Coluna Esplanada

Arquivo : general martins mourão

Em vídeo, militares confraternizam com general demitido por Dilma
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Leandro Mazzini

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Um vídeo que circula no Youtube mostra o então general comandante do 3º Comando do Sul (Santa Maria -RS), Martins Mourão, confraternizando com oficiais na caserna, num restaurante.

A publicação é referente a um ato de desagravo ao militar, cujo link foi enviado por um dos participantes à Coluna. Ele diz que o ato foi antes da demissão do general pela presidente Dilma Rousseff, mas todos já previam a retaliação do Governo e da Defesa.

O general Mourão foi transferido para Brasília, segundo boletim Informex, do Comando do Exército, para a Secretaria Financeira do QG.

Nos bastidores, o motivo foi a sequência de críticas do militar ao Governo, de falas à tropa contra a corrupção no Governo e na política e por ter autorizado uma homenagem póstuma ao coronel Brilhante Ustra ( veja aqui ), um dos mais conhecidos torturadores do regime militar, morto há duas semanas.

Não há ilegalidade na homenagem póstuma ao militar. É rotina na caserna. Mas em se tratando de Bilhante Ustra, Dilma e alguns conselheiros da extinta Comissão Nacional da Verdade – que cita Ustra – entenderam como provocação a ex-ativistas e a famílias de vítimas do regime.


Demissão de general acirra ânimos entre Planalto e QG
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Leandro Mazzini

Um ano após o encerramento dos trabalhos da Comissão Nacional da Verdade, voltou a ficar tenso o clima entre o Quartel General e o Governo Dilma.

A demissão do general Antônio Martins Mourão do 3º Comando no Sul estava programada. Ele é tido como voz dissonante do Governo há anos. O Ministério da Defesa só esperava um pretexto para concretizá-la. E o fato novo apareceu.

Foi a homenagem póstuma feita ao coronel Brilhante Ustra no QG do 3º Comando, em Santa Maria (RS) ( lembre aqui ) , com convite enviado a altos oficiais.

Era Mourão também um dos que incitava a caserna a promover funeral com honras de chefe de Estado, com a tropa fardada, para o ex-torturador chefe do DOI-COD.

A presidente Dilma soube da homenagem no Sul e considerou provocação desnecessária. Cobrou posição do ministro Aldo Rebelo e este procurou o comando do Exército. Mas não houve ato isolado do comando, a fim de preservar o oficial.

No boletim Informex do Exército consta nomes para promoção e transferências de outros 63 oficiais em todo o País. Mourão entrou na lista, e volta para Brasília.

Em tempo, para o lugar de Martins Mourão foi designado o general Edson Leal Pujol.


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