Coluna Esplanada

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Pizzolato fugiu depois que comparsas no Congresso o abandonaram
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Leandro Mazzini

O ex-diretor de marketing do BB Henrique Pizzolato, preso ontem com passaporte falso em Maranello, Itália, decidiu fugir quando se viu abandonado pelo PT.

Ele ‘caiu na real’ quando passou discretamente pelo Congresso Nacional, em companhia de ex-assistentes, dia 20 de março de 2013. Foi esnobado por petistas nos salões e com portas na cara.

Antes de fugir, fez com que seu processo chegasse ao renomado criminalista Nabor Bulhões, que já defendeu Fernando Collor e Carlinhos Cachoeira. Nabor ainda não decidiu se vai pegar o caso de Pizzolato, condenado no Mensalão.

Quando o PT lhe virou as costas, Pizzolato pulou fora. Diferente de João Paulo Cunha, também abandonado, mas cuja ficha não caiu ainda. O PT vai forçar sua cassação.

Pizzolato foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão. Se extraditado, cumpre o regime fechado, migra para o semiaberto e enfim poderá voltar a Maranello..

Não é piada

Os petistas adoram a Itália. Vide a pérola solta pela ex-primeira-dama de Lula, Marisa Letícia, que queria cidadania para os filhos viverem futuramente num.. país melhor.

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CARMA DA DP

A 9ª DP do Rio (Catete), é um reduto de curiosos estereótipos de delegados da Civil. Há dois anos foi exonerado dali um delegado que falou mal das mulheres na equipe. Entrou Monique Vidal, que sumira da TV mas adora holofotes: convocou coletiva de imprensa para avisar que.. abriu inquérito. Sobre apurar o caso de menor acorrentado em poste.

PIADA ELÉTRICA

O blecaute de Segunda no país virou piada em Brasília com o desencontro de versões entre os chefões do setor energético. O presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim, virou à boca pequena ‘Maurício Toma Schin’.

ANTT SAI DA PISTA 

Vence este mês o mandato do único diretor atualmente nomeado na Agência Nacional de Transportes Terrestres. A ANTT saiu da pista e virou alvo de saques partidários. Esperta, a presidente Dilma segurou quatro nomeações. Os partidos se digladiam.

POEEEIIIRAA

Dilma está possessa. O aeroporto de São Gonçalo do Amarante (RN) está pronto, mas o governo do RN não construiu acesso de 4 km de estrada. O passageiro que se vire.

RASANTES

Ao modo militar, discretamente, iniciaram discussões protocolares para substituição de Juniti Saito, na Aeronáutica, e General Elito, no GSI, que se aposentarão por idade.

O CHEFÃO

Paulo Cézar Freitas, o chefão do Nacional, o time mineiro, ligou, reclamou, mas de novo não explicou o que foi feito com R$ 3,1 milhões que doou como prefeito para o clube que hoje dirige. O MP de Minas já está de olho.

ESQUECERAM DE MIM

A ministra Marta Suplicy foi condenada em 1ª instância na Justiça paulista, sobre convênio fechado anos atrás, como prefeita, com ONG que fundou. Mas em Brasília, o ministro Lewandowski sentou em cima de processo do mesmo caso que a cerca no STF.

ESQUECERAM DELES

Há quem acredite no PMDB e PT, os maiores partidos, que os prefeitos e vereadores não são tanto cabo-eleitorais que fazem a diferença na eleição. Daí ninguém cravar que o Congresso vai tocar este ano a criação de mais municípios, com emancipação. O senador Eunício Oliveira lembra o caso da eleição de 2010. O governador Cid Gomes, seu aliado, estava com 7% e Lucio Alcântara (PR), o adversário, contava com 138 prefeitos aliados, do total de 184 do Estado. Cid virou e venceu.

DESPEJO DA COPA 

Os inquilinos dos flats e quitinetes de Brasília com contratos prestes a vencer começam a sofrer a ‘retaliação da Copa’. Quem hoje paga R$ 3,5 mil é forçado a assinar contrato de até R$ 15 mil por mês para Junho e Julho. Quem não topa, é convidado a sair.

IMPORTACIÓN  

A Bahia vai internacionalizando seus polos de agronegócio. O prefeito de Barreiras, Antonio Moreira, baixou no Paraguai para conhecer mercado-modelo e parceiros.

PONTO FINAL 

E o Pizzolatto, hein.. na terra da Ferrari enquanto você continua aí espremido no trem ou no trilho do metrô.


Retrospectiva 2013 tem Funk de protesto e Game sobre STF x Congresso
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Leandro Mazzini

Atenta às movimentações – nem sempre ao encontro dos anseios populares – do Legislativo e Judiciário, no âmbito sócio-político em 2013, a equipe da TV UOL publicou dois criativos vídeos para os leitores.

Um deles é o funk do protesto, que relembra as manifestações nas ruas em Junho e o julgamento do escândalo do Mensalão no Supremo Tribunal Federal, mas cita também bons momentos para o Brasil, como a vitória na Copa das Confederações e a visita do Papa Francisco ao Rio. Assista aqui.

Em outro vídeo, há uma brincadeira em montagem com personagens notórios do Congresso e do STF, que veladamente, sabemos, digladiaram-se em medição de forças políticas e jurídicas. Veja aqui.

 


Idealizadores da Ficha Limpa preparam projeto de Reforma Política
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Leandro Mazzini

Marlon Reis

Marcus Vinícius

Vem aí uma nova força tarefa popular para pressionar o Congresso a mudar seu modus operandi de acordo com as necessidades populares – como  deveria ser numa democracia – e não apenas pelas conveniências corporativas.

Em reunião em Brasília nesta sexta-feira, ficou decidido que o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), o mesmo que concretizou a Lei da Ficha Limpa, vai lançar nova campanha, desta vez pela ampla reforma política – tema tabu para o Congresso. É coisa grande, pelo menos 20 entidades estão envolvidas num projeto de iniciativa popular, entre elas a Ordem dos Advogados do Brasil e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

À frente do projeto está o juiz Marlon Reis, um dos idealizadores da Ficha Limpa. Uma comissão de relatores apresenta minuta do projeto até Abril. O presidente da OAB, Marcus Vinícius Furtado, participou ativamente da reunião. Escalou pela Ordem os notórios Aldo Arantes e César Britto como representantes no grupo que esboçará o pacotão.

Segundo Marlon Reis, o “objetivo das entidades, integrantes do MCCE, é reunir todas as forças sociais para tirar o Congresso da imobilidade sobre a matéria”. Um ponto consensual já passa pela reforma eleitoral: Pessoas Jurídicas não podem ser doadoras de campanha. “A ideia é impedir que empresas interessadas em contratos públicos influenciem os processos eleitorais”.

Não é de hoje – digamos que desde que o Congresso é Congresso – que os nobres parlamentares evitam a todo custo e manobras votar algo que lhes prejudique em mandato conquistado: Foro, financiamento, formato de doações, fidelidade partidária etc. Em 2010, por duas vezes bateu na trave projeto que põe fim ao foro privilegiado: com a rapidez que entrou na pauta da Câmara, dela sumiu, reclamava o autor Marcelo Itagiba (PSDB-RJ). Temas pontuais ou pacotes que tratam de reforma política esbarram na má vontade de comissões que os engavetam ou na falta de habilidade de relatores.

As malsucedidas tentativas de décadas até hoje – ou a falta delas – só pioraram a visão da sociedade para o Parlamento. A ponto de o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, numa conversa de pé de ouvido com o recém-empossado presidente da Câmara, deputado Marco Maia, há três anos, ter dito a ele que só uma Assembleia Constituinte Exclusiva para reforma concretizaria o assunto. Num primeiro ensaio, Maia teve a fala atropelada pela trupe. E o assunto foi enterrado nos salões do Poder.

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