Coluna Esplanada

Arquivo : qg

Brasil condena suspeito de ser espião russo
Comentários Comente

Leandro Mazzini

QG-Amazonas

Um incidente diplomático é tratado sob sigilo entre os governos do Brasil e Rússia.

O Superior Tribunal Militar condenou há dias a um ano de prisão o russo D.A.S. por ter invadido um quartel do Exército em Manaus (AM). Mas o caso é tratado como tentativa de espionagem.

Passando-se por turista, o russo portava máquina fotográfica, mochila e passaporte duplo (Rússia/Equador). Apesar de ampla entrada no QG, ele pulou muro alto e foi flagrado por soldados numa área estratégica do Centro de Instrução de Guerra na Selva, onde há documentos científicos sobre a região amazônica.

Ao ser preso, o russo tentou se passar por turista, mostrando mapa e dizendo em inglês que pensava ser zoológico. Não convenceu. Para os soldados, turista não entra em zoo pulando muro.

Para piorar sua situação, identificado como ‘jornalista’ depois, o serviço secreto brasileiro descobriu que o russo nunca exerceu a profissão.

Embora a sentença tenha saído agora – ele pode recorrer ao Superior Tribunal de Justiça – o caso ocorreu em abril de 2013, e D.A.S. ficou preso até junho daquele ano no QG. A Embaixada russa conseguiu liberá-lo e o suspeito hoje está em Moscou. Se ele pisar aqui, vai em cana.

Oficialmente, o estrangeiro foi preso e condenado pelo crime do artigo 302 de Código Penal Militar – “Penetrar em fortaleza, quartel, estabelecimento militar, navio, aeronave, hangar ou em outro lugar sujeito à administração militar, por onde seja defeso ou não haja passagem regular, ou iludindo a vigilância da sentinela ou de vigia”.

O Blog no Twitter e no Facebook


Mico do Exército na guerra eletrônica: hackers acessam 10 mil e-mails
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Sede do Quartel General em Brasília

Sede do Quartel General em Brasília

Uma gafe militar que colocou em risco a soberania nacional é tratada em sigilo pelas Forças Armadas e o Ministério da Defesa.

Aconteceu há dias. A exemplo do que fazem as potências militares da Organização do Tratado Norte, o Exército Brasileiro decidiu testar seu sistema de guerra eletrônica e desafiou hackers a o invadirem. E os piratas online acessaram a intranet.

Um dos hackers teve acesso a senha e e-mail institucional de 10 mil militares, segundo um alto oficial.

Instalou-se um “Deus nos acuda” no QG em Brasília e no Centro de Comunicações e Guerra Eletrônica em Sobradinho. Oficiais e especialistas foram chamados às pressas para resolver a situação.

A turma de veteranos em tecnologia que brecou o vazamento ficou pasma ao descobrir que altos oficiais usavam senhas como “mamãe” e “exercito” no e-mail institucional.

Em resposta à Coluna, nesta segunda-feira, o Exército informou “que o assunto está sendo tratado pelo Centro de Coordenação para Tratamento de Incidentes de Rede do Exército e que o incidente não comprometeu os sistemas estratégicos de defesa”.


< Anterior | Voltar à página inicial | Próximo>