Coluna Esplanada

Arquivo : Comitê Rio 2016

Crivella é potencial candidato à prefeitura do Rio
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Leandro Mazzini

crivella

Foto: Célio Azevedo. Extraída do esperanto. brasilo.org

Enquanto opositores lembram mais uma derrota de Marcelo Crivella em pleitos do Rio – ele já disputou o governo em outra ocasião e também a prefeitura – o senador acumula pontos com o eleitorado e se cacifa gradativamente.

Com os 3,4 milhões de votos (44,2% do eleitorado no Estado), Crivella cacifou-se e tornou-se candidato natural à Prefeitura do Rio de Janeiro em 2016. Lindbergh Farias, o senador aposta do PT para o Estado, ex-prefeito de Nova Iguaçu, amargou um quarto lugar no primeiro turno deste ano.

Crivella tem diminuído muito ano após ano a rejeição ao seu nome, pela ligação com Edir Macedo, seu tio, e por ser bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, criticada por parte da imprensa e por todos os adversários.

A ascensão para o segundo turno na disputa do Rio foi tida como conquista por aliados do senador. Nos pleitos anteriores que disputou, Crivella não foi ao segundo turno em nenhuma delas, e ‘batia num teto’ de 20% de votos.

Desta vez, não só foi ao segundo turno como derrotou um candidato forte, o ex-governador Anthony Garotinho, com quem se aliou.


Membros do COI possessos com despreparo do Comitê Rio 2016
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Leandro Mazzini

Longe dos holofotes, os membros do Comitê Olímpico Internacional (COI) estão possessos com o despreparo do Comitê Rio 2016 para os Jogos Olímpicos.

A cidade foi escolhida há cinco anos, mas só agora o grupo contrata ‘Orçamentista’ para as obras do Parque.

O COI acaba de descobrir que o Comitê não tem ideia do trajeto da Maratona de 42km, a prova mais tradicional do evento – ao contrário das outras sedes que entregaram os traçados dentro do cronograma. Os organizadores apenas informaram ao COI que a largada e chegada será no Sambódromo, a Marquês de Sapucaí.

Os organizadores abriram mais 77 vagas, mas não têm ainda um especialista para traçar a rota da maratona. Especula-se que vai sobrar para o carioca a interdição das ruas de última hora, pela prefeitura.

O Comitê também não faz ideia de onde será a prova de Canoagem, porque a cidade não tem corredeiras naturais. Foz do Iguaçu foi descartada por ser muito longe da cidade-sede. O Comitê deve gastar R$ 30 milhões para construir uma corredeira artificial no complexo de Deodoro, na Zona Oeste.

Algumas das certezas que o COI tem sobre os Jogos: o Comitê Rio 2016 já tem Especialista em Uniformes e Especialista em Revezamento de Tocha.

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CHAPA QUENTE

Coisas do Brasil. Mesmo preso e indiciado, defenestrado do cargo de governador em 2010, José Roberto Arruda (PR) – ficha limpa – tentará a eleição para voltar ao Palácio do Buriti em Brasília, e está tão bem nas pesquisas que fervem as negociações para a composição da sua chapa. Pelo menos três figurões querem disputar o Senado por ele. O senador Gim Argello, o ex-deputado Alberto Fraga e a distrital Eliane Pedrosa negociam para disputar o Senado pela chapa de Arruda, que tem Liliane Roriz como vice – filha do ex-governador e ex-senador Joaquim Roriz. Com considerável histórico de votos no DF, Roriz, apesar da saúde fragilizada, quer disputar a Câmara Distrital.

QUE FEIO, SENADOR…

O senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) segurou por um ano (!) o PLC 230/09 e o devolveu sem relatoria no último dia 23 de abril à Comissão de Educação. Trata-se do projeto que limita o número de alunos por turma, da creche ao ensino médio. O texto já havia sido aprovado na Câmara e estava nas mãos do senador desde 18 de abril de 2013.

EXAME DA REVOLTA

O Itamaraty e o CESPE, da UnB, são alvos de ataques dos que não passaram no concurso deste no para diplomata. Dez questões foram anuladas por serem inconsistentes e sete tiveram o gabarito alterado por terem redação confusa – nestas, quem acertou, perdeu pontos e foi até reprovado.

PULA-PULA

Os elevadores do Anexo I do Senado Federal ganharam o apelido de pula-pula. Os arrancos dão medo até nos mais experientes ascensoristas. Há relatos de servidores que já ficaram presos e sofrem quedas. Em prol da economia e corte de custos, marca de sua gestão, Renan Calheiros é criticado pelos servidores. Em dias de muito movimento, um dos quatro elevadores é desligado para evitar desgastes. O setor de engenharia já fez o alerta de manutenção.

TE CUIDA, SINHOZINHO

Há uma história contada de boca a boca, desde Alagoas até Brasília, de que Renan não é candidato ao governo de Alagoas porque pai de santo o proibiu, para evitar desgraça

TÔ FORA

O presidente da Anatel evita citar qualquer palavra contra ou a favor do Marco Civil da Internet: ‘A Anatel vai acatar o que o Parlamento decidir’, diz João Batista Rezende.

PONTO FINAL

‘Respeito leis, não caprichos’, Do diplomata Eduardo Saboya, que ajudou na fuga do senador boliviano Roger Molina

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Sugestões, pautas, denúncias: envie e-mail para pauta@colunaesplanada.com.br


Crise Olímpica: Comitê Rio 2016 ignora TCU e exclui APO de reuniões
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Leandro Mazzini

Um clima de constrangimento toda a cada dia os profissionais e os órgãos envolvidos nas reuniões sobre os Jogos Olímpicos de 2016 no Rio.

O Comitê Rio 2016 simplesmente ignorou a determinação do Tribunal de Contas da União sobre acompanhamento de projetos e execuções, e excluiu das reuniões e decisões a Autoridade Pública Olímpica (APO), órgão federal criado para o monitoramento.

O último episódio ocorreu na Sexta-feira, 27. O Comitê Rio 2016 cancelou a reunião semanal que ocorreria e não convidou a APO para participar de outro encontro, que teria como pauta as obras em Deodoro, Zona Oeste do Rio, no setor militar.

Compõem esse Comitê a APO municipal, Maria Sílvia Bastos, com o secretário-executivo do Ministério dos Esportes, Luiz Fernandes, com o chefe da Casa Civil do Governo, Régis Fichtner, e o gestor do comitê, Leonardo Gryner.

Recentemente, o ex-ministro Marcio Fortes, nomeado APO pela presidente Dilma, deixou o cargo insatisfeito. Em reuniões há alguns meses com ministros em Brasília, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o governador Sérgio Cabral deixaram claro, para várias testemunhas, que ‘não precisamos de um APO’, em relação ao monitor federal.

Há poucos dias, o TCU, em relatório, alertou para o perigo de encarecimento das obras, tal como ocorreu no Pan 2007, cuja previsão inicial total de R$ 410 milhões saltou para estupendos R$ 3,2 bilhões às vésperas do evento, por pagamentos imediatos e urgência para concluir obras atrasadas.

O relatório do TCU também cobra do comitê a ‘matriz de responsabilidade’, um relatório detalhado com valores de obras e prazos, para evitar que se repita o erro do Pan – quando, sem matriz , o governo federal acabou arcando com as despesas finais e maiores.


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