Coluna Esplanada

Arquivo : fevereiro 2015

Pauta de Cunha será blindada por lançamento de Frente Parlamentar Católica
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Leandro Mazzini

Foto: Arquivo ABr

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Na onda do poder cristão que se instalou no comando da Câmara dos Deputados, com o assumido evangélico Eduardo Cunha (PMDB-RJ), os religiosos consolidam uma operação para reforçar a bancada e blindar o presidente da Casa.

O deputado Givaldo Carimbão (PROS-AL) coletou mais de 200 assinaturas de seus pares e vai lançar a Frente Parlamentar Católica, que se unirá à Frente Evangélica – da qual Eduardo Cunha é egresso.

Eduardo Cunha já se mostrou firme contra pautas liberais. Discussões sobre aborto estão fora da pauta. Resta saber sobre os projetos direitos dos homossexuais.

A ideia é formar uma tropa de votos que consolide uma pauta cristã este ano na Casa, ‘pelo bem social e da família’. A primeira ‘pauta’ já se oficializou. O benefício de passagens aéreas para os(as) cônjuges dos(as) deputados(as) foi promessa de campanha de Cunha para evangélicos e católicos.

Para os deputados, não há farra de passagens. O propósito, contam, é justamente não ficar muito tempo longe das esposas e maridos e valorizar a família. Nos salões da Câmara, à meia boca, alguns parlamentares brincam que isso é o efeito da minissérie Felizes para sempre? , da TV Globo, que se ambientou em Brasília.

PODER & FÉ

Carimbão é conhecido em Alagoas, seu reduto, pelo trabalho ligado à Igreja. Possui três trios-elétricos que disponibiliza para eventos religiosos, e há anos tem autorização do Vaticano para os dois caminhões-altares que rodam estradas do Nordeste. Na boleia, os padres que estacionam em postos de gasolina e celebram missas para viajantes.

O deputado conclui também a construção, no interior alagoano, da Cidade de Maria, que considera um dos maiores teatros ao ar livre do mundo para festividades cristãs.

 


Câmara instala comissões para inspecionar refinarias e transposição de rio
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Leandro Mazzini

Foto: O Impacto

Foto: O Impacto

O deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE) conseguiu instalar as comissões externas para iniciar excursões em duas frentes.

O grupo de deputados vai visitar as obras de transposição do Rio São Francisco, e também das refinarias da Petrobras – em especial a Premium I, no Maranhão, onde a estatal abandonou as obras após R$ 1 bilhão em investimentos, e a Abreu e Lima, em Pernambuco, alvo das principais maracutaias do ex-diretor Paulo Costa.


‘Intensivão’ de Mercadante sobre pacote auxilia articulação de Pepe
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Leandro Mazzini

O chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, auxilia mas, pela desenvoltura, tomou a frente da articulação política, missão do ministro Pepe Vargas.

Mercadante tem se reunido com as bancadas governistas em jantares e, diante do atual cenário e respaldado pela formação acadêmica como economista, é o chefe da Casa Civil quem tem dado um intensivão para as bancadas governistas nos banquetes.

Foi assim nos encontros dos últimos dias com PMDB, PSD e PP.

 


PSDB se nega a assinar CPI do Swissleaks no Senado
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Leandro Mazzini

Foto: Arquivo ABr

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Os tucanos não quiseram assinar o pedido de abertura da CPI do Swissleaks – já apelidada no Congresso de CPI do Suiçalão – protocolada pelo senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), com instalação confirmada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL)

O senador Randolfe (PSOL) conseguiu até ontem à noite 33 assinaturas suprapartidárias para protocolar a CPI. Procurou cinco senadores tucanos, entre eles o líder, Cássio Cunha Lima (PB), mas todos se negaram a endossar o documento. Dois senadores do DEM subscreveram: Davi Alcolumbre (AP) e Wilder Morais (GO).

A CPI pretende investigar se houve remessa ilegal de valores e ou lavagem de dinheiro de brasileiros para a Suíça. Conforme revelou o Blog do Fernando Rodrigues com exclusividade, em parceria com dados vazados por fonte para jornais na Europa, cerca de 8 mil brasileiros têm contas secretas no país.

 


Para deputados, ministro do Planejamento defende liberação de preços
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Leandro Mazzini

Foto: Arquivo ABr

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Na reunião com o PSD, o ex-secretário Executivo da Fazenda e hoje ministro do Planejamento Nelson Barbosa defendeu menos intervenção do Estado na economia, relatam parlamentares presentes ao banquete de terça-feira à noite.

Para Barbosa, o governo deve liberar os preços para que o mercado regule. Ele também se diz contra a política de subsídios.

Com a bancada ex-PFL liberal na plateia, foi ovacionado. Mas ele não é ministro da Fazenda, nem presidente do BC, embora seja uma das poucas vozes ouvidas pela presidente Dilma Rousseff.


Levy, para bancadas: ‘Devemos agir com firmeza e urgência’
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Leandro Mazzini

Foto: UOL Economia

Foto: UOL Economia

Nos jantares nos quais tem participado nos últimos dias – com PMDB, PSD e PP – o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, tem repetido a frase para convencê-los da importância do pacote fiscal da presidente Dilma: ‘Devemos agir com firmeza e urgência’.

Na casa do líder do PSD na Câmara, deputado Rogério Rosso (DF), na terça-feira, o ministro da Fazenda deu recado grave: ‘Há risco de downgrade’ na nota do País para investidores, se nada for feito agora.

À ocasião do jantar, sete ministros participaram, entre eles os três da área econômica: Além de Levy, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, e o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa.

Para Levy, um terço do efeito do pacote recairá sobre os cidadãos, e dois terços sobre o governo – cortes nos custeio e contingenciamento no Orçamento.

Participaram também da reunião com o PSD Gilberto Kassab (Cidades) – presidente do PSD – Pepe Vargas (Relações Institucionais) e Afif Domingos (Pequena Empresa). O chefe da Casa Civil e economista, Aloizio Mercadante, também fez suas explanações e convenceu a bancada a fechar com o governo nas votações das MPs.

É A VIDA

Levy, firme no seu plano de ‘maldades’ para a população, com carta branca da chefe, tornou-se o ‘Meu Malvado Favorito’ da presidente Dilma, brincam no Congresso os parlamentares.

 

 


Sarney monta escritório em Brasília que pode acolher sua fundação
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Leandro Mazzini

sarneyvale

O ex-senador e ex-presidente da República José Sarney (PMDB) alugou um prédio no Lago Sul em Brasília e determinou sua reforma.

Ex-governador do Maranhão e ex-senador pelo Estado e também por Amapá, Sarney avisou a aliados que pretende continuar em Brasília, perto do Poder. Já avisou que sai da política, mas a política não sairá dele.

Entre os amigos, há quem diga que o veterano prepara a futura sede da Fundação da Memória Republicana Brasileira, com seu acervo, hoje alvo de polêmica em São Luís (MA), por ocupar um convento.


Acusado de receber propina, presidente do DEM some da tribuna
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Leandro Mazzini

Foto: ABr

Foto: ABr

O senador e presidente do DEM, José Agripino Maia (RN), passeia discreto pelo plenário desde terça-feira. Afeito a subir à tribuna do Senado para discursar contra os desmandos do governo, ele passa longe do parlatório desde terça-feira até a manhã desta quinta-feira.

No domingo, o Fantástico da TV Globo exibiu reportagem na qual um delator afirma ter pagado até R$ 1 milhão em propina para o parlamentar, em referência a contratos com o Detran no Rio Grande do Norte, durante a gestão de Rosalba Ciarlini. Agripino era o principal aliado. da governadora.

A despeito da acusação, Agripino é muito cumprimentado pelos colegas de plenário, e tenta se justificar para cada um deles.


Em conflito com Cid, direção do PROS pretende intervir no Ceará
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Leandro Mazzini

Cid Gomes virou persona non grata. Foto: ABr

Cid Gomes virou persona non grata. Foto: ABr

O comando nacional do PROS entrou em velada guerra com o ministro da Educação, Cid Gomes, que já propalou não ser um representante do partido na pasta. Mas não por isso.

A Executiva pretende intervir no diretório regional do Ceará, onde Cid tem sua bancada – e não uma bancada do PROS, diz um dos expoentes da legenda.

Neste cenário, o PROS vive crise existencial governista. A bancada ouve dos ministros do Palácio do Planalto que tem o ministério da Educação; vai a Cid e ouve que ele é da cota da presidente Dilma, não da legenda.

Assim, alguns membros da Executiva e parlamentares iniciam devagar uma operação para pressionar Cid a sair do partido.

‘Eles foram para o PSDB e racharam; para o PPS e brigaram com a cúpula; para o PSB e tentaram tirar Eduardo (Campos) do controle; e agora tentam dominar o PROS’, diz um parlamentar, em referência aos irmãos Cid e Ciro.


Câmara: PT e PCdoB duelam por Comissão de Relações Exteriores
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Leandro Mazzini

Uma batalha vermelha pelo controle da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados.

O PT e o PCdoB se digladiam pelo comando. A deputada Jô Morais (MG) é a candidata dos comunistas. Pelo PT, os cotados são Marco Maia (RS) – ex-presidente da Casa – e Carlos Zaratini (SP).

A decisão pode sair hoje. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), agendou para as 10h desta quinta reunião para decidir o controle de todas as comissões da Casa.

A Comissão passou a ter interesse especial dos partidos da base governista diante da intensa negociação do governo para reequipar as Forças Armadas. E diante do cenário sócio-político efervescente na América Latina, em diferentes e polêmicos assuntos que avançam na Argentina, Bolívia e Venezuela.