Coluna Esplanada

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Favorito, Renan prega a transparência
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Leandro Mazzini

Salvo um candidato de peso da oposição, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) será eleito presidente do Senado em Fevereiro, a despeito do escândalo que o apeou do cargo em 2007. Renan não só prepara o discurso – para ele foi um caso pessoal, não político – como também esboça o plano de campanha: transparência total e sem senhas nos acessos às informações online da Casa, inclusive de contratos; e um ‘fast-tracking’ na pauta, com início das sessões às 14h30 (hoje é às 16h) para dar celeridade a projetos.

MEMÓRIA. Há exatos 5 anos o Diário Oficial do Senado publicava a renúncia de Renan. Caiu após suspeita de pagar pensão a jornalista, mãe de um filho seu, com dinheiro de empreiteira.

CONFIANÇA. Renan faz campanha velada, e já tem partidos da base. Revela a próximos o que o anima: Em 2007, ele teve 52 votos pela sua absolvição. Lula, 45 pela CPMF, que caiu.

PÉ DO OUVIDO. De Dilma, para Renan, ao saber que ele era candidato oficial: ‘Não duvide da minha lealdade’. A conferir, porque sua candidatura não será fácil no plenário.

‘LOBO MAU’. Ninguém do PMDB entendeu. Assim que Renan se lançou internamente candidato à presidência do Senado, José Sarney evitou um grande racha no partido. É que o ministro Edison Lobão (Minas e Energia) também se anunciou. Foi Sarney quem pediu ao aliado para recuar. Fato é que Lobão ficou chateado por saber por terceiros.


Aécio e Serra marcam encontro. Alckmin não descarta candidatura
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Leandro Mazzini

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-governador José Serra (PSDB-SP) terão um encontro a sós depois do dia 15 de Dezembro. Vão delimitar o futuro de cada um. Aécio anunciará a decisão de se candidatar à Presidência da República em 2014. Espera que Serra confirme desejo à vaga no Senado. Mas antes, o senador mineiro vai a São Paulo semana que vem conversar com o governador Geraldo Alckmin. ‘Vamos falar disso (2014) e do futuro do partido’, diz Aécio. A aproximação é estratégia para neutralizar tentativa de Serra se reforçar no tucanato paulista.

UAI SÔ!? Aécio e Alckmin estão afinados. Mas em Julho, ao saber de declaração do paulista sobre eventual candidatura à Presidência, Aécio ligou cauteloso e o governador desconversou. Há testemunha.

PODER NO NINHO. Paralelo a esses encontros, seguem em Brasília negociações sobre o futuro presidente do PSDB. Alckmin quer o deputado Nogueira Duarte (SP). Aécio trabalha pelo senador Cássio Cunha (PB).

GANGORRA. Nada está decidido ainda sobre a candidatura de Aécio ao Planalto. Parte do PSDB considera Alckmin um potencial nome, pelo recall de 2006, e pelo PIB financiador ter base em SP.