PMDB quer a cabeça do ministro Pepe Vargas
Leandro Mazzini
O PMDB quer a cabeça do ministro das Relações Institucionais da Presidência, Pepe Vargas (PT-RS). E começou a enviar mensagens diretas.
Não bastasse o hoje todo-poderoso presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não conversar com o ministro palaciano e o criticar publicamente, ontem o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) deixou a dica ao devolver para o Planalto a Medida Provisória 669, a que aumentava alíquotas de contribuição previdenciária sobre receita bruta das empresas.
Um recado não apenas à presidente Dilma pela insatisfação da bancada com o governo, mas em especial com os ministros palacianos.
A cúpula do PMDB no Congresso Nacional ainda não imagina com quem poderia ter boa interlocução com o Planalto além de Pepe. Mas reservadamente deputados acreditam que um ministro de um partido neutro – sem um do PT – seria o ideal, como alguém do PP, do PSD ou do próprio PMDB.
MORDE E ASSOPRA
Renan conseguiu algo inédito em sua biografia. Com exceção do PT, todos os outros partidos aplaudiram sua posição – até o senador Aécio Neves (PSDB-MG), com quem bateu boca calorosamente em plenário há dias.
GENI
A presidente Dilma se tornou a Geni do Congresso. Além das críticas de aliados da base para todos os lados, e da devolução da MP – que logo se tornou Projeto de Lei enviado pelo Planalto – o senador Fernando Collor (PTB-AL) atacou o ‘inchaço’ do governo num discurso ontem da tribuna.