Coluna Esplanada

Arquivo : indicações

Renan e Cunha vão manter proposta para sabatina de indicados a estatais
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Leandro Mazzini

Foto: Folha/UOL

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Vem guerra na Praça dos Três Poderes.

Apesar de a presidente Dilma bater o pé, não haverá recuo no Congresso Nacional. Os presidentes do Senado e Câmara, Renan Calheiros e Eduardo Cunha, respectivamente, combinaram de manter na Lei de Responsabilidade das Estatais a obrigatoriedade de sabatina, pelo Senado, para diretores e presidentes indicados pela Presidência.

Dilma não concorda, já avisou que é uma prerrogativa da Presidência. Se passar, deve vetar o item na sanção.


Protegido de Dilma, Figueiredo quer voltar ao controle da ANTT
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Leandro Mazzini

bernardo

Protegido da presidente Dilma, o ex-diretor presidente da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) Bernardo Figueiredo atua nos bastidores para emplacar titulares e voltar indiretamente ao comando do órgão.

Entre as indicações para as quatro vagas de diretores abertas na ANTT, dois cotados são apadrinhados de Figueiredo: Carlos Fernando e Marcelo Vinaud.

Bernardo Figueiredo foi pivô de uma crise entre o Planalto e o Senado em meados de 2012, quando o PMDB ajudou a barrar sua recondução para a direção da ANTT, em plenário, e irritou a presidente Dilma.

Consequentemente, a queda de Figueiredo resultou na saída do senador Romero Jucá (PMDB-RR) da Liderança do Governo na Casa, e ascensão, à época, de Eduardo Braga (PMDB-AM) ao cargo, promovida pela então ministra das Relações Institucionais Ideli Salvatti (PT-SC).


Para Cunha, Dilma dá adeus a cinco indicações para o STF
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Leandro Mazzini

Cunha e Dilma em cerimônia da entrega de medalha do Exército, na foto que circulou o País nos últimos dias.

Cunha e Dilma em cerimônia da entrega de medalha do Exército, na foto que circulou o País nos últimos dias: beijinho, e tchau tchau

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, confirma que vai colocar em votação de segundo turno a PEC da Bengala neste semestre.

‘Só estou esperando passar a pauta pesada, de discussão da terceirização e do pacote fiscal, e logo em seguida vamos votar. Acho que passa’.

Ele avisou pessoalmente à própria presidente Dilma Rousseff, no jantar – cordial, mas indigesto para ela – que tiveram no Palácio da Alvorada na última quinta-feira. Ela não protestou, e suspirou resignada.

Como Renan Calheiros cortou relações com a chefe da nação, e segue afinado com Cunha, o presidente do Congresso já avisou que promulgará a PEC no mesmo dia que aprovada.

A se concretizar a promulgação da proposta – que passa de 70 para 75 anos a aposentadoria compulsória de ministros das cortes– Dilma perderá a indicação de cinco ministros apenas para o Supremo.

Após a indicação do jurista Luiz Edson Fachin na semana passada, para a vaga de Joaquim Barbosa, se prevalecer a regra atual a presidente tem direito a indicar os substitutos de Celso de Mello, que se aposenta em outubro deste ano; em 2016 está de saída Marco Aurélio Mello, e em 2018 penduram a toga os ministros Ricardo Lewandowski, Rosa Weber e Teori Zavascki. Caso a PEC seja promulgada, o ilustre escrete ganha sobrevida na Corte.

A PEC derruba o sonho – por ora – de candidatos como os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça), Luís Adams (AGU) e Benedito Gonçalves, do STJ, favorito do ex-presidente Lula, de quem é amigo.

Por ora, porque, se um candidato da coalizão petista vencer a eleição em 2018, os supracitados têm chance de entrar na lista de favoritos de acordo com as vagas que se abrirão. Do contrário, dão adeus para valer – a não ser que por força de óbito de um ministro surja a oportunidade.


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