Coluna Esplanada

Arquivo : propaganda

PT some do material de campanha de Dilma
Comentários Comente

Leandro Mazzini

dilma3

Atualizada sexta, 10, 13h27 – O marketing da presidente Dilma passou a esconder o PT na divulgação de seu material de campanha , em especial no segundo turno.

O desgaste do partido é tamanho junto à opinião pública que a sigla PT é apenas citada – quando há – nas letras miúdas da coligação no material (em placas, folders, banners, outdoors).

Adesivos para carros e materiais para as redes sociais priorizam a cor do partido e a imagem de Dilma. A campanha ficou personificada na imagem de Dilma, e só. Foco ficou para a luta dela contra a ditadura, no surgimento da campanha ‘Coração Valente’, a fim de sensibilizar o eleitor para sua trajetória.

Predominam no material a foto dela, de Lula, a cor vermelha e frases de efeito. A decisão de dissociar a imagem de Dilma – a gerentona técnica – do PT, o partido problema e manchado no noticiário, não agradou obviamente a todos na executiva. Mas assim foi decidido por quem manda.

Siga a coluna no Twitter e no Facebook  

dilma1

reprodução de adesivo para carros e janelas

 

dilma2

Imagem produzida para site e redes sociais. Reprodução


Planalto aposta na propaganda local para alavancar Dilma
Comentários Comente

Leandro Mazzini

O governo federal começou nesta semana a investir pesado em veiculações de propagandas em rádio e televisão direcionadas para cada Estado. O objetivo é fortalecer o nome da presidente Dilma e dar a impressão de que o Planalto tem um canal direto com o cidadão do interior. As propagandas exibem balanço de obras do PAC nas capitais e repasses de programas federais – que em muitos casos são contabilizados como dos governadores, da base ou oposição.

MONITORAMENTO

O plano prioritário dessas propagandas regionais é alavancar o nome de Dilma Rousseff nas pesquisas. Os próximos trackings do Planalto mostrarão se deu certo.

ALEGRIA DAS TVs

A propaganda segue modelo do governo do DF, que todo domingo exibe nas maiores emissoras um balanço das obras da semana. É muito dinheiro, a alegria das TVs.

FREIO ELEITORAL

A partir de julho, obedecendo ao calendário eleitoral, a equipe de publicidade que atende ao Planalto vai cessar as inserções.

______________________________

ricardo

Senador Ferraço – a situação só andou depois que ele cobrou ao microfone. Foto: ABr

TOP SECRET

A Mesa do Senado Federal colocou em votação somente ontem à noite, enfim, os dez requerimentos da CCAI – Comissão de Controle das Atividades de Inteligência, que há quase dois meses mofavam nas gavetas. A situação só andou depois que o presidente da CCAI, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), cobrou no plenário. A Abin e o GSI terão 30 dias para informar à CCAI os relatórios secretos de espionagem e gastos sigilosos de 2013.

______________________________

TAL PAI..

Sem dinheiro para construir obras para dar um tom à sua administração, o governador João Lyra, de Pernambuco, investe na candidatura da sua filha Raquel Lyra para deputada estadual. Quer deixá-la entre os três mais votados. O plano de Lyra é daqui a dois lançar a filha à prefeitura de Caruaru, sonho antigo do pai, já que odeia o atual prefeito José Queiróz (PDT).

ESPLANADA NA COPA

Tem muita gente na Fifa e no governo com muito medo da arquibancada provisória do Itaquerão, a arena palco da abertura da Copa amanhã. Mas vozes se calam.

NA TRAVE

Uma trapalhada do Marketing da Infraero: teve de cortar parte do cartaz de propaganda para a Copa feito para fixar nas paredes dos aeroportos por erro de grafia numa palavra em língua espanhola. O corte excluiu a logo da estatal, mas ficou a logo da FIFA.

NÚMERO 2

Corre no Itamaraty que o próximo Encarregado de Negócios em La Paz será o Embaixador Antonio José Rezende de Castro – ele compôs comitê que investigou o cônsul de Sydney, acusado de assédio moral.

CASO MOLINA

O Brasil não tem embaixador na Bolívia desde a fuga cinematográfica do senador boliviano Roger Molina, que ficou quase dois anos num quarto do prédio. O nome indicado é o embaixador Raymundo Rocha Magno, mas o Senado segura a sabatina.

AMÉM

O fim do curso de Convalidação Teológica, segundo portaria em março do Conselho Nacional de Educação, deixou muitos alunos de faculdades particulares na mão, e sem diploma. As unidades se viram para apressar as disciplinas e formá-los antes do decreto.

___________________________

VERDE E AMARELO

espl1

espl2

espl3

A Esplanada dos Ministérios e a Praça dos Três Poderes em Brasília estão coloridas de verde e amarelo, na iluminação dos prédios. Confira fotos no site.

___________________________

PONTO FINAL

Como diria Nelson Rodrigues, amanhã é o Brasil é a Pátria de Chuteiras


MP quer bloquear verba de propaganda do DF
Comentários Comente

Leandro Mazzini

As ações da Secretaria de Saúde do Governo do Distrito Federal, cujo secretário Rafael Barbosa será candidato a deputado federal, entraram na mira do Ministério Público do DF e Territórios. A Promotoria de Defesa da Saúde do MPDFT abriu ontem investigação na tentativa de bloquear o repasse de R$ 13,8 milhões do Fundo Nacional de Saúde para três agências de publicidade, a CCA (Tempo), Agnelo Pacheco e Propeg.

O promotor Jairo Bisol subscreveu ação por improbidade administrativa contra Rafael Barbosa ontem à tarde. Bisol vê manobra inconstitucional na contratação das três agências via Secretaria de Saúde, uma vez que o próprio Governo do DF, através da Secretaria de Estado de Publicidade Institucional (SEPI) já firmou contrato com as mesmas, via licitação, desde 2011. O promotor questiona por que a SEPI, que tem verba de R$ 142 milhões para este ano, não paga a campanha publicitária – os R$ 13,8 milhões virão do Ministério da Saúde, via Fundo Nacional de Saúde. Pelo próprio decreto do GDF, a SEPI por obrigação deve promover e pagar toda a publicidade das distintas secretarias.

O secretário de Comunicação do GDF, André Duda, explica: a verba para o tipo de campanha proposta é específica (Ações de Vigilância e Prevenção contra Doenças Transmissíveis), com rubrica do Ministério, e não pode passar pela SEPI. Coube então ao governo firmar convênio entre a secretaria de Comunicação e a de Saúde, para esta promover as campanhas junto às agências. Para o GDF, está tudo ok, ‘Se a gente não usa a verba o MP entra com ação também’, reclama Duda. Mas para o MP, a contratação via Saúde é irregular, ‘Deveria haver nova licitação’, diz Bisol.

O promotor acha estranho o fato de a secretaria publicar o controverso contrato no Diário Oficial do DF no apagar das luzes de 2013, no dia 31 de Dezembro, e vai passar a lupa. O governo já empenhou R$ 6 milhões para as três empresas apresentarem as peças publicitárias – fizeram ontem, para escolha dos técnicos da Saúde – e dentro de 15 dias, segundo o secretário André Duda, as campanhas estarão nas ruas e na mídia.

Já é o segundo caso suspeito de maracutaia do secretário Rafael Barbosa. Com base em denúncia da Coluna, existem dois pedidos de investigação protocolados no MP, por senadores e deputada federal, para investigar o superfaturamento de um aparelho importado para fisioterapia. O equipamento, instalado no Brasil, custa R$ 1,2 milhão em média. O secretário quer pagar R$ 4,5 milhões. A nota de empenho foi cancelada, mas o contrato, não.

O DOSSIÊ TERESINHA

Ontem a Coluna lembrou que o PT barrou a CPI do Erro Médico no Senado para preservar o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, candidato ao governo de SP, com medo de que respingasse nele. Há um dossiê com centenas de casos nas mãos do senador Magno Malta (PR-ES), que protocolou o pedido de CPI, sem sucesso.

Casos como o de dona Teresinha de Paula, mineira radicada em Brasília há décadas. Anos atrás, ela sofreu lesão na coluna após cirurgia mal feita na capital federal, e denuncia o médico. O inquérito criminal corre na 1ª DP e chegou também à PF – que recebeu outra leva de casos similares em outros estados. Segundo Teresinha, a Procuradoria da Mulher da Justiça do DF requereu os documentos, e o ministro da Saúde, tão logo soube, pediu que a Secretaria de Saúde apure os fatos.

Siga a coluna no Twitter e no Facebook     


< Anterior | Voltar à página inicial | Próximo>