Coluna Esplanada

Arquivo : Lewandowski

Lewandowski põe ordem no plenário e prova que sabe o regimento
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Leandro Mazzini

O ministro e presidente do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski parece ter feito um intensivão nos últimos meses, e sai melhor que o previsto na condução da sessão especial do julgamento do impeachment de Dilma Rousseff iniciada hoje no Senado Federal.

Mostra que conhece o regimento, colocou ordem no plenário e preside a sessão melhor do que Renan Calheiros – sem os afagos políticos e delongas orais à Mesa.

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Supremo antigrampo: Lewandowski proíbe celulares no gabinete
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Leandro Mazzini

lew

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, preocupado com sua ‘segurança verbal’, está constrangendo visitantes involuntariamente.

Ele não se recusa a receber a peregrinação de políticos no gabinete para tratar de processo de impeachment de Dilma, afastamento do deputado Eduardo Cunha (PMDB-DF) e temas afins.

Mas em tempos de grampos, gravações e aparelhos high tech, Lewandowski tem solicitado que os visitantes – até magistrados e colegas de Corte – deixem seus celulares na recepção.

Pode ser trauma da situação que viveu anos atrás, quando foi flagrado pela repórter Vera Magalhães, nos jardins de um restaurante em Brasília, falando em alto e bom som, ao celular, que o STF estava votando com “a faca no pescoço” no caso da Ação Penal 470, o famoso Mensalão do PT.

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‘Só mencionei presidentes de Poder’, explica Janot sobre Cunha
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Leandro Mazzini

Cunha, visivelmente constrangido, dando as costas a Janot na cerimônia de hoje: ficou assim até o final. Foto: Folha/UOL

Cunha, visivelmente constrangido, dando as costas a Janot na cerimônia de hoje: ficou assim até o final. Foto: Folha/UOL

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), passou por novo constrangimento no Supremo Tribunal Federal (STF) em menos de 40 dias. Alvo da operação Lava Jato, o parlamentar foi hoje à sessão de abertura dos trabalhos do Judiciário e, por indicação do cerimonial, sentou-se justamente ao lado do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot – quem pediu sua cabeça ao Supremo.

“Cunha usa o cargo para se defender e obstruir a ação da Justiça”, escrevera Janot, em dezembro, no pedido o afastamento do peemedebista da presidência da Câmara por usar o cargo para “fins ilícitos”.

Cunha passou a sessão praticamente de costas para Janot. Enrubesceu o rosto e não escondeu o constrangimento ao ser sumariamente ignorado pelo Procurador-Geral no cumprimento às autoridades. Sequer foi citado. À Coluna, Janot justificou, lacônico: “Só mencionei os presidentes de Poder”. Ao reverenciar Renan Calheiros, o citou como presidente do Congresso Nacional.

Cunha esteve na Suprema Corte em dezembro para discutir o rito do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Foi surpreendido e se mostrou contrariado com a decisão do presidente, ministro Ricardo Lewandowski, de abrir o encontro à imprensa. Em pouco mais 30 minutos, Lewandowski desqualificou as “dúvidas” do presidente da Câmara e resumiu o encontro numa frase irônica: “O Supremo não faz ‘exercício’ de futurologia”.

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Colaborou Walmor Parente


Joaquim Barbosa de malas prontas para Miami
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Leandro Mazzini

barbosa

Barbosa – cansado, ele quer submergir, e longe do Brasil. Foto: ABr

Com a anunciada aposentadoria no Supremo Tribunal Federal, o ministro Joaquim Barbosa, dizem amigos próximos, prepara sua mudança para Miami, onde pretende morar por alguns meses e submergir do noticiário do Brasil – em meio às eleições e à ascensão do desafeto ministro Ricardo Lewandowski à presidência da alta corte.

A saída de Barbosa está prevista para fim de junho. Barbosa comprou um apartamento quarto-e-sala de 50m² financiado, num bairro nobre da cidade da Flórida, conforme revelou a Coluna em junho de 2013.

A despeito da aquisição do imóvel, Barbosa, confirmara à época sua assessoria, pouco visitou a cidade e o apartamento. Numa das idas a Miami, em novembro do ano passado, envolveu-se num episódio constrangedor ao ser fotografado, a pedido de um fã, num bar da cidade americana.O admirador era o empresário Antonio Mahfuz, alvo de vários processos na justiça federal do Brasil (lembre aqui).

A foto circulou as redes sociais e foi usada por mensaleiros para atacá-lo. À ocasião, procurada pela Coluna, a assessoria do ministro informou que ele não tem como saber a ficha corrida de cada pessoa que o procura nas ruas.

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gleisi

Gleisi Hoffmann – com Requião candidato, ela se enfraquece. Foto: ABr

DILMA RIFA GLEISI

No jantar dos pré-candidatos do PMDB, na terça no Palácio do Jaburu, com a presidente Dilma Rousseff, o vice-presidente Michel Temer garantiu ao senador Roberto Requião que vai intervir no diretório do Paraná para bancar a candidatura dele ao governo. A operação tem aval da presidente Dilma, que assim rifou Gleisi Hoffman, a pré-candidata do PT.

RIVALIDADE

No Paraná, o PMDB está rachado entre candidatura e o apoio ao governador Beto Richa (PSDB), candidato à reeleição. Como Temer sabe que Requião não tem os delegados para a convenção, já adiantou a estratégia. A turma de Richa diz que ‘será mais gostoso vencer de Requião’.

ISCA NO ANZOL

Neste cenário, Gleisi Hoffmann sobra e sua candidatura fica enfraquecida, porque a previsão, hoje, seria um eventual 2º turno entre Richa e Requião. Sem Requião na disputa, Richa pode ganhar no 1º turno e Dilma ficaria sem palanque num eventual 2º turno nacional. O Paraná é um dos maiores colégios eleitorais do País.

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ISCA NO ANZOL 2

Pelo menos 14 delegados de entidades ligadas à pesca e aquicultura decidiram ontem seus 27 representantes da sociedade civil no CONAPE. O setor é dos que mais cresce.

PRIVATARIA NA GAVETA

Congressistas reclamam que PT, PMDB e PSDB enterraram pedidos de abertura da CPI da Privataria Tucana. Os presidentes da Câmara Marco Maia (PT) e Henrique Alves (PMDB) não instalaram, apesar de aprovada, ideia de Protógenes (PCdoB-SP). O deputado Protógenes recorreu então à CCJ da Câmara, o deputado Chico Alencar (PSOL) se posicionou a favor em relatório e o presidente da Comissão, o petista Vicente Cândido (SP) sentou em cima.

PREVI & FUNCEF

As coisas estão mudando gradativa e silenciosamente nos bilionários fundos de pensão de servidores federais, alvos da cobiça partidária desde que dom Pedro soltava pipa. Os sindicatos perderam a eleição na FUNCEF (Caixa) e agora perderam na PREVI.

NO SAPATINHO 

A chapa que ganhou a eleição na Previ é ligada a ANABB- associação dos funcionários do BB, que também tem ligações políticas com a esquerda, mas sempre foram oposição ao Sindicato dos Bancários de São Paulo – ligado tradicionalmente ao PT.

NO ALAMBRADO 

Atualizada sexta, 30, 16h15 – Piada no Recife: O elenco do Santa Cruz, na zona de rabaixamento, pode ser interditado pela Vigilância Sanitária por ‘Empatite B’, doença que só faz o time empatar. (enfim, o time venceu por 2 a 0 uma partida anteontem)

VEZ DOS MARQUETEIROS

O marqueteiro Chico Santa Rita faz palestra sobre Rádio e TV – a importância da estratégia, em Brasília, hoje às 15h, no auditório do CNTC.

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Favorito a ministro atende a demanda do STF, mas entra numa Suprema geladeira
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Leandro Mazzini

O professor de Direito Tributário da USP Heleno Torres entrou na geladeira do Palácio do Planalto. A presidente Dilma ficou irritada após ele vazar a reunião em que o recebeu. Agora, a presidente vai entrevistar mais nomes e esperar a polêmica passar. Isso porque Torres é favorito, e Dilma atende a um pedido dos ministros.

A indicação de Torres, um pernambucano, confirma demanda interna do Supremo Tribunal Federal e do ex-presidente Ayres de Britto, revelada pela coluna em Outubro: que o substituto fosse um tributarista, e do Nordeste – de preferência uma mulher, único ponto não atendido por Dilma. Explica-se a demanda pela lógica: num levantamento, descobriu-se que 30% dos processos da corte têm viés tributário. E com a saída de Ayres de Britto, a região Nordeste, com nove estados, ficou sem representante no Supremo.

Apesar de favorito, além da irritação agora da presidente Dilma, há pontos contra Torres. Ele ganhou adversários na equipe econômica ao defender o pagamento do crédito do prêmio de IPI para empresas com litígio contra a União. E há exatos três anos, numa entrevista, criticou o ministro Ricardo Lewandowski, o novo queridinho do Planalto e, pelo contado nos bastidores da toga, agora um de seus padrinhos.

Na entrevista, Torres falou de decisão sobre o crédito do IPI no STF: ‘Antes sequer de ter sido publicado o acórdão do STF, Lewandowski propõe Súmula Vinculante’. E emendou: ‘Se a Constituição exige reiteradas decisões sobre a matéria para justificar a Súmula, como é possível aplicar a Súmula Vinculante no caso onde sequer os acórdãos foram publicados?’

O padrinho de Torres é o ministro da AGU, Luís Adams, que anda balançando no cargo. A entrevista foi divulgada dia 14 de Março de 2010 na revista Consultor Jurídico.

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BOIADA GOVERNISTA

A decisão de José Batista Junior, do grupo JBS, de trocar o PSB pelo PMDB em Goiás a convite do vice Michel Temer tem tudo a ver com a lógica política-financeira. Há uma semana Temer vem falando com ele pelo telefone, mas não precisou gastar muito a voz. A conta é simples: Como explicar para a presidente Dilma que ele apoiaria eventual candidatura de Eduardo Campos, enquanto o BNDES desde o governo Lula injetou bilhões de reais para internacionalizar sua empresa?

ACORDOU 

Caiu a ficha do deputado Mauro Benevides (PMDB-CE), que está na Política desde que Pelé jogava boleba: A reforma política (que não saiu) foi frustrante ‘para a opinião pública’.

EXPLICADO

Do experiente Espiridião Amim (PP-SC), hoje deputado, sobre outra reforma política que não sai: ‘Se você não consegue uma maioria em 40, vai conseguir em 513?’. Para ele, ‘Colocou-se o carro numa estrada e os bois na outra’.

MARÉ BRABA 

O Planalto colidiu com o líder do governo, senador Eduardo Braga (PMDB-AM), porque não aceita as imposições para a MP dos Portos. Braga disse que é obrigado a negociar com a oposição no Senado e na Câmara. A ministra Gleise Hoffmann chiou. Nos bastidores do Congresso, a certeza é de que a MP dos Portos deve ser aprovada para beneficiar o porto Açu, de Eike Batista, e a Embraportos, da Odebrecht. Com as mudanças, essa turma – financiadora do PT – correria risco.

“DUPLA FUNÇÃO” 

Durante a sessão da Comissão de Direitos Humanos, o deputado Silvio Costa (PTB-PE) disparou: ‘Aqui tem gays e evangélicos, mas tem alguns que acumulam os dois cargos’. Foi o único momento, até hoje, de descontração da turma.

 

PROPAGANDA

O pastor Samuel Camara pagou banner no desembarque do Aeroporto de Brasília dando boas vindas aos colegas para a maior convenção das Assembleias de Deus da História.

PONTO FINAL

E se o miniditador da Coreia Norte resolve brincar na Copa e nos Jogos contra o Brasil, cadê o nosso sistema antimíssil?

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