Coluna Esplanada

Arquivo : crianças

Anuário de Segurança revela dados alarmantes sobre menores assassinos
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Leandro Mazzini

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública recém-divulgado traz dados alarmantes sobre homicídios causados por menores de idade.

A compilação dos dados de secretarias de Segurança mostra números de apenas sete Estados – o que indica que o cenário é muito pior, em razão de Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Pará – historicamente com mais registros – não mostrarem seus dados.

Em 2015, apenas em sete Estados, foram instaurados 613 inquéritos policiais com homicídios causados por crianças ou adolescentes, ou no qual são fortes suspeitos.

Os que enviaram dados de 2015 para o Fórum Brasileiro de Segurança foram Acre, Alagoas, Amazonas, Mato Grosso do Sul, Piauí, Rio Grande do Sul e o Distrito Federal.

O campeão de 2015 foi Alagoas, com 182 inquéritos. Em 2014 o líder do ranking foi o Pará, que registrou 405 inquéritos. São Paulo, Rio, Minas, Espírito Santo, Roraima e Maranhão nunca enviaram dados pelo histórico dos levantamentos.

Dos números de 2015, o DF é vice-líder de menores assassinos, com 132 inquéritos, seguido por Rio Grande do Sul (87), Mato Grosso do Sul (75), Amazonas (69), Piauí (47) e Acre (21).

Em 2014 o número já era alarmante. O Anuário registrou dados de 17 Estados, com 1.575 homicídios causados por crianças e adolescentes. Esses são apenas inquéritos abertos.

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Enterro dos Ossos: Governo investiga dupla
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Leandro Mazzini

A Comissão da Verdade e a Comissão de Mortos e Desaparecidos da Secretaria de Direitos Humanos estão consternadas com as ossadas de duas crianças entre as de ex-guerrilheiros sob a tutela do Governo em Brasília. Miram uma ex-guerrilheira e o filho de um ex-militante.

Para autoridades que tocam as investigações no âmbito governamental, a comunista Crimeia Almeida incluiu as duas ossadas na expedição de 2001 a Xambioá, no Araguaia (TO). Na mesma expedição, Paulo Fonteles Filho pegou numa igreja ossos de um adolescente e os levou numa mala.

Agora, o governo – que tentou manter segredo – prepara a devolução das ossadas das crianças com dois problemas: não sabe quem são e como enterrar.

INVESTIGAÇÃO

A Secretaria de Direitos Humanos vai pedir à Advocacia Geral da União e à Justiça Federal autorização para traslado dos ossos e enterro em Xambioá. Mas o mistério da identidade continua. E cabe à Comissão de Mortos e Desaparecidos a investigação.

DEFUNTO ERRADO

Fonteles Filho é alvo do PCdoB, que bancou sua campanha para vereador em Belém (PA). É que descobriu-se que ‘seu morto’ era um jovem falecido em 1990. Procurado por telefone, ele não retornou.

MEMO-DRAMA

Criméia foi presa grávida de sete meses na década de 70 em São Paulo. E foi protegida por militares de alta patente. O rebento era filho do ex-guerrilheiro André Grabois. Através da SDH, a coluna tentou contato com Crimeia, sem sucesso.

A SÓS

Sem coincidência: A presidente Dilma recebeu há dias o presidente da Comissão da Verdade, Cláudio Fonteles. A reunião continua um mistério.

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Caso Araguaia: Governo descobre ossadas de crianças e prepara devolução
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Leandro Mazzini

Crédito: FAB.mil.br

Técnicos do grupo de trabalho da comissão de mortos e desaparecidos, numa recente incursão em Xambioá

O governo prepara delicada e sigilosa operação para devolver a Xambioá, no Araguaia (TO), as ossadas de duas crianças de 10 anos e um jovem, de 16.

Foram descobertas no inventário feito recentemente pela Polícia Federal e avalizadas pelo Instituto Médico Legal de Brasília, junto aos ossos de outros 23 ex-guerrilheiros, guardados numa sala-cofre do Hospital Universitário da UnB.

A comissão de Mortos e Desaparecidos da Secretaria de Direitos Humanos (SDH) vai pedir à Advocacia Geral da União e à Justiça Federal autorização para a operação.

O caso entra para o rol de mistérios envolvendo a guerrilha, seus desaparecidos e o que aconteceu com os mortos? As crianças não foram identificadas, e as autoridades investigam a ação de uma ex-guerrilheira que teria incluído os ossos no material da expedição de 2001, comandada pelo ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT), sem seu conhecimento.

À frente da operação está Gilles Gomes, o coordenador da Comissão na SDH, que confirma a autenticidade das ossadas. A operação também envolverá os Ministérios da Defesa e da Justiça.

DESCONHECIDOS

Segundo Gilles, não há marcas de tiros nos crânios. E à época da expedição nas quais foram recolhidas, não havia, como hoje, a tecnologia e o cuidado no reconhecimento.

23 NO COFRE

Desde 1991, a comissão, em seguidas expedições, procura os corpos de 64 guerrilheiros desaparecidos. Agora, em vez de 25 ossadas, oficialmente são 23 sob sua tutela.

CERCO NO CEMITÉRIO

Gilles garante que as expedições se empenham nas escavações com informações precisas e pesquisas antropológicas. E vai continuar a investigar o caso das crianças.

A VOLTA

As duas ossadas provavelmente serão enterradas no cemitério de Xambioá, como indigentes, até que se concluam as investigações de quem são.

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