Coluna Esplanada

Arquivo : moro

Com Eike eXperto, Lava Jato paga migo com Mantega
Comentários Comente

Leandro Mazzini

A desastrada operação de prisão de Guido Mantega dá sinais de fadiga da Operação Lava Jato – e combustível para seus críticos. De fato.

Há desencontros de informações, faltam as provas de Eike Batista – a força-tarefa deu como verdade apenas sua palavra – e a situação de saúde da esposa do ex-ministro mostra que a PF não monitorou o alvo para evitar o constrangimento, a ponto de o próprio juiz Sérgio Moro recuar da detenção.

Os procuradores da Lava Jato também não explicaram por que a prisão só saiu ontem, se desde Junho já havia determinação, após o depoimento de Eike.

Um dos chefes da Lava Jato disse que a prisão demorou por causa do contingente da PF cedido para a Olimpíada. Mas meia dúzia de agentes, como ontem, faria o serviço.

Eike Batista está enrolado até o pescoço com as suspeitas das negociatas. Ao se antecipar e dar depoimento voluntário, colabora e escapou da prisão. Por ora.  Porém a cautela da força-tarefa sobre o empresário, a proteção a ele, e o crédito dado a Eike conota que o empresário entrou em negociação para uma delação premiada e colabora sigilosamente.

No mais, ao prender Mantega na Operação Arquivo X, a Lava Jato se esqueceu da máxima do seriado homônimo: a verdade está lá fora.

O Blog no Twitter e no Facebook


Risco na Lava Jato: delatores sem provas de áudio ou vídeo
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Há um item comum (e preocupante, para os investigadores) em todos os depoimentos de delatores da Lava Jato até agora, pelo menos não revelado em público: eles entregam nomes de grãos políticos, detalhes de transações e encontros. Mas nenhum delator gravou em áudio ou vídeo a suposta negociação e entrega de propina. Falta o ‘batom na cueca’.

As defesas dos acusados condenados em primeira instância pelo juiz Sérgio Moro na Justiça Federal preparam recurso na tentativa de derrubar as sentenças no TRF e no Supremo Tribunal Federal.

Ontem surgiu o boato de que o ex-deputado federal Luiz Argolo, agora condenado a 11 anos de prisão, teria acordado delação premiada. O advogado do ex-deputado nega. Mas um figurão do PP da Bahia, Estado de Argolo, tremeu nas pernas.


< Anterior | Voltar à página inicial | Próximo>