A propalada transparência nos dados do Bolsa Família anunciados pelo Governo virou alvo dos petistas que estavam no controle do programa. Dizem que os dados de ‘bloqueio e suspensão’ são compatíveis com os verificados nos últimos cinco anos.

A ex-ministra Tereza Campello critica o método do pente-fino no Bolsa Família: “Trata-se do cruzamento de grandes bases de dados como vem sendo feito desde 2009. A cada ano, o mecanismo foi aperfeiçoado. Desta vez, além da RAIS incluíram o CAGED. Todas as outras bases já são utilizadas”.

Os petistas que cuidavam da gestão do Bolsa, agora fora do Governo, citam também que em pleno ano eleitoral de 2014, quando Dilma se reelegeu, foram desligados 1,2 milhão de famílias beneficiadas.

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A oposição vai pegar carona no desencontro de informações do governo para cercar três autoridades da Esplanada sobre o Bolsa Família.

Deputados protocolaram requerimento para levar à Comissão de Fiscalização e Controle o presidente da Caixa, Jorge Hereda, a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, e a ministra Maria do Rosário, dos Direitos Humanos.

Segundo o líder da Minoria, Nilson Leitão (PSDB-MT), Rosário ligou para os líderes da oposição para se desculpar, mas não os convenceu.

Em seu Twitter, Rosário dissera que os boatos sobre o fim do Bolsa Família foram obra da oposição. Depois recuou na rede social. Mas a oposição quer pedido de desculpa pessoalmente e em público.

Há notícias de que Tereza Campello, em meio ao furacão, foi encarar outro, literalmente, a passeio na Flórida. Deve reaparecer esta semana.

Enquanto os nervos à flor da pele desfilam pelo Congresso, ouve-se uma brincadeira entre os governistas: o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ‘absolveu’ Jorge Hereda, ao dar coletiva no Rio e elogiar o sucesso do Bolsa Família.

A Polícia Federal continua suas investigações sobre a boataria e o corre-corre de beneficiários aos bancos, apesar de a Caixa já ter admitido erros de informação e antecipação dos pagamentos.

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BATE-CABEÇA E AFINAÇÃO

Renan Calheiros e Henrique Alves evitam falar de público e não entraram no jogo de empurra de um para o outro, mas ficou clara a desorganização na pauta das duas Casas sobre a tramitação demorada das MPs, que se arrastam pela Câmara por meses até chegarem ao Senado. ‘Não dá para levar esse processo adiante’, disse Renan à coluna. O presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), foi mais direto, embora em sintonia com Renan, culpe o processo legislativo: ‘São duas casas com interesses diferentes. Lamentável’. Renan reclama dos casos que os próprios pares recorrem ao STF, e empurrou a decisão para a corte: ‘Quem trata disso é a Constituição. Precisamos colocar um prazo bom para a Câmara, para que ela possa cumprir seu papel, e ao Senado.

TIRIRICA, O POLÍTICO

Mais votado do país, o deputado e humorista Tiririca aprendeu a virar político. Indicou que desistiria da disputa em 2014 e ganhou todas as atenções do comando do seu PR.

APREENSÃO

Apreensão no meio jurídico com a iminente decisão da ministra Eliana Calmon, do STJ, sobre figurão do Rio, réu em ação penal pela lei Maria da Penha.

TORMENTA DOMINICAL

Já é padrão de trabalho dos ministros que não moram em Brasília voltarem para a capital no Domingo à tarde. É que a presidente Dilma aproveita o fim de semana para ler relatórios e liga para cobrar andamento de programas.

ILUSÃO 

Com o país estagnado, o resultado das políticas de incentivo ao consumo: o número de brasileiros endividados subiu de 62% em Abril, para 64% em maio. Avaliação da Confederação Nacional do Comércio.

JOGADA ÍNTIMA

O SENAC lançou cartilha para o jovem aprendiz, ‘Uma jogada diferente’, em alusão a duas meninas lésbicas. O deputado Aureo (PRTB-RJ) pedirá informações.

ADVOGADO DO PASTOR

O ex-pagodeiro e atual missionário Waguinho reuniu-se com a bancada evangélica com documentos e filmes em defesa do Pastor Marcos Pereira preso no Rio.