Coluna Esplanada

Arquivo : Renan Calheiros

Cúpula do PMDB defende Renan
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Leandro Mazzini

Longe dos holofotes, integrantes da cúpula do PMDB estão intrigados e revoltados com a denúncia feita na sexta-feira (25) pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL).

A denúncia sobre os “bois de Alagoas”, em que o senador é suspeito de usar notas frias para justificar bens, tramita nas gavetas da PGR desde 2007, quando o próprio parlamentar pediu para ser investigado.

A denúncia ocorre a exatamente uma semana da eleição para a presidência do Senado, dia 1º. Daí a suspeita dos pemedebistas de que Gurgel agiu para não virar alvo da cobrança da imprensa e de seus pares de toga.

Entre telefonemas, os pemedebistas ainda acusam motivação política. Um dos adversários de Renan é o senador Pedro Taques (PDT-MT), egresso dos corredores da Procuradoria no seu estado.

Renan está na mira da oposição. Apesar de favorito para a eleição de sexta, os opositores na Casa Alta prometem fazer barulho e lembrar que, além da recente denúncia, ele é suspeito de ter pagado pensão de ex-namorada com dinheiro de empreiteira, o que não foi comprovado.

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Favorito, Renan prega a transparência
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Leandro Mazzini

Salvo um candidato de peso da oposição, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) será eleito presidente do Senado em Fevereiro, a despeito do escândalo que o apeou do cargo em 2007. Renan não só prepara o discurso – para ele foi um caso pessoal, não político – como também esboça o plano de campanha: transparência total e sem senhas nos acessos às informações online da Casa, inclusive de contratos; e um ‘fast-tracking’ na pauta, com início das sessões às 14h30 (hoje é às 16h) para dar celeridade a projetos.

MEMÓRIA. Há exatos 5 anos o Diário Oficial do Senado publicava a renúncia de Renan. Caiu após suspeita de pagar pensão a jornalista, mãe de um filho seu, com dinheiro de empreiteira.

CONFIANÇA. Renan faz campanha velada, e já tem partidos da base. Revela a próximos o que o anima: Em 2007, ele teve 52 votos pela sua absolvição. Lula, 45 pela CPMF, que caiu.

PÉ DO OUVIDO. De Dilma, para Renan, ao saber que ele era candidato oficial: ‘Não duvide da minha lealdade’. A conferir, porque sua candidatura não será fácil no plenário.

‘LOBO MAU’. Ninguém do PMDB entendeu. Assim que Renan se lançou internamente candidato à presidência do Senado, José Sarney evitou um grande racha no partido. É que o ministro Edison Lobão (Minas e Energia) também se anunciou. Foi Sarney quem pediu ao aliado para recuar. Fato é que Lobão ficou chateado por saber por terceiros.