemunhas'', escreveu ele numa das recusas.

Cascais voltou discretamente ao cargo há poucos meses. No entanto com novo ano Legislativo, nova administração, renova-se tudo. E ele foi convidado pessoalmente por Renan. O senador pediu que se viabilizasse junto aos senadores para ser nomeado. Do contrário, dançaria.

Com o aval do novo presidente, Cascais fez uma campanha discreta. Circulou por gabinetes dos principais senadores nas últimas duas semanas para consolidar seu nome.

Renan também fechou a equipe que será o tripé da sua nova administração. A pedido do ex-presidente José Sarney, ele manterá Doris Marize Romariz Peixoto na direção geral do Senado.

O seu chefe de Gabinete será Luiz Fernando Bandeira de Mello filho. Atualmente ele é chefe de gabinete do ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho, que saiu de férias ontem. Bandeira foi convidado pelo próprio presidente do Congresso e aceitou.

O triunvirato de Renan será oficializado e anunciado após o Carnaval.

Siga a coluna no Twitter e no Facebook


Troca de diretores políticos estancou perdas maiores na Petrobras
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Para quem acompanha de perto a Petrobras, não é surpresa no mercado o prejuízo com a má administração dos últimos anos e o anúncio de que os sócios terão dividendos cortados. Em 2008, há testemunhas, o repórter ouviu de um ministro dentro do Palácio do Planalto: naquele ano, 62% dos lucros da petroleira foram pagos…. na Bolsa de Nova York. Ou seja, o petróleo já foi nosso um dia.

A presidente Dilma Rousseff decidiu agir rápido em abril do ano passado, quando recebeu relatos preocupantes. A ingerência política era tão profunda quanto o prejuízo de valor de mercado que a estatal amargaria, agora revelado. Pois a prospecção dilmista revelou que a petroleira era um poço de explorações partidárias que controlavam sob suspeição contratos bilionários. Três diretores ligados a três partidos foram defenestrados.

Dilma foi do conselho da petroleira, sabia o que mexer e onde estancar perdas maiores. Deu aval para a então recente nomeada comandante, Maria das Graças Foster (foto), fazer a limpa nos cargos de apadrinhamento na maior empresa do país.

Na diretoria de Abastecimento, saiu Paulo Roberto Costa e entrou José Carlos Consenza. Padrinhos de Costa, perderam PP e PMDB. Renato Duque deixou a diretoria de Engenharia. Petista da corrente Construindo um Novo Brasil, tendência interna mais poderosa do partido, era o nome do ex-ministro José Dirceu.

O PT saiu perdendo. No lugar de Duque entrou José Antônio de Figueiredo, nome de confiança de Graças Foster na estatal.

Na diretoria Internacional, ficou por pouco tempo Jorge Zelada. Ele era apadrinhado da bancada do PMDB do Senado. Zelada tentou emplacar um subordinado no lugar, mas os conselheiros não toparam. Quem assumiu foi a própria presidente Graças Foster.

A Petrobras tem 10 membros no seu poderoso conselho de administração, entre eles o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho. Gente da alta cúpula do governo que se reúne esporadicamente para fazer a empresa crescer. Pelos números, não têm dado conta.

De capital aberto, a empresa também conta com dois conselheiros representantes dos acionistas Detentores de Ações Preferenciais – aquela turma supracitada que embolsou 62% em 2008. Desde ano passado, são eles Jorge Gerdau, o maior empresário do setor de aço, e Josué Gomes da Silva, líder do setor têxtil, filho do saudoso ex-vice-presidente José Alencar.

Provavelmente a dupla que acompanha os desencontros numéricos da petroleira deve ter muito a desabafar para seus sócios.

Siga a coluna no Twitter e no Facebook

________________________

JOGO DE CINTURA

Duas visitas interessantes na agenda da presidente Dilma ontem. Pela manhã, o senador Blairo Maggi (MT), cotado para ministro no eventual retorno da aliança PR-Planalto. E à tarde o presidente Henrique Alves, que desta vez não levou bambolê.

SILÊNCIO

Procurado há dois dias, o CNPq não respondeu a coluna: há suspeita de que sua sede não tem Brigada de incêndio, saídas de emergência e plano de evacuação.

ABAFA

Desde que ocorreu a tragédia na boate Kiss, quatro brigadistas de incêndio que nunca deram as caras circulam pelo Salão Azul do Senado.

RECURSO EXTRA 

A poderosa Associação dos Juízes Federais comprou a briga dos magistrados contra o CNJ, que elabora regras para participação dos togados em eventos e patrocínios para a turma. A entidade quer debate com a classe. A Ajufe informou que não aceita “dúvidas sobre a idoneidade” dos juízes. Desse jeito, o caso vai parar na… Justiça.

CRIME

A Polícia do Piauí encontrou o corpo do ex-vereador Emídio Reis da Rocha, desaparecido desde quinta passada perto de São Julião. Suspeita-se de execução.

PONTO FINAL

E o Tiririca, hein!? Descobriu que a Câmara é um circo e é grande a concorrência para palhaço.


Ex-presidente da Câmara escreve livro “Barrigadas da imprensa”
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Meia à brinca, numa primeira referência, mas sério na segunda citação, o ex-presidente da Câmara Marco Maia (PT-RS) fez uma revelação na noite de terça-feira, 5. Vai escrever um livro sobre ''as barrigadas da imprensa'' e já faz pesquisa. Os interlocutores foram este repórter e a jornalista Denise Rothenburg, no making off do programa Frente a Frente, na REDEVIDA.

No jargão jornalístico, barrigada significa notícia falsa ou mal apurada. Acontece, embora a imprensa, ele próprio reconhece, acerta muito mais do que erra. Apesar da página virada ao deixar o terceiro cargo mais importante do país, o parlamentar não perdoa alguns jornalistas e veículos  que publicaram notícias consideradas fantasiosas a seu respeito. ''Não coloco toda a imprensa no mesmo balaio'', ressalta.

Ele nega que tenha tido relação difícil com a presidente Dilma: ''Chegamos a nos ligar diariamente para negar isso; Trabalhei com ela em Porto Alegre'' (na administração Alceu Colares). Ficou irado quando blogs divulgaram nota falsa de que criaria uma engraxataria de luxo na Câmara, e também que pedira ministério à presidente, ou em outro caso, cargo para apadrinhado no Banco do Brasil. Nega tudo veemente.

Por essas e outras, diz Maia, ele vai escrever a sua versão e eternizar em livro sua crítica ao jornalismo inventivo.

Entre os 513 deputados federais, Marco Maia teve ascensão meteórica. Ex-metalúrgico e torneiro mecânico, surgiu político e foi eleito deputado em 2006. Com discurso lapidado no movimento sindical, o filho de Canoas (RS) deixou de ser mais um entre tantos com longos mandatos e grandes poderes no Congresso. Em 2007, no primeiro mandato, surpreendeu ao tocar com rigor a relatoria da CPI do Apagão Aéreo, que o alçou aos holofotes.  No segundo mandato enterrou as pretensões de Candido Vaccarezza (PT-SP) tornar-se presidente da Casa e subiu ao posto.

De volta ao plenário, Maia afirma que está feliz com sua carreira política. E que não cobiça algo por ora. Sem vaga para o Senado em 2014, deverá se dedicar à reeleição para deputado. Questionado sobre o salário de deputado, acha um valor justo os R$ 26 mil. Daqui a dois anos, se apresentará às urnas com pompas de quem sentou na cadeira da Presidência da República por três ocasiões nos últimos dois anos, por força do cargo e da ausência dos titulares.

O dia mais feliz da sua vida? ''Quando ocupei a presidência pela primeira vez, numa viagem de Dilma, e recebi uma ligação do (ex-presidente) Lula, que me disse: estou te ligando para parabenizar porque tu és o segundo torneiro mecânico a sentar nesta cadeira''.

Liberto das dezenas de compromissos do cargo que ocupou, o parlamentar agora se debruça sobre a mesa para destilar no papel o que vem por aí. Sem revelar detalhes,  qualquer previsão seria uma barrigada.

Siga a coluna no Twitter e no Facebook


Renan vai “importar” nome para Secretaria de Transparência
Comentários Comente

Leandro Mazzini

O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), estuda nomes independentes, como diretores de ONGs, não ligados a políticos e sem qualquer apadrinhamento de senadores para ocupar a Secretaria da Transparência que prometeu em sua posse.

Será criada após o Carnaval. No esforço de apagar o escândalo de 2007 junto à sociedade, hoje – se houver tempo na agenda – ou depois do feriado ele reúne a Mesa Diretora e anuncia uma limpeza: cortes de cargos e diretorias.

Siga a coluna no Twitter e no Facebook

__________________________________

LIMPEZA DE ALVES

A limpeza do presidente da Câmara, Henrique Alves, no segundo dia como presidente, foi literal. As quadras onde moram os deputados foram tomadas por tratores, pás e cortadores de gramas.

SOBE E DESCE

O líder do PMDB Eduardo Cunha (RJ) anda distante do Planalto. Ontem às 17h, com líderes da base no Palácio, ele visitava a presidência do… DEM, no 26º andar do Senado. À coluna, Cunha explicou que escalou o deputado Marcelo Castro (PI) para representá-lo no debate sobre Orçamento.

RAPAPÉ

O vice-presidente Michel Temer recebeu no Palácio do Jaburu na noite de segunda os principais nomes do PMDB para um jantar de poucos, no qual teve muito a comemorar. Com exceção de expoentes da bancada mineira, que ficará sem ministério reivindicado, ninguém saiu triste dali. Eduardo Cunha soltou: ‘Estamos todos afinados’.

O NOME

O baiano Walter Pinheiro (PT) tornou-se um dos senadores mais paparicados do Congresso. Sob sua mesa está a relatoria do projeto que cria a Secretaria de Microempresa de Dilma, e a nova tabela do FPE. Já cobrou o presidente Renan.

INTROSPECÇÃO

Com derrota para a presidência da Câmara, a ex-vice Rose de Freitas (PMDB-ES) recolheu-se ontem decepcionada com os votos que teve. A conta era outra. Agora ministra do TCU, a ex-deputada Ana Arraes (PE), filha do saudoso Miguel, disse um dia à coluna: ‘Papai me ensinou que a dor do voto é maior que a dor do amor’.

DEMISSÕES

O novo líder do PMDB na Câmara mandou para rua ontem uma funcionária com 20 anos de experiência e surpreendeu o gabinete. Não será surpresa no Senado. Em nova roupagem, Renan Calheiros vai passar a vassoura em cargos de confiança de décadas.

INFLAÇÃO NO PLENÁRIO

É só coincidência, ou não. No dia que tomou posse a nova Mesa, o café espresso na lanchonete do SENAC da Câmara subiu 25%, para R$ 2,50.


Deputado denuncia risco na fronteira
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Policial Militar licenciado, o deputado federal Otoniel (PRB-SP) sobe à tribuna da Câmara nesta terça para denunciar o que viu na fronteira em viagens recentes.

Segundo ele, na Ponte da Amizade Brasil-Paraguai, só atuam cinco agentes federais, que se revezam. É muito pouco para um vaivém de 30 mil pessoas por dia, nos seus cálculos.

A porta literalmente aberta ele denuncia no posto de divisa terrestres com a Argentina: as seis cabines do lado brasileiro estão vazias.

Siga a coluna no Twitter e no Facebook


Suplência de deputado do DEM vira novela jurídica
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Uma polêmica a suplência do deputado Pauderney Avelino (DEM-AM) na Câmara Federal. Pauderney assumiu uma secretaria do prefeito Artur Virgílio (PSDB) em Manaus, mas pretende ficar por pouco tempo.

Os atrativos para o suplente não são poucos, e tradicionalmente a vaga é disputadíssima: um salário de R$ 26 mil, benefícios sociais estendidos à família e uma boa verba extra. No caso de Pauderney, pelo contrário. Como seus suplentes têm mandatos, e dificilmente vão driblar as legislações, terão que optar por um dos cargos.

Aí começou o problema.  O primeiro suplente da bancada é um comunista titular da Secretaria de Produção Rural na capital do Amazonas. Como é mais fácil o homem pisar em Marte que o DEM aceitar na vaga Eron Bezerra (PCdoB), foi convocado à missão o segundo suplente.

Caiu no colo de Plínio Valério (PSDB), vereador manauara. Como Pauderney pretende voltar a Brasília daqui a um ano, Valério revelou aos aliados que só assume se conseguir se licenciar do cargo de edil, o que lhe garante quatro anos. Seu obstáculo é um parecer contrário do ex-deputado Inaldo Leitão, então corregedor da Câmara Federal, para caso similar anos atrás.

Não satisfeito, Valério recorre a uma recente manobra jurídica digna do jeitinho tupiniquim. Preparou um pedido de licença da Câmara de Manaus válido por 120 dias, ao passo que contratou a peso de ouro o conhecido advogado das hostes brasilienses José Eduardo Alckmin, que entrou com mandado de segurança no STF.

A defesa cita o caso Marta Suplicy: seu suplente no Senado, o vereador Antonio Carlos (PR), conseguiu se licenciar do cargo em São Paulo para o qual acabou de se reeleger, e assegurou a vaga.

Se alçado a deputado, o vereador causa um efeito paralelo: sua posse faz a bancada do PSDB (48 excelências) se aproximar do novato PSD (51), que chegou à Casa como gente grande apesar de recém-nascido, e abrilhanta o orgulho tucano.

E como não bastasse a novela, mais uma vez uma decisão política cai nas graças do Supremo Tribunal Federal.

Siga a coluna no Twitter e no Facebook


Alves pede vídeos para descobrir mandante do livreto apócrifo
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Aberta a cortina do espetáculo parlamentar do novo Ano Legislativo, o primeiro ato:

Mal assumiu e o presidente da Câmara, deputado Henrique Alves (PMDB-RN), pediu à Polícia Legislativa e recebe hoje os vídeos que podem revelar quem encomendou o livreto apócrifo contra ele. A priori, suspeita-se de um colega do Centro-Oeste.

Os seguranças da Câmara notaram: no Domingo, às 22h30, um Gol vermelho parou na Chapelaria – a principal porta do Congresso – e dele foram descarregadas dezenas de pacotes. Pela manhã, os livretos com relatórios sobre denúncias contra Alves apareceram em todos os gabinetes dos Anexos 3 e 4.

Foi um trabalho de madrugada a minuciosa distribuição do livreto, por baixo das portas de mais de 400 gabinetes. Alves acredita que os vídeos vão identificar o caminho dos pacotes, o remetente e o escrete.

No discurso antes da eleição que o consagrou ontem, em plenário, o presidente previu uma tempestade que só ele pode controlar: sei quem é, mas o fogo amigo vai sucumbir às chuvas de verão. Se descobrir, só Alves dirá se vai revelar a artimanha do algoz ou vai guardar o vídeo como trunfo para a próxima cena.

Siga a coluna no Twitter e no Facebook

__________________________________

VIDA QUE SEGUE

Cena no Salão Verde: o candidato Júlio Delgado sob holofotes de dezenas de fotógrafos e câmeras. Ao lado, Marco Maia, que deixou a presidência, mirava uma lente da TV Câmara.

NINGUÉM MERECE

Antes da leitura da mensagem da presidente ao Congresso, o 1º secretário da Mesa, Márcio Bittar (PSDB-AC), desabafou para amigo ao celular: “São 41 páginas!”

PMDB QUER BRIGA

O racha na bancada do PMDB na eleição do líder foi recado claro da turma insatisfeita para o Planalto, diz uma excelência. O partido na Câmara quer alguém que bata no governo. O líder Eduardo Cunha (RJ) prometeu seguir a linha presidencial.

CÉU DE CIANETO 

Não há notícia até agora, de autoridades ou do Congresso nacional, de proibição do uso da espuma acústica fabricada com cianeto, presente na maioria das casas de shows. O lobby da petroquímica que banca campanhas é fogo!

PONTO FINAL

Foi bonito de ver a Câmara ontem: falas fervorosas dos candidatos, com discursos nunca antes realizados, para promessas que não serão cumpridas.


Deputado do PV foi marqueteiro de dois candidatos na Câmara
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Fabinho, de frente à direita, ao lado de Henrique, que conversa com o deputado Jutahy (PSDB-BA), de costas

Bon vivant e de trânsito suprapartidário em plenário, o deputado Fabinho Ramalho, do PV de Minas, faz o estilo carismático e ficou famoso por promover jantares ministeriáveis em seu apartamento funcional, na Asa Sul de Brasília.

Vizinhos seus, por lá circulam de Paulo Maluf (PP-SP) a Devanir (PT-SP), passando por Paulinho da Força (PDT-SP) entre outros habitués. O governador de Minas, Antonio Anastasia, já foi homenageado no salão. No penúltimo jantar, no fim do ano passado, um atrasado e quase madrugador Alexandre Padilha (ministro da Saúde) atravessou a sala deserta por onde desfilavam os garçons em arrumação final. Sem titubear, o parlamentar deixou o quarto e o saudou de pijama.

Os episódios supracitados e o que se sucedeu nesta terça, dia de eleição na Câmara dos Deputados, revelam que o deputado é tão versátil como promoter quanto na articulação. A ponto de fazer campanha abertamente para os dois mais votados candidatos à Presidência da Casa.

Ontem pela manhã, Fabinho juntou uma bancada suprapartidária mineira em torno de Júlio Delgado (PSB) e com ela adentrou o Salão Verde ao lado do postulante. Depois da debandada, o verde circulou sem cerimônias com Henrique Alves como escudeiro, lembrando nomes que o favorito esquecia.

Coisas que ele aprendeu desde o movimento sindical no sertão de Minas, passando por prefeito da miúda Malacacheta, pelo PTB (1997 a 2004) até chegar ao segundo mandato de deputado federal.

Siga a coluna no Twitter e no Facebook


Instalação de tablets na Câmara rende até placa comemorativa
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Os tablets acoplados sobre a mesa, e o sistema de votação na frente

 No último dia de mandato de presidente da Casa, o deputado federal Marco Maia decidiu sair em grande estilo junto aos colegas.

Apresentou o novo plenário com instalação de mais de 400 tablets acoplados nas mesas das excelências, novo sistema digital de votação e um bem aromado e novo carpete, que há 13 anos não era trocado.

Não bastasse toda a pompa, era necessário que o evento ficasse registrado para a eternidade. A abertura do plenário, às 10h, teve foto dele e dos vices Rose Freitas (PMDB-ES) e Eduardo da Fonte (PP-PE) inaugurando placa comemorativa sobre  a modernização do plenário.

Os nobres parlamentares, assessores e visitantes desta e das próximas gerações, enquanto houver mundo, passarão por ali e verão , de um lado da parede, o letreiro honrado do nome do auditório, Ulysses Guimarães, e de outro a placa – sem contudo registrar a garantia de aniquilação de velhas práticas que esporadicamente desonram a classe.

Siga a coluna no Twitter e no Facebook


Croniqueta: Boletim Médico de Brasília
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Nome: Brasília, Distrito Federal.
Nascimento: 21 de abril de 1960.
Parteiros: Oscar Niemeyer e Lúcio Costa.
Pai: Juscelino Kubitschek de Oliveira.
Mãe: Pátria Brasileira.
Resumo: Estado de saúde política na UTI há vários anos. Sintomas de uma doença séria, surgidos só no início de 2010.
Diagnóstico: Corrupção Grave em vários órgãos, com infecção generalizada. Dois tumores extraídos do cérebro administrativo. A capital respira por aparelhos públicos e com ajuda de dosagens paliativas de esperança. Equipe estuda intervenção cirúrgica imediata para salvar a vida.

Charge de Aliedo
Corra que a política vem aí (crônicas), Por Mazzini.
Obs.: Publicada originalmente para abordar a crise no DF na Operação Caixa de Pandora, mas ainda pertinente para qualquer cenário político da capital.

Siga a coluna no Twitter e no Facebook