Coluna Esplanada

Arquivo : Palácio da Alvorada

Brasiliense é condenado a prisão por tentativa de invadir o Alvorada
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Leandro Mazzini

O Alvorada - Palácio fica a mais de 100 metros da guarita de entrada

O Alvorada – Palácio fica a mais de 100 metros da guarita de entrada

Um cidadão de Brasília, que se apresentou à época da confusão como filho de alto funcionário do Governo, foi condenado pelo Superior Tribunal Militar a seis meses de prisão.

Na noite de 7 de setembro de 2011, ele tentou invadir com o carro o Palácio da Alvorada, residência oficial da presidente Dilma Rousseff. Foi detido por soldados com suspeita de embriagues, ao tentar ultrapassar a guarita de segurança.

O processo corre em segredo de Justiça e o motorista-manifestante pode recorrer ao Superior Tribunal de Justiça.

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Dirceu visitou presidente Dilma no Alvorada
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Leandro Mazzini

Charge de Aliedo - aliedo.blogspot.com

Charge de Aliedo – aliedo.blogspot.com

Há poucos dias o ex-ministro o ex-apenado José Dirceu visitou a presidente Dilma Rousseff no Palácio da Alvorada, a residência oficial, antes das férias da chefe da nação. Uma fonte que trabalha no Palácio confirmou a passagem.

Foi uma longa conversa. Livre, leve e solto – por uma decisão de ministro do STF nomeado pela presidente Dilma – o apenado, que passou do regime semiaberto (dormir na prisão) para o domiciliar comemora a nova fase: praticamente um ano após a condenação já saiu da cadeia. Caso raro para muitas outras centenas de apenados humildes que mofam nas celas, já demonstraram levantamentos da Justiça.

É um mistério o teor da conversa da presidente com o ex-colega de governo. Sabe-se que Dilma deve parte de sua ascensão a ele. Foi Dirceu quem se esforçou, como então chefe da Casa Civil do primeiro governo de Luiz Inácio, a levá-la ao presidente. O labrador ‘Nego’, fiel guardião de Dilma e acompanhante de caminhada dela nas poucas horas vagas, foi presente de Dirceu. Mas nada disso deve ter entrado na conversa a dois.

Fato é que a visita sigilosa à presidente Dilma neste momento (um mensaleiro apenado recebido com especial dedicação no Palácio) pode também ter relação com o famigerado ‘petrolão’ – o esquema de corrupção descoberto pela PF na Petrobras. Renato Duque, o ex-diretor da estatal detido, era apadrinhado do grupo político no PT comandado por Dirceu. Duque era Dirceu e vice-versa no governo Lula dentro da Petrobras, quando Dilma já compunha o Conselho de Administração da petroleira.

É notória também entre gabinetes parlamentares e no PT a ingerência de José Dirceu na indicação de nomes de sua confiança nos conselhos dos fundos de pensão estatais – desfilou apadrinhados na Previ, Petros, Funcef, etc. Quando Dilma batia ponto no último andar do Ministério de Minas e Energia, o todo-poderoso aliado controlava do quarto andar do Palácio do Planalto uma rede de contatos que fazia jus ao mito que se criou em torno de sua figura. Ainda há, hoje, ‘Dirceusistas’ distribuídos por pontos estratégicos do governo em todas as esferas, com média ou muita influência. Entrelinhas, a presidente Dilma não receberia no Alvorada ou perderia seu tempo com apenas um ex-colega de Esplanada.

No pós-governo, demitido, Dirceu passou a usufruir de sua extensa rede de contatos para fechar contratos. Tornou-se consultor não declarado de grandes empresas nacionais e estrangeiras. Um abre-portas em qualquer órgão do governo federal. Com o PT no governo, o dinheiro entrou em sua conta. Um empresário do ramo de estaleiros chegou a pagar-lhe R$ 30 mil por mês para ter acesso a ministros e autoridades afins ao seus interesses, conta uma fonte do setor empresarial do Rio de Janeiro. Agora, Dirceu deve se retirar do escritório de José Gerardo Grossi, em Brasília, onde organiza a biblioteca – um trato com a Vara de Execuções Penais do DF – e retomar a ‘carreira’ de consultor.

Trabalho não faltará. Dinheiro, também não. Dirceu foi condenado a 10 anos e 10 meses de prisão, e já está na rua. Pagou multa de R$ 676 mil à Justiça para dela se livrar. Em abril de 2013, meses antes de ser condenado e preso, Dirceu fretou por mais de uma semana o jatinho Citation II, prefixo PT-LLU, e pousou em pelo menos cinco capitais (cada trecho gasta-se num avião executivo R$ 50 mil só de frete). A estratégia era divulgar a sua defesa, ciente da condenação, em auditórios dos diretórios do PT lotados de simpatizantes.

Deu certo. Um estrategista de primeira linha emplacou na consciência de milhares de militantes que é um preso político, perseguido e injustiçado. Ou a chefe da nação, pelo visto, caiu nessa. Ou é cúmplice de suas artimanhas no Poder.

Em nota divulgada na tarde desta terça, o ex-ministro afirmou via assessoria:

“Diferentemente do que publicou o Blog da Esplanada, reproduzido pelo UOL, o ex-ministro José Dirceu nega, com veemência, que tenha visitado recentemente a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Alvorada. A informação é desprovida de qualquer fundamento.

O ex-ministro também reitera que não foi responsável pela indicação de Renato Duque para a diretoria da Petrobras.”

Dirceu tem suas preocupações. A Justiça concedeu prisão domiciliar sob algumas condições, entre elas não participar de reunião política, o que conota o encontro relatado. A coluna confia em suas fontes.


Em 10 anos, Joaquim Barbosa ganha peso e calvície, revelam fotos do STF
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Leandro Mazzini

 

Veja como os 10 anos de toga mudaram o ministro Joaquim Barbosa, que estreou no Supremo Tribunal Federal em 2003 nomeado pelo então presidente Luiz Inácio (PT).

As fotos estão expostas no túnel da corte, em Brasília. Nesse tempo, ele engordou, passou a usar óculos, ganhou uma leve calvície frontal e… um sorriso. Já o gênio continua o mesmo.

Em 2003, quando assumiu no Supremo, o ministro Joaquim confidenciou a amigos que, uma vez na presidência, mudaria muita coisa ‘que está aí’ no Judiciário.

Não por acaso nesse tempo – e em especial durante o julgamento da Ação Penal 470, o Mensalão, ele mostrou ser uma figura polêmica: posições convictas e discurso duro, inclusive o trato com colegas e magistrados federais que o visitam – como foi na recente reunião aberta à imprensa.

Após o encontro, a Ajufe – Associação dos Juízes Federais, soltou nota o classificando de grosseiro. Já o presidente do STF não esconde suas críticas a decisões que considera de interesse dos classistas, não do país.

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Lula acena da varanda de seu apartamento em São Bernardo (SP). Tempos de recusão no Palácio ficaram para trás

A NOITE EM QUE LULA FUGIU

A turma da segurança que iniciou a era petista tem saudade do ex-presidente Lula. A presidente Dilma dá o trabalho de praxe, mas com o ex o ofício tinha emoções. O episódio foi revelado por um deles: no primeiro ano de governo, uma noite o presidente sumiu do Palácio da Alvorada e deixou a escolta presidencial desesperada. Ele pedira o carro de um garçom e saiu sozinho. Após mobilizações, a altas horas, foi encontrado de boné e camiseta numa mesa de canto de bar da Vila Planalto, curtindo um drink.

SÓSIA

O bar tinha poucos frequentadores e alguns deles, além do dono, estranharam a semelhança do estranho com o presidente. Mas ninguém se arriscou em abordá-lo.

DOSE DUPLA

Não há certeza da segunda vez, mas há folclore de que Lula planejou voltar outro dia ao mesmo bar. O GSI agiu rápido: lotou o lugar de agentes à paisana pelas mesas.

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CLASSIFICADOS

O ministro Teori Zavascki, do STF, está com dificuldade de montar gabinete. Desde a posse, procura cinco servidores de carreira, dentro da corte, para assistentes.

ATÉ A BIKE

Com a seca braba pelo país, a coisa anda tão feia para milhares de produtores rurais que o senador Benedito de Lira (PP-AL) conta essa: ‘Tem agricultor que está perdendo até a bicicleta para pagar dívida com o banco’. Presidente da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, o senador Lira quer provocar em audiência pública com os banqueiros do governo a renegociação das dívidas. Mas para ele, ‘o melhor seria a anistia’.

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MARATONA

O Advogado Geral da União, Luís Inácio Adams, tenta conquistar a categoria para se fortalecer no cargo após a suspeita de que conhecia a turma presa na operação Porto Seguro da PF. A bordo de aviões da FAB, Adams tem viajado pelo país para conhecer procuradores e atender a demandas. O Procurador-Geral da União, Paulo Kuhn, é um dos cotados para assumir a AGU em caso de saída de Adams. Mas há outro forte nome: Beto Vasconcelos, o jovem advogado apadrinhado pela própria presidente Dilma, egresso da Casa Civil.

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EXPLORAÇÃO TRAVADA

O líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes (SP), diz que o setor, que ‘emprega 180 mil no Brasil’, está angustiado. Desde 2009 as mineradoras temem investir porque ainda esperam o novo Código de Mineração prometido pelo Planalto. O atual é de 1967. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou recentemente que o texto do Código está perto da conclusão. E que deverá avançar na próxima semana. O projeto pretende enterrar a burocracia e regular questões ambientais do setor.

EMOÇÃO TOTAL

A Academia Brasileira de Letras pode viver anos emocionantes se o ex-presidente FHC for eleito para a atual vaga. Muitos lá dentro apostam no embate com o baiano João Ubaldo Ribeiro, que o chamou de ‘sociólogo medíocre’ num artigo há anos. À época, Ubaldo ainda emendou que o cumprimentaria em qualquer ocasião só por praxe. Aliás, um mistério, Paulo Coelho nunca mais voltou à Casa de Machado. Sobram ‘técnicos’ e políticos na Academia fundada para ser a guardiã da literatura brasileira. Sem demérito para os imortais merecidamente empossados.

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