Coluna Esplanada

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Mais Médicos: Cubanos recebem ordens para voltarem à ilha
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Leandro Mazzini

Nem o governo cubano aposta na reversão do impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Apesar de o Ministério da Saúde bancar que o ‘Mais Médicos’ será mantido, é o presidente Raul Castro quem não quer mais e avisará a OPAS.

Deu prazo de novembro para que todos os profissionais do programa voltem para a ilha, segundo relatam profissionais cubanos no Distrito Federal.

Uma médica cubana no Entorno de Brasília afirma à Coluna ver a ordem como arbitrária, mas prepara as malas.

Pelo programa, até agora o Governo petista e o de Michel Temer repassaram mais de R$ 4 bilhões para a ditadura da família Castro.

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Classe pressiona ministro a extinguir o ‘Mais Médicos’
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Leandro Mazzini

barros

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, sofre pressão da Ordem Médica do Brasil contra o programa ‘Mais Médicos’, lançado pela presidente Dilma Rousseff, atualmente afastada do cargo, e que consumiu mais de R$ 4 bilhões até agora.

A turma do jaleco entregou documento ao ministro. Reivindica maior participação das entidades médicas em ações de planejamento e na saúde preventiva, e carreira vinculada ao ministério que incentive o profissional a ir para o interior, onde faltam profissionais, o que motivou a vinda dos médicos cubanos.

A Ordem dos Médicos pede a obrigatoriedade do Revalida, o exame da classe, para que estrangeiros atuem no Brasil. E é contra o convênio com a OPAS/Cuba, pelo qual o programa é pago.

O ministro se resumiu a dizer que vai buscar ferramentas nos Estados que possam ser incorporadas à gestão.

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Defesa contratará aviões para o ‘Mais Médicos’
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Leandro Mazzini

O Ministério da Saúde ganhou um considerável apoio financeiro e de logística para o programa ‘Mais Médicos’.

A Secretaria de Organização Institucional da Defesa foi autorizada pelo ministro Aldo Rebelo (PCdoB) a contratação de frete de aviões anfíbios, helicópteros, vans e barcos para melhorar o deslocamento de profissionais da saúde – os doutores cubanos, supervisores e enfermeiros.

O que não ficou claro no nobre ato é por que não serão utilizados, sem custos, os veículos, aviões e navios das Forças Armadas.

A portaria nº 2.234 alega “aspectos de relevância e urgência relacionados ao desenvolvimento de ações”. Os valores não foram informados.

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“Mais Médicos é falta de planejamento desse País”, diz Campos na TV
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Leandro Mazzini

Foto de João Monteiro Neto

Numa clara ofensiva crítica sobre o governo do PT, o governador de Pernambuco e presidenciável Eduardo Campos (PSB) deixa aos poucos o lado mais comedido das críticas e parte para o ataque político. Disse ontem à noite que o programa Mais Médicos, do governo  Dilma Rousseff, é “a constatação da falta de planejamento desse País”.

Durante 1h20, Campos foi entrevistado no programa Frente a Frente, da REDEVIDA de Televisão, ao vivo e em rede,  por este repórter e Denise Rothenburg (Correio Braziliense).

Embora tenha reconhecido avanços na economia na gestão PT, citando uma “conquista de ciclo recente” e a alta do consumo que alavancou o Brasil e o sucesso do Bolsa Família quanto à distribuição de renda, Campos também criticou o programa carro-chefe da era PT: “Ainda assistimos  filhas do Bolsa Família se tornando mães do Bolsa Família”.

O governador evitou a todo momento dizer que é candidato a presidente – “é um assunto para 2014” – mas não titubeou em soltar declarações em defesa de sua gestão em Pernambuco, de consolidação do PSB ao longo dos últimos anos. Ele no entanto poupou críticas ao ex-presidente Lula.

Sobre “enterrar a velha política”, expressão usada por ele e a neoaliada socialista Marina Silva, Campos foi instado a explicar se o bordão da dupla não seria uma incoerência política pelo fato de o PSB ter composto a base do governo nas gestões de Lula e até há um mês na de Dilma Rousseff. O pré-candidato discorreu sobre o cenário sócio-político desde o regime militar até o governo PT para justificar que é preciso uma mudança constante de avaliação sobre governos, e era hora de o PSB mudar seu rumo.

Campos também explicou a PPP no saneamento público no Grande Recife em concessão para a construtora Odebrecht. Disse que é um plano desde o início de seu governo, há sete anos, e para ele, se coubesse apenas ao Estado – governos estaduais e federal – o investimento no setor, só em 54 anos tudo seria resolvido.  A PPP, segundo ele, traz investimentos diretos e imediatos para sanar a curto prazo o problema.

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Relator da MP Mais Médicos acionará o MP por intimidação do Cremesp
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Leandro Mazzini

Carvalho mostra a Dilma o telegrama do Cremesp. Ao fundo , Ruy Falcão, presidente do PT

O Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) entrou numa encrenca federal, com um documento que chegou às mãos da presidente Dilma Rousseff e em poucos dias vai para as mesas do Ministério Público.

O deputado federal Rogério Carvalho (PT-SE), relator da Medida Provisória que oficializa o programa Mais Médicos, recebeu um telegrama do Cremesp que considerou intimidatório.

O documento foi enviado justamente agora, em meio ao polêmico embate entre governo e a classe médica sobre a contratação de médicos brasileiros e estrangeiros para atuação nas cinco regiões do País.

Carvalho é médico licenciado há anos, sem vencimentos, com registro no Cremesp. E logo depois de escolhido relator da MP, recebeu o telegrama do setor de Recursos Humanos com aviso de cancelamento de sua licença e com aviso de retorno imediato ao trabalho.

“Solicitamos manifestação para que reassuma Vossa atividade de médico fiscal no prazo de 30 dias” a partir de 27 de agosto. Veja abaixo.

O envio do telegrama coincidiu com a audiência já agendada do deputado com a presidente Dilma. Ela, segundo relatou o deputado à coluna, ficou revoltada ao ler o telegrama (foto), disse que discorda da decisão. Orientado pelo presidente do PT, Ruy Falcão, também presente à reunião, Carvalho vai acionar o Ministério Público paulista para investigar o caso.

O presidente do Cremesp, Renato Azevedo Junior, justifica o envio do telegrama como praxe administrativa:

“Ele está sob licença do cargo desde 2001, quando se elegeu, e a licença sempre foi prorrogada a cada dois anos. Mas a última é de 2007 e não houve mais”.

Questionado sobre a coincidência do envio do telegrama no momento em que o deputado relata a MP, Azevedo complementa:

“Temos mais cinco funcionários na mesma situação que foram avisados por telegrama. Precisamos contratar para a vaga de médico sindical e enviamos o pedido”.

O deputado federal não se convenceu. “É obrigação deste Conselho conceder a licença e não uma “gentileza” . O que eles estão fazendo é uma retaliação, um assédio moral porque sou relator do Mais Médicos”.

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