Coluna Esplanada

Arquivo : kátia rabello

Mensalão: Presa em BH, Kátia Rabello não tem dinheiro para pagar multa
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Leandro Mazzini

Foto: UOL arquivo

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Kátia Rabello, a ex-presidente do Banco Rural condenada no Mensalão e presa há dois anos em regime fechado em Belo Horizonte, sonha com a progressão de regime para cumprir semiaberto.

Mas familiares repetem que ela não tem R$ 2 milhões que a Justiça cobra de multa. Repete que está quebrada.

A executiva foi condenada pelos crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e gestão fraudulenta a 16 anos de prisão. Ela cumpre pena na penitenciária feminina Estêvão Pinto, na região metropolitana.

A família, defesa e amigos reclamam da pena. Dizem que Kátia caiu de pára-quedas no Banco, como herdeira, após morte de familiar, e não sabia do esquema, apesar de assinar os papéis dos empréstimos fraudulentos para os financiadores do mensalão.


A “Pousada do Rural”
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Leandro Mazzini

Atualização, Terça, 15/01, 15h40:  Foi fechada temporariamente a Pousada Refúgio do Caracará, no Pantanal do Mato Grosso, que já foi de propriedade de Kátia Rabello, ex-diretora do Banco Rural condenada no Mensalão. No período administrda pela banqueira, a pousada era preferida de grandes executivos em busca de ecoturismo e pesca, a pousada tem script tão policial quanto a Ação Penal no Supremo. Há suspeita de que mensaleiros a frequentavam e ali o Rural lavou dinheiro. A Polícia Civil investiga falsificação do contrato social em 2009, que teria favorecido Kátia em detrimento da família Mamede, a primeira proprietária.

HISTÓRICO. Em ofício de 7 de julho de 2009 enviado à Justiça, Antonio Carlos Mamede revela que passou procurações para Kátia e executivos dela em 1999. Assim ela virou sócia.

A CRISE. Anos depois, tão logo soube do envolvimento do Rural com o Mensalão, Mamede destituiu Kátia e sócios do conselho do Hotel Rio Pixaim – que controla a pousada.

ENTRA E SAI. Desde 2009, a família Mamede está em guerra judicial com Kátia e o Rural, que ficaram com a pousada. Esse foi o motivo da recente operação da Polícia Civil. Em Abril de 2010, numa ação conciliatória, a Justiça devolveu a pousada ao Grupo Rural.

MAPA DO CRIME. A Refúgio do Caracará é tão exclusiva que era visitada até por banqueiros estrangeiros, que pousavam com seus aviões na pista de 1.100 metros aberta na mata. Fica em Poconé, a 114 km de Cuiabá. Os funcionários foram dispensados e reservas canceladas. Kátia tem que pagar multa de R$ 1,5 milhão à Justiça, ordenou o STF.

Atualização, Terça, 15/01, 15h40:  A assessoria do Hotéis Rio Alegre informou que, em 2012, demitiu dois funcionários e as vagas serão repostas. Apesar de os atuais empregados temerem o fechamento, o hotel alega que retoma as atividades em Fevereiro após recesso.

Atualização, Quinta, 31/01 , 11h07 – A Pousada Refúgio Ilha do Caracará, em Poconé (MT), continua de propriedade do Grupo Rural, após comprovar posse na Justiça em litígio com os ex-proprietários. Não houve fraude. Informa que o fechamento foi sazonal e reabre em Fevereiro.


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