Coluna Esplanada

Arquivo : residência

PF instalou escutas na casa de quatro senadores, diz agente Legislativo
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Leandro Mazzini

> Instalação em apartamentos funcionais foi operação hollywoodiana da Federal, e atrapalhada pela Legislativa

> Informações sigilosas à Coluna são de agente legislativo que fez varreduras; PF não comenta oficialmente

> DEPOL do Senado tem aparelho high tech Oscor, de varredura de escutas ambientais

> Quatro senadores alvos da Lava Jato utilizavam semanalmente os serviços da DEPOL para varreduras em gabinetes e residências

> Polícia Legislativa tem autorização por regimento para fazer varreduras

Atualização sexta, 21, 11h47 – A Polícia Legislativa do Senado Federal pagou o maior mico e cometeu o maior erro de sua História: interferiu numa investigação policial-judicial federal e retirou escutas instaladas na casa de pelo menos quatro senadores, conta em sigilo um agente que participou das varreduras.

Os quatro parlamentares – que não tiveram seus nomes divulgados , por sigilo judicial – são alvo da Operação Lava Jato. A PF, com autorização judicial, fez um trabalho hollywoodiano de instalação das escutas nos apartamentos funcionais, e a Legislativa descobriu e as retirou, a pedido dos senadores que desconfiavam de escutas ambientais. Os senadores solicitaram as varreduras nas residências e descobriram os aparelhos.

Uma fonte da Polícia Legislativa revelou à Coluna que o comando do Senado – leia-se inclusive presidente Renan Calheiros – sabia dessas operações externas da DEPOL. Eles utilizam o aparelho OSCOR, numa maleta com antenas, adquirida pelo Senado há poucos anos.

Esse aparelho é utilizado constantemente em gabinetes dos senadores, em especial desse quarteto alvo da PF.

MALETA & CONTRAINTELIGÊNCIA 

O regimento do Senado Federal autoriza a DEPOL a fazer varreduras antigrampo nas dependências do Congresso e afins – o que inclui as residências dos parlamentares. É a Resolução nº 59 de 2002 e atualizada pela Resolução nº 14 de 2015.

A Polícia Federal, em operação nesta manhã de sexta-feira (21), prendeu quatro agentes da Polícia Legislativa do Senado, e fez buscas e apreensão de documentos no Senado e nas dependências da DEPOL.

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Sérgio Reis quer lei para facilitar uso de cadáveres em aulas de anatomia
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Leandro Mazzini

Foto: PRB

Foto: PRB

O uso de porcos nas aulas de anatomia para alunos de medicina no Hospital de Barretos, um dos mais conceituados do Brasil, motivou o deputado federal Sérgio Reis (PRB-SP) a apresentar o projeto de lei para facilitar a utilização de cadáveres nos estudos e pesquisas médicas no País. O PL 4272/16 propõe alterações na Lei 8.501.

A lei atual limita o uso de cadáveres não-reclamados às escolas de medicina. O novo texto permite que os corpos sejam oferecidos a instituições credenciadas pelo Ministério da Saúde e Educação, como os hospitais que têm programas de residência.

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Ministros driblam ordem de Dilma e usam jatos da FAB para voar para casa
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Leandro Mazzini

Jato da FAB aterrissa no Aeroporto Santos Dumont. Os ministros usam os modelos ERJ 135 (foto) e os Learjet

Jato da FAB aterrissa no Aeroporto Santos Dumont. Os ministros usam os modelos ERJ 135 (foto) e os Learjet

A maioria dos ministros tem obedecido a ordem da presidente Dilma de evitar jatos da FAB com voos para casa nos fins de semana, por corte de custos. Mas alguns arrumaram um jeitinho de driblar a regra: criam agendas em cidades próximas, onde dão uma passadinha oficial, e depois rumam para o lar – e com os famosos caroneiros.

É o Programa Jatinho no Jeitinho.

Um pequeno exemplo do último dia 18 de Junho, uma quinta-feira, segundo registros da FAB: Renato Janine (Educação) passou em Pirassununga (SP) e depois baixou no aeroporto de Congonhas, com mais cinco passageiros.

No mesmo dia o aeroporto paulista foi o destino de outros três ministros e seus caronas.

Ricardo Berzoini (Comunicações) passou antes em Sorocaba; Gilberto Kassab (Cidades) fez escala no Rio de Janeiro. E Edinho Silva (Secom) voou direto de Brasília para a capital paulista com apenas um carona.

Atualização segunda, 29, 12h30 – Segundo a assessoria do MEC, o ministro teve agenda oficial em SP, conforme agenda com dois compromissos na sexta. “O pouso em Pirassununga se deveu ao mau tempo, que fechou o aeroporto de Congonhas. A comitiva ficou cerca de 1h em Pirassununga, na base aérea, aguardando a liberação para voar até Congonhas”.

O ministro reside em São Paulo. Voltou para Brasília “a serviço” na terça-feira com mais cinco caronas, o mesmo número de passageiros em sua companhia na ida para Congonhas na quinta (18).

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