Coluna Esplanada

Arquivo : assassinados

Vergonha: RSF denuncia ‘novembro negro’ com 3 jornalistas assassinados
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Leandro Mazzini

A ONG Repórteres Sem Fronteira soltou comunicado mundial sobre o “Novembro Negro” no Brasil. Foram executados, em apenas 11 dias, dois blogueiros e um radialista no País, nos estados do Maranhão e Pernambuco, sob forte suspeita de serem alvos por suas atividades profissionais.

Em nota divulgada para veículos de todo o mundo, a RSF “exorta a justiça do país a lutar contra a impunidade dos crimes cometidos contra a profissão e a reforçar a proteção dos jornalistas brasileiros”.

A ONG ressalta que o modo de execução foi parecido nos três casos, com participação de motoqueiros encapuzados, sem roubo de pertences.

As vítimas são:

“Israel Gonçalves Silva (37 anos) foi executado dia 10 de novembro em Lagoa de Itaenga (Pernambuco). Era apresentador da Rádio Comunitária Itaenga FM e havia recebido várias ameaças de morte.

Três dias depois, foi a vez do blogueiro independente Ítalo Eduardo Diniz Barros (30 anos), encontrado morto em Governador Nunes Freire (MA). Nesse mesmo Estado, que não faz parte da lista dos mais violentos, Orislandio Timóteo de Araújo (37 anos), também conhecido como Roberto Lano, foi abatido a 21 de novembro na localidade de Buriticupu. Orislandio era blogueiro em e radialista”.

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Governo Federal e de Minas se calam sobre assassinato de jornalistas
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Leandro Mazzini

Atualizada Quarta, 17, 19h – A presidente Dilma se apressou em soltar nota oficial – e necessária – pelas vítimas do atentado na Maratona de Boston. Mas nem o Planalto tampouco o governo de Minas Gerais se posicionou até agora sobre o massacre de jornalistas no Vale do Aço. Foram duas mortes em um mês, e outros dois estão ameaçados por investigarem atuação de milícias.

Foi assassinado em Coronel Fabriciano, na região central do estado, o fotógrafo que investigava milícias. Walgney Carvalho, 43, foi morto a tiros no Sábado num pesque e pague. Ele guardava informações do colega Rodrigo Faria, executado mês passado, que também denunciava milícias na região.

Foi preciso que a Ong Repórteres Sem Fronteiras, sediada em Paris, a 10,2 mil km de Brasília, alertasse as autoridades brasileiras. Nas contas da ONG, já são quatro jornalistas assassinados por motivos profissionais apenas no Brasil, e 13 nas Américas do Sul e Central.

Hoje, a Secretaria de Direitos Humanos se posicionou numa nota oficial , alertou para o perigo e pediu proteção para os jornalistas ameaçados.

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Violência em SP: Dilma lavou as mãos para milícias e facções
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Leandro Mazzini

A suspeita de guerra velada entre milícias e uma facção criminosa que fez explodir a violência em São Paulo poderia ter a intervenção constitucional da Polícia Federal, mas o governo recuou. No fim de setembro, ao sancionar a lei que dá pena maior para grupos de extermínio (ou facções) e milícias, a presidente Dilma vetou o artigo que tipificava o crime como federal, e manteve o poder da Polícia Civil de cada Estado na investigação. Uma forma de não constranger ou comprar briga com os governadores.

CAUTELA. Ao vetar, a presidente evitou crise política com os governadores, porque conotaria intervenção. Mas os que negam ajuda não conseguiram frear os crimes.

NO FRONT. A lei sancionada é do padre e deputado Luiz Couto (PT-PB), com cabeça a prêmio, conforme revelamos. Agora anda escoltado pela PF e com colete à prova de balas.

NO FRONT 2. ‘Se for preciso fazer uma PEC para tipificar como crime federal, faremos’, avisa o deputado. Foi com seus relatórios que os governadores do Nordeste limparam a área.


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