Coluna Esplanada

Arquivo : março 2013

Eduardo Campos faz ofensiva sobre partidos pequenos
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Leandro Mazzini

Com a candidatura a presidente cada dia mais irreversível, Eduardo Campos (PSB) faz ofensiva em convites a nomes de vários partidos. Um senador tucano foi sondado.

Iniciou conversa com os chamados ‘nanicos’. Hoje no PSC, Ratinho Jr. espera a ‘janela’ na reforma eleitoral para se filiar ao PSB e ser lançado vice do governador tucano Beto Richa no Paraná.

Escanteado pelo governo, o presidente do PRTB, Levy Fidelix, foi procurado pelo deputado Márcio França, presidente do PSB paulista, em nome de Campos. Levy Fidelix faz conta: os cinco partidos nanicos que podem se bandear para Campos tiveram 7 milhões de votos em 2010. São PRTB, PTC, PRP, PSL e PTN.

Já no Congresso Nacional, cresce a percepção de que Campos é tão competitivo quanto Aécio (PSDB). Após saída do deputado Cadoca (PSC-PE), mais dois devem deixar o PSC rumo ao PSB.

Enquanto Campos escancara o projeto, Aécio conversa discreto com possíveis aliados, hoje na base de Dilma. Caso de Lupi, do PDT, com quem almoçou recentemente.

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CERCO DA RECEITA 

A situação das contas da Assefaz, o plano assistencial de cinco categorias de servidores federais, ganha mais a pauta de reuniões em Brasília. ‘A gente não sabe o que está acontecendo, vemos com muita preocupação. É o plano de saúde da maioria dos analistas da Receita’, frisa a presidente do SindiReceita, Silvia Felismino. Há meses entidades como CGU e AGU acompanham de perto a suspeita de rombo de R$ 35 milhões na Assefaz. Apesar de ter mantido um suplente e um diretor financeiro na entidade, o SindiReceita ‘está sem informações suficientes’, diz Felismino.

BOLSO NOS TRILHOS

Não é novidade o drible dos ministeriáveis para ganhar mais, inclusive agora no 2º escalão. Além do salário de R$ 26723, o teto constitucional, Bernardo Figueiredo, da EPL, emenda um jetom de R$ 2.672 por participar de Conselho.

TÃO LONGE, TÃO PERTO

Apesar de separados por um PT, Sérgio Cabral (PMDB) e Aécio Neves (PSDB) conversam muito. Foi Cabral quem indicou o seu marqueteiro Renato Pereira para ele.

PREVISÕES

Ex-candidato ao Planalto (será?), o senador Cristovam (PDT-DF) vê Dilma forte. ‘Mas com quatro pilares enferrujados: Democracia que não funciona, estabilidade econômica ameaçada; transferência de renda que não emancipa; modelo econômico concentrador’.

PODER FEMININO 

Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) tomará posse na Procuradoria da Mulher do Senado, na Terça. Das 81 cadeiras, só oito são de mulheres. ‘Vamos bater muito na questão da reforma para dar mais voz e participação às mulheres na política’, antecipa.

BANQUINHA DE URÂNIO

Tem urânio saindo pelo ladrão no Amapá. A abordagem de vendedores da matéria-prima explosiva a “turistas” intermediários acontece nos hotéis da capital. Uma fonte da coluna foi abordada com oferta. A PF está de olho. Há suspeita de que “formiguinhas” embarcadas abastecem navios de bandeiras asiáticas aportados na costa.


PPS analisa fusão com dois partidos e aliança com Campos
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Leandro Mazzini

Foto Tuca Pinheiro – Portal PPS

A despeito das especulações sobre eventual fusão com PMN e PHS, o presidente do PPS, Roberto Freire, garante que o partido fecharia hoje com a candidatura de Eduardo Campos (PSB) à presidência da República.

Mas Freire vai cuidando do partido. Procurou há uma semana a secretária nacional do PMN, Telma Ribeiro, e converso sobre a possibilidade. ‘Não há nada de concreto, mas um dos instrumentos discutidos é uma fusão’, diz Freire.

Eleito deputado federal por São Paulo, Freire nega que voltará o domicílio para seu Pernambuco, se fechar com Campos. O certo é que com o PT ele não vai. ‘Temos todas as candidaturas de oposição’ como opção de chapa.

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Charge de Aliedo: O tamanho do coração do Pezão
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Leandro Mazzini

O governador Sérgio Cabral, do Rio, durante um discurso para plateia num evento em Nova Friburgo (RJ), quis fazer um agrado ao amigo e vice-governador Luiz Fernando Pezão e a homenagem tornou-se uma piada.

Distribuiu elogios para o vice, disse que era muito importante para ele.

– E vocês sabem que quem tem pé grande tem… – fez um suspense o governador , para estranheza da plateia, que olhou assustada, temendo um ditado popular conhecido sobre órgãos genitais.. – Tem um… coração grande – complementou cabral, para gargalhada geral.

Na volta para o Rio, dentro do helicóptero, Pezão reclamou com o amigo.

– Pô, Cabral, você fica falando isso, agora todo mundo que me encontra olha para mim e para o meu…

Conheça o chargista aqui

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Tags : charge de


Doleiro preso em Brasília vira bomba-relógio para políticos
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Leandro Mazzini

Preso há uma semana em cela cheia no Presídio da Papuda, o conhecido doleiro Fayed Traboulsi virou uma bomba-relógio para políticos de todo o país.

Ele está revoltado e pode abrir o bico. Na busca e apreensão em sua casa e no escritório, a Polícia Civil encontrou documentos que podem comprometer poderosos clãs políticos do Maranhão, Tocantins, Goiás e de Brasília. Fayed contratou o renomado advogado Eduardo Ferrão, mas não obteve ainda habeas corpus.

Fayed se sente humilhado e sem privilégios na cela comum. Se a Polícia Civil chegou a todos os documentos, até um ‘cacicão’ da base de Dilma fica na mira da Justiça.

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RECADO 

Reconduzido ontem ao comando do PDT, Carlos Lupi mandou recado indireto para Dilma. O partido terá candidatura própria ou apoiará quem se afinar com o trabalhismo.

PASSE LIVRE 

É pule de dez na Câmara dos Deputados que a minirreforma eleitoral abrirá a janela para o troca-troca de partidos, sem perda de mandatos.

NO CANTINHO 

O senador Jader Barbalho (PMDB-PA) garante que passa o fim de semana ‘com uma moça muito bonita’ (sua esposa). Embora haja comentário de que Campos desça em Belém até amanhã para vê-lo. ‘O PMDB está fechado com Dilma’, reforça Jader.

NOVA ETNIA 

Autoridades do governo do Rio estão assustadas. Na triagem após desocupação da ‘Aldeia Maracanã’, nunca viram tanto índio branco, louro e de olhos verdes.

PODER ECLÉTICO

O ministro Crivela (Pesca), evangélico neopentecostal, e Gilberto Carvalho (Secretaria Geral), católico, foram juntos ontem à Convenção das Assembleias de Deus em SP.

TODOS JUNTOS 

O Ministério da Saúde mandou equipe para Macapá (AP) e pediu união entre prefeitura, do PSOL, e o governo, do PSB, para combater o alto registro de dengue na capital. Sem picuinha política.

TÔ TRISTE

O presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, que reúne 4 mil prefeitos (90%), não foi convidado a participar da reunião entre munícipes e o presidente da Câmara, Henrique Alves, na Quarta.

DO ALAMBRADO 

Autoridades brasileiras estão chateadas com a FIFA, que oficializou o champanhe francês como bebida oficial dos camarotes e áreas Vips dos estádios, em detrimento do vinho nacional. O deputado Goergen (PP-RS) procurou o ministro Aldo, dos Esportes. Aldo, segundo o deputado, teria se comprometido em reunião com produtores brasileiros que lutaria pela bebida nacional.

 LUCRO (por ora)

Agora combatido inclusive pela Previdência, o Fator Previdenciário desde que criado em 1999 gerou economia de R$ 44,3 bilhões para os cofres.

PONTO FINAL

É abuso mesmo: A FIFA não investe nada nos estádios, ganha isenção tributária, cobra caro por ingresso e comemora com champanhe francês.


Comissão da Verdade pode descobrir como a compra de calcinhas levou a PanAir à falência
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Leandro Mazzini

Ao anunciar que pretende investigar o caso da falência da PanAir durante o regime militar no Brasil, a Comissão Nacional da Verdade terá a oportunidade de descobrir, se ouvir tantos personagens de um lado quanto de outro, como um episódio pitoresco e pessoal deu início ao processo de cassação das rotas da companhia aérea.

A PanAir voou por 35 anos, dominou os céus do país até ser fechada em 1965 por canetada do brigadeiro Eduardo Gomes. Da noite para o dia, os aviões da concorrente Varig, então uma miúda mas muito próxima do regime, assumiram os trechos, operações e passageiros da voadora.

Mas nos bastidores, entre o início da conhecida perseguição à aérea e o fim das linhas, há um curioso roteiro que envolveu o dono da empresa, Celso da Rocha Miranda, o ex-presidente João Goulart, o depois presidente general Castelo Branco (1964-1967) e o brigadeiro Eduardo Gomes, segundo relata à coluna conhecido pesquisador que soube desta história.

No auge de suas operações, a PanAir ficou conhecida pela suas ligações com o ex-presidente Goulart, que fez toda a sua campanha pelo país com aviões cedidos pela empresa. Notoriamente, quando os militares tomaram o poder, se associaram à Varig e a distinção entre os grupos ficou além da concorrência comercial.

Celso Miranda era conhecido entre os amigos por misturar contas pessoais com as da PanAir. Em meados da década de 60, após a renúncia de Goulart e a ascensão dos militares, numa viagem a Paris, Celso comprou na conta da empresa umas calcinhas para presentear – a amante, na versão extraoficial.

Não se sabe ainda por qual via, mas suspeita-se muito que pela espionagem patrocinada pelos militares in loco na Europa, a nota fiscal da compra foi parar nas mãos da cúpula do governo federal. Descoberto o segredo dos amantes, dias seguidos o empresário da voadora viveu sob forte chantagem dos oficiais, a ponto de perder o rumo das atividades na empresa e prejudicá-la em suas operações.

Foi o momento em que o brigadeiro Eduardo Gomes aproveitou a turbulência administrativa e cassou as linhas da PanAir, num decreto presidencial, e as cedeu para o concorrente Ruben Berta, dono da Varig e suspeito também de ter patrocinado a espionagem. Centenas de funcionários ficaram sem empregos, e famílias sem sustentos; aviões enferrujaram nos pátios. E a Varig – hoje também falida – decolou.

A falência oficial da PanAir saiu em 1969 , durante o governo do presidente Costa e Silva (1967-1969). Àquela altura, ao herdar as rotas da PanAir, a Varig já era a maior da América do Sul – operava para os destinos latinos (Argentina, Chile, Paraguai, Peru, Uruguai), europeus (Alemanha, Espanha, França, Itália, Portugal, Suíça, Reino Unido) e para países da África, América do Norte e Oriente Médio.

Um dado curioso: Castelo Branco, o primeiro presidente militar do regime que patrocinou a suposta perseguição à PanAir, morreu dia 19 de Julho de 1967 num ainda inexplicado acidente aéreo, quando seu monomotor se chocou com um caça da FAB. Outra curiosidade: o caça era pilotado por um oficial de nome Malan, filho de um general, e irmão do economista Pedro Malan, ex-ministro de FHC. O piloto está vivo.

Uma boa oportunidade para a Comissão da Verdade, que faz amanhã no Rio a primeira audiência pública sobre o caso PanAir. Seria interessante incluir no check-list esse hangar de mistérios a ser aberto.

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APO faz maratona contra risco de apagão nos Jogos de 2016
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Leandro Mazzini

Fortes: até energia entrou na agenda

O presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), Marcio Fortes, desde que assumiu o cargo entrou numa maratona literal de compromissos para pular obstáculos até 2016, para evitar imprevistos ou repetir erros que se veem agora nas obras dos estádios da Copa e de mobilidade urbana nas capitais-sedes. Mas no salto para ganhar tempo, há uma prioridade a pedido do Comitê Olímpico Internacional (COI).

Preocupado com a infraestrutura energética do país, diante da série de recentes apagões no Sul, Sudeste e Nordeste, o COI estipulou requisitos de fornecimento de energia para os estádios que pretendem sediar os jogos de futebol eliminatórios, que tradicionalmente precedem a abertura das Olimpíadas.

Fortes tem visitado várias capitais para tratar do assunto. As eliminatórias acontecerão em Salvador, São Paulo, Brasília e Belo Horizonte. Com esta agenda, dia 14 último, Fortes esteve com ACM Neto, prefeito de Salvador. Na Quarta, ele passou por SP para ouvir as autoridades do setor, e dia 1º desembarca em Brasília. Há uma preocupação do governo em não fazer feio diante de todo o mundo com o risco de quedas de energia, que sejam mínimas.

Quando o Brasil foi anunciado sede da Copa do Mundo de 2014, faltavam sete anos para o evento – era muito tempo, na visão equivocada de gestores de variados segmentos, inclusive os públicos. Tempo passado, o peculiar e notório ‘jeito brasileiro’ para adiar projetos nota-se no desespero de muitos, em todas as capitais-sedes, para entregar as obras às portas do evento.

Fortes mantém agenda constante de interação com grupos de trabalho local e estrangeiros – há uma consulta direta com os organizadores dos Jogos de Londres – e série de viagens por capitais para tratar do tour da Bandeira Olímpica (objeto sagrado para o COI, só pode ser tocada na abertura e encerramento dos Jogos)

A APO prepara um site bilingue para divulgar suas atividades e investirá nas redes sociais para mobilizar a população para os eventos preparatórios dos Jogos. Já estão no ar o Twitter @apogovbr e a página do Facebook Autoridade Pública Olímpica.

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José Serra recusou presidência do PSDB
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Leandro Mazzini

foto arquivo

José Serra está chateado com a repercussão de seu jantar com o senador Aécio Neves, em São Paulo, na segunda-feira.

Ele disse a amigos ontem que apesar da conversa amistosa, em nenhum momento pediu ao colega tucano apoio para presidir o PSDB a fim de sair do ostracismo, como publicaram alguns jornais.

Admite que a cúpula do partido o sondou e ele recusou. Serra embarca para os Estados Unidos, onde passará período sabático de estudos.

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#MEDO

Sem oposição no plenário, lotado de petistas e nomes da Base, Mantega tomou coragem e previu o PIB de 2013 em 3%. Ele errou todas as previsões dos anos anteriores.

MIRO NO PÁREO

O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) confirma à coluna que há diálogo com o presidente do PDT, Carlos Lupi, num projeto de candidatura própria no Rio – para ser o palanque estadual de Aécio Neves, não de Dilma Rousseff. ‘Se o partido decidir, serei com honra, porque fortalece o meu nome. Trabalhei muito para o avô dele (Tancredo)”.

MAIS UM

Na onda de pré-candidatos, por ora 0 pastor Everaldo, presidente nacional do PSC,está convicto de seu lançamento ao Palácio do Planalto. Diz a próximos que será o candidato dos evangélicos e faz conta de 10 milhões de votos.

RISCO

Apesar da forte ligação de Lula e de Dilma com o governo do PMDB do Rio, não há certeza do apoio de Pezão (candidato do PMDB), Sérgio Cabral e Eduardo Paes ao PT se Lindberg Farias for lançado. O trio pode liberar a militância para apoiar Aécio. Sérgio Cabral, pouco antes da eleição de Lula, era tucano aguerrido. Cabral apoiou Geraldo Alckmin até o início do 2º turno de 2002, quando se bandeou para o petista.

 CURTO-CIRCUITO

Contrariado com atraso de uma hora de convidado da Aneel para audiência, o deputado Dudu da Fonte (PP-PE) passou um pito público no cidadão. Dudu da Fonte vai cobrar o MP Federal que entre no caso da devolução dos R$ 7 bilhões cobrados a mais de consumidores pelas elétricas, durante sete anos. O processo emperrou no TCU, onde há ministros próximos do setor.

AFUNDOU  

Travaram as negociações com o Planalto para Kátia Abreu assumir a Secretaria dos Portos. O presidente do PSD, Gilberto Kassab, queria dois ministérios para o partido e que Kátia fosse incluída na cota da própria Dilma. Daí Kassab desistir de entrar na base. Com isso, Kassab espera o jogo se acertar e valoriza o passe do PSD. Só as pesquisas de Dezembro apontarão se fecha com Dilma, Aécio ou Campos. Ou com quem pagar mais.

CAMPANHA

O senador Lindberg Farias (PT) corre o Noroeste do Rio em visitas e palestras em faculdades. Ontem esteve na Unig de Itaperuna, hoje visita municípios da região.


Deputado fazendeiro prega a extinção da Funai
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Leandro Mazzini

Quartiero chuta viatura da PF durante protesto em Roraima, à ocasião da demarcação da Serra do Sol

Polêmico fazendeiro, eleito deputado federal em 2010 por Roraima, Paulo Cesar Quartiero (DEM-RR) é um notório desconhecido entre seus pares. Mais pela discrição com que circula no Congresso, porque nota-se facilmente sua verve aguerrida quando liga a metralhadora verbal.

Ele defende a extinção da Funai – Fundação Nacional do Índio. Na sua visão, a Funai “incorpora, na vida nacional, sentimentos como ódio racial, luta étnica, prejudica nossa economia e nossa soberania”.

Não bastasse a bomba solta, complementa que a entidade “cria guetos” e “os índios estão cada vez pior.”

Quartiero tem seus motivos pessoais para detestar a Funai. Ele é o polêmico agricultor que foi dono de vastos arrozais em Roraima, em especial no município de Pacaraima – que se estendiam até a fronteira com a Venezuela.

Conhecido da Polícia Federal, já foi detido em afrontas a agentes durante imbróglios nas invasões de nativos em suas fazendas – certa vez, para não ser preso, usou a estratégia de pular uma cerca. Se menos de um metro o separava do delegado, o mapa e a Constituição endossaram seu plano: estava no lado venezuelano.

Quartiero perdeu a briga judicial. Teve de vender suas terras, alvo da oficializada reserva Raposa Serra do Sol, mas ainda milionário comprou grandes áreas na Ilha de Marajó (PA), para onde migrou suas plantações e máquinas.

A mágoa com a situação permanece no seu ideário patriótico-pessoal. Para ele, todo o problema começou com a Constituição de 1988.  “Ali que foi começado o aparteid no Brasil. Começou quando foi aposentada a política do Rondon. E as ONGs influenciaram essa constituição cidadã que nós temos hoje”.

E conclui: “ A Funai cumpre seu papel de prejudicar o Brasil, de utilizar a questão indígena para trazer o neocolonialismo para o nosso Território”.

Detalhe: apesar do protesto, não há nenhum projeto em tramitação que trate do assunto no Congresso.

Com Maurício Nogueira

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Sem oposição em audiência no Senado, Mantega prevê PIB de 3%
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Leandro Mazzini

Foto Geraldo Magela/Ag. Senado

A presença do ministro da Fazenda, o mais importante representante do governo Dilma Rousseff, passou despercebida pela oposição no Senado hoje.

Somente o senador Álvaro Dias, líder do PSDB, fez contraponto aos dados e propostas apresentados por Mantega em três horas de sessão. Embora tucana, Lúcia Vânia, outra presente, fez coro aos senadores da base.

Livre da oposição e com senadores petistas e outros aliados no plenário, Mantega arriscou pela primeira vez este ano prever o PIB para fechar 2013: 3%. A exemplo de outros anos, embora tenha errado todos os prognósticos pessoais – ou revisto alguns durante os meses.

Presidenciável do PSDB, embora estivesse parte do tempo no Congresso, o senador Aécio Neves não compareceu. A assessoria informou que ele tinha outros compromissos, inclusive com a cúpula do partido, na capital.

O ministro participou de audiência pública conjunta das comissões de Assuntos Econômicos e de Infraestrutura, a convite dos senadores Humberto Costa (PT-PE), Dias (PSDB-PR), Eduardo Suplicy (PT-SP), Clésio Andrade (PR-MG).

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Presidente do PDT negocia palanque para o PSDB no Rio
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Leandro Mazzini

O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, dá sinais de independência em relação à presidente Dilma, apesar de ter retomado conversas com ela e o ministério do Trabalho via Manoel Dias.

Uma semana antes da troca na pasta, ele almoçou a sós com Aécio Neves em Brasília, o pré-candidato do PSDB à Presidência. No cardápio, cenários para 2014.

No Sábado, após a posse de Manoel Dias no Planalto, Lupi voltou no jatinho do vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), e revelou a possibilidade de aliança aos tucanos no estado.

Com o PSDB fraco no Rio, Aécio procura um partido com potencial no estado, caso do PDT – que pode se aliar aos tucanos ou até lançar candidato com vice do PSDB.

Antes disso ambos se fortalecem em seus partidos, o que poderá beneficiar diretamente o projeto de ambos de eventuais chapas regionais.

Lupi deve ser reeleito presidente na convenção nacional do PDT amanhã, em Luziânia (GO). O concorrente é o ex-governador gaúcho Alceu Collares.

Para controlar o partido e afastar qualquer pretensão de volta de José Serra, Aécio Neves já articulou e será alçado presidente do PSDB dia 19 de Maio.

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O “CORTE”

A despeito da limpa prometida pelo presidente Renan Calheiros (PMDB-RN), o Senado tem dado jeitinho. Não tem havido demissão e sim extinção de funções para os comissionados. A manobra é simples: os gabinetes e diretorias estão economizando, como pretendido por Renan, ao cortar os milionários adicionais para os funcionários.

LEILÃO

Desde que anunciou saída do PSC, o deputado Cadoca (PE) virou alvo de leilão. Já foi procurado por PCdoB, através da líder Manuela Dávila, PDT, PP, PR e PTB. Ontem conversou com o vice-presidente Michel Temer.

TO BRABO

Cadoca estava insatisfeito com a intervenção do presidente do PSC, pastor Everaldo, no diretório de Pernambuco, ao realocar ex-desafeto e também aceitar filiação do prefeito de Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral. ‘Investi cinco anos no diretório’, lamenta.

COFRINHO

A despeito do bom currículo de Cadoca, o assédio é fruto da ambição política: é que quanto mais deputados, maior é o naco do fundo partidário para a legenda.

TELA DA FÉ

O pastor Valdomiro Santiago, fundador da Igreja Mundial do Poder de Deus, está perto de fechar a compra da CNT. Nas contas, em poucos anos gastaria com aluguel de grade o valor que pagará na rede. Mesmo que isso custe a venda do seu jato intercontinental.

COMEÇOU 2014

O senador Humberto Costa (PT-PE) mandou um recado para o governador Eduardo Campos, presidenciável do PSB e controlador do porto de Suape. Disse em audiência pública que a expansão do porto não é licitada para ‘favorecer a monopólios’.

OI E TCHAU

Condenado a 12 anos de prisão pelo STF no processo do Mensalão, o ex-diretor do BB Henrique Pizzolatto desfilou pelo Congresso ontem com comitiva (não policiais).