Coluna Esplanada

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Aeroclube do Brasil prepara eleição e luta contra despejo
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Leandro Mazzini

A Justiça no Rio de Janeiro determinou que o interventor do Aeroclube do Brasil, comandante Hamilton Lourenço, realize dentro de 60 dias a eleição dos quadros para a entidade “Retomar a sua autonomia o mais rápido possível”, cita a sentença.

O centenário ACB foi fundado por Alberto Santos Dumont, um dos pioneiros da aviação no mundo, e desde então formou milhares de pilotos que hoje atuam nas aéreas nacionais e mercado privado.

Enquanto isso continua na Justiça Federal o imbróglio criado pela Infraero, que pediu o despejo do ACB e de volta dois hangares que o Aeroclube usa como sede desde a década de 70 no Aeroporto de Jacarepaguá, na Zona Oeste.

A Infraero quer negociar o local para o mercado privado e alocar seu pessoal.


Aeroclube do Brasil será despejado dia 18 em Jacarepaguá
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Leandro Mazzini

Muitos pilotos estão sem teto, literalmente, para decolar.

O AeroClube do Brasil (ACB) foi intimado e será despejado dia 18 de outubro dos hangares do Aeroporto de Jacarepaguá, no Rio, depois de impasse judicial com a Infraero, que ocupará o local com funcionários remanjeados do Aeroporto Internacional do Rio, Galeão.

Fundado por Alberto Santos Dumont há 103 anos, o ACB foi escola da grande maioria dos pilotos das companhias aéreas que operam no Brasil.

Leia mais sobre o caso aqui

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Jacarepaguá, no Rio, deve ganhar o ‘aeroporto olímpico’
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Leandro Mazzini

O despejo do secular AeroClube do Brasil de hangares do Aeroporto de Jacarepaguá, feito pela Infraero, segue estratégia muito maior que a anunciada alocação de 200 funcionários da estatal, retirados do Aeroporto do Galeão após a concessão.

A Infraero pretende inaugurar o Aeroporto Olímpico. A pista de Jacarepaguá, usada para voos executivos, fica a poucos quilômetros do futuro parque dos Jogos de 2016 na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. E a dois anos do maior evento do mundo virou alvo da cobiça da estatal e das grandes companhias.

O plano é ampliar a pista em 300 metros para receber Airbus e Boeing de voos domésticos, operados pelas aéreas nacionais. Procurada, a Infraero não se posicionou.

Há anos o debate rola na Barra da Tijuca, reduto classe A do Rio. Há quem prefira o bairro como está, já outros querem aeroporto mais perto que o Santos Dumont (Centro).


Aeroclube sem-teto compromete formação de pilotos para companhias
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Leandro Mazzini

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O aeródromo de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, entrou na mira comercial da Infraero. Foto: voanews.blogspot.com.br

O secular Aeroclube do Brasil está literalmente sem-teto.

Fundado pelo pioneiro aviador Alberto Santos Dumont em 1911, o Aeroclube do Brasil, por ordem judicial, está despejado pela estatal Infraero desde ontem dos hangares que ocupa no Aeroporto de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.

O impasse judicial dura um ano. O despejo não envolve apenas um fato histórico e sentimentalismo. Sem sede, os cursos de formação de pilotos vão paralisar e em poucos anos o mercado de aviação comercial pode sentir o baque.

Isso porque nas últimas décadas o Aeroclube foi responsável pela formação de 80% dos pilotos do Rio, Minas e Espírito Santo, a maioria deles atua nas grandes companhias aéreas.

A conseqüência pode abrir brecha para que o Congresso Nacional mude o novo Código de Aviação, em discussão, e abra as portas para pilotos estrangeiros serem contratados com a eventual futura demanda.

VAIVÉM

A direção do Aeroclube teve sucessivas derrotas judiciais em todas as instâncias no Rio. Apelará agora ao STJ. A assessoria da Infraero informou que não houve acordo comercial pela área cedida em 1972 ao ACB, e agora precisa do local para alocar cerca de 200 funcionários que serão transferidos do Aeroporto Internacional do Rio, o Galeão, com a concessão para a iniciativa privada.

PAÍS SEM MEMÓRIA

Nos EUA, a situação é diferente. A pista e os hangares usados pelos irmãos Wright no primeiro voo foram tombados, e entregues a uma associação de pilotos.

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Infraero despeja o Aeroclube do Brasil, fundado por Santos Dumont
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Leandro Mazzini

 

acb

Foto: norteverdadeiro.com

Em uma semana triste para a aviação do Brasil, o setor recebeu duas notícias trágicas no mesmo dia, na quarta-feira (13): a morte do presidenciável Eduardo Campos (PSB) e, sem alarde, a sentença judicial de despejo do Aeroclube do Brasil, entidade secular fundada por Alberto Santos Dumont, em processo movido pela estatal Infraero, que administra aeroportos.

A Justiça do Rio determinou na quarta a desocupação em até 30 dias do Aeroclube do Brasil (ACB), em hangares do Aeroporto de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.

A sentença do juiz Paulo Espírito Santo, da 2ª Vara Federal (processo nº 9444-9720144025101) vem da ação de despejo que a Infraero move contra o Aeroclube há mais de um ano.

Fundado por Santos Dumont em 1911, o centenário Aeroclube tornou-se ícone da aviação civil, escola de milhares de pilotos e agora cederá lugar a funcionários da Infraero remanejados do Aeroporto Internacional do Rio (Galeão), que serão afastados de suas atividades com a concessão do terminal para a iniciativa privada.

TRÂMITES

Interventor do ACB, José Alberto Parreira informou ontem à Coluna que a ‘questão está com os advogados’ e que eles vão recorrer da sentença.

Os hangares são cedidos desde a década de 70 para o ACB, ‘porém não foi possível a regularização da ocupação por meio de convênio não oneroso’, explicou a Infraero. Ou seja, de cessão, a estatal negociou contrato de aluguel, cujos valores não foram divulgados.

SEM NEGOCIAÇÃO

A Infraero informa que ‘parte da área será utilizada para realocar aproximadamente 189 empregados’ que atuavam no Galeão. Na sentença, o juiz determinou que a estatal prove este remanejamento de pessoal.

O despejo gerou comoção entre aeronautas e historiadores do País. ‘O ACB foi o verdadeiro berço primordial de uma multidão de aeronautas, desde sua criação no Campo dos Afonsos, por Santos-Dumont, passando por Manguinhos, e vindo para Jacarepaguá no início da década de 70 por ordem do Ministério da Aeronáutica’, diz o decano comandante Hamilton Lourenço.

Em fevereiro do ano passado, a Coluna revelou o impasse judicial entre a Infraero e o ACB. À época, a estatal informara que não havia interesse em renovação do contrato de cessão, que expirou em 2008. Desde então, a estatal e os sócios-pilotos do ACB entraram numa turbulência judicial, com derrotas seguidas para os aviadores.

A TV FAB já veiculou no YouTube um interessante documentário sobre a História do Campo dos Afonsos e do Aeroclube. ( aqui )

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DAY AFTER

O presidente do PPS, Roberto Freire, está descartado por ora como vice de Marina Silva (PSB), quando ela assumir a candidatura. Eles não se bicam. Num primeiro momento, Freire classificou de ‘grande equívoco’ a aliança de Campos com Marina. Depois todos se acalmaram, mas a ciumeira ficou. Os potenciais vices são de Minas, Pernambuco e São Paulo.

marina

Às boas – após farpas entre os aliados, Campos apresenta programa de governo a Freire e Marina. Foto: PSB-RS

OS POTENCIAIS VICES  

Uma vez candidata, Marina deve se impor e o PSB, para não perder o pleito, aceitar a escolha dela pelo vice – mas negociado. Há um simbolismo entre os cotados: Minas (Julio Delgado) é o 2º colégio eleitoral; SP, o 1º colégio, pode indicar Walter Feldman (PSB). E Pernambuco levaria aos holofotes uma figura ligada a Campos, como Maurício Rands.

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PRÉ-LARGADA

Os institutos Sensus e DataFolha divulgam na terça, quando começa a campanha na TV, pesquisas que ainda constam o nome de Campos, mas haviam incluído também o Marina Silva como candidata num cenário. Estão registradas no TSE. A conferir.

LISTA DOS ‘MORTOS-VIVOS’

Brasileiro não segura a língua. Até a lista oficial de passageiros do PR-AFA sair, matou-se uma centena de personalidades políticas e familiares no disse-me-disse de quem estava no avião com o presidenciável. A assessora Vera Canfran, Maurício Rands, Marina Silva e a esposa Renata, entre outros, ‘morreram e foram ressuscitados’.

NO IML

Campos acabara de fazer tratamento odontológico estético para aparecer na TV, como esconder um dente rachado. Seu dentista foi ao IML de SP para reconhecer a arcada.

LIGAÇÕES

O avião arrendado da AF Andrade Participações é uma prova de que apesar da figura radical de Marina, Campos não se afastara do agronegócio.

O grupo, porém, em recuperação judicial, não figurou como grande doador de campanhas – nem para Campos ou PSB – nos últimos pleitos desde 2006. Aparece apenas uma doação de R$ 34 mil para candidato a deputado estadual do PSDB em Minas, onde a AF tem fazenda.

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PROTOCOLO PÓS-TRAGÉDIA

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes, da Aeronáutica, em Brasília, é o único órgão da América do Sul com capacidade de decodificar caixas-pretas de aviões. A do Voice do PR-AFA que caiu com Eduardo Campos e equipe já é investigada, mas pode demorar meses. Peças do jato estão em laboratório em São José dos Campos (SP).

AEROTESES

cenipa

Sede do Cenipa em Brasília. É onde está a caixa-preta do PR-AFA, e de onde sairá o resultado da investigação. Foto: Cenipa.

Cresce entre especialistas em segurança de voo e experientes pilotos a tese de que o mau tempo, com neblina e chuva, e possível mudança brusca de vento, aliada à perda de força das turbinas pós-arremetida, podem ter causado o acidente com avião de Campos. O fato da ‘bola de fogo’ vista por populares não descarta choque de turbina com aves.

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PONTO FINAL

É como se o Brasil inteiro estivesse naquele avião…E assim descobrimos que nesta vida somos todos passageiros.


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