Coluna Esplanada

Contratos bilionários na Venezuela preocupam empresários brasileiros
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Leandro Mazzini

Os empresários brasileiros com negócios bilionários na Venezuela estão receosos sobre o cenário político-econômico, com o eventual fim da Era Chávez e novas eleições. Não por acaso, dois de três executivos que estiveram com a presidente Dilma no Palácio, na quinta, têm investimentos lá. Murilo Ferreira, da Vale, comanda a Cimentos Argos S.A, que fornece para o governo. Marcelo Odebrecht amplia o metrô de Caracas, e o grupo tem 8 mil colaboradores em seis setores, de óleo e gás a imobiliário.

CONCRETANDO. Em 2008, a Vale comprou por US$ 300 milhões a colombiana Argos, maior produtora latina de cimento com fortes ligações com a Venezuela.

TRILHO CHAVISTA. A Odebrecht não quis se manifestar. O grupo está no país desde 1992. Concluiu as linhas 3 e 4 e constrói mais 56 km de linhas do metrô na capital e cidades-pólo.

POR ORA. Quem passou também pelo Palácio foi o maior usineiro do país, Rubens Ometto, da Cosan. Segundo sua assessoria, que se saiba não há contratos dele no país hermano.

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Ministros Padilha e Barbosa curtem bar em Brasília
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Leandro Mazzini

Recesso é para os fracos. Enquanto Brasília tradicionalmente se ''esvazia'' em Janeiro, quando Judiciário e Parlamento – e até alguns ministros – param suas atividades, muitos tantos ficam na cidade a trabalho ou a passeio.

Nesta sexta-feira, 11, à noite, uma prova disso no BalcoNY bar, na Quadra 412 Sul. Badalado Jazz bar frequetado por jornalistas, lobistas, servidores federais e políticos etc, duas presenças marcaram o lugar.

Numa mesa ao fundo, o presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, estava acompanhado de quatro amigos – entre eles seu filho. Ficou no bar entre 20h e meia-noite. Só levantou-se para dar jeito na coluna, a qual trata, e para cumprimentar duas beldades que se disseram fãs.

Por volta das 23h chegou o ministro Alexandre Padilha, da Saúde, bem acompanhado. Ambos não se viram, que se saiba. E eram dois comuns entre os frequentadores.

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Braga, 100
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Leandro Mazzini

O grande cronista Rubem Braga faria hoje 100 anos e deixou bons e gostosos livros por aí.

E numa biblioteca do futuro, eis o acervo de qualquer escritor de hoje: o seu pen-drive.


Aéreas falidas devem R$ 900 milhões
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Leandro Mazzini

Não bastassem as altas tarifas – e surreais – das companhias, dados revelados à coluna dão combustível para a CPI das Aéreas, protocolada na Câmara. O governo sofre calote constante das empresas, e o problema aterrissa no bolso da União. Só Transbrasil (R$ 95,4 milhões), Varig (R$ 495,6 milhões) e Vasp (R$ 302,2 milhões) devem, juntas, R$ 893 milhões à Infraero, que sobe em milhões com valores corrigidos. São tarifas não pagas de serviços nos pátios. Não foi revelado quanto devem as empresas em operação.

WEBSEGREDO. Segundo a assessoria da Infraero, a Gol, que comprou a Webjet, pagou todas as dívidas com a estatal.

SERÁ? A Infraero informa que monitora diariamente as taxas de embarque cobradas dos passageiros pelas aéreas, que depois são repassadas à estatal.

NO SALDO. A estatal jura que as atuais companhias repassam em dia estas taxas de embarque, mas não explica por que esse crédito cai nas contas das empresas, e não da Infraero.

UTILIDADE. Muita gente culpa a Infraero. Mas atrasos no check-in e na devolução de bagagens, além de voos cancelados são de responsabilidade das companhias.

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Risco de apagão no Nordeste
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Leandro Mazzini

O país corre risco, sim, de racionamento de energia, em especial o Nordeste. No início da noite de terça, o governador Jaques Wagner (BA) ouviu de especialistas a confirmação do que alertara à presidente Dilma antes de ela voltar para Brasília. Os técnicos do Comitê Estadual para Ações de Convivência com a Seca disseram que não há previsão de muitas chuvas para este ano, num quadro excepcional no estado sede dos reservatórios de Sobradinho e Itaparica, e das cinco usinas de Paulo Afonso.

DESENCONTRO. Hermes Chipp, diretor do Operador Nacional do Sistema, omitiu isso. Na coletiva de ontem, disse que a região tem previsão de chuvas ‘na média ou abaixo da média’.

TORCIDA. O governo está ‘nas mãos de São Pedro’. É preciso chover muito no Triângulo Mineiro e na nascente do Rio São Francisco. Não há previsão.

MINISTRO. Gabriel Chalita deve voltar ministro de sua folga no Domingo. Dilma chamou ontem no fim do dia Marco Raupp, da Ciência e Tecnologia, para conversar. Um mistério.

CHOQUE EÓLICO. Vai ter curto-circuito. Sobre o caso do parque eólico parado na Bahia, o diretor de Engenharia da Chesf, José Aílton de Lima, disse no ‘Fantástico’ que a obra não andou porque faltou licença ambiental. Jaques Wagner chamou o secretário Eugênio Spengler no gabinete e descobriu que todas as licenças já haviam sido dadas.

DO SEU BOLSO. A Chesf terá de se explicar. Internamente ainda se discute não pagar a multa da ANEEL sobre o impasse. Pegou mal em Brasília o jeito soberbo da entrevista do diretor José Aílton à TV.

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Wagner e ACM Neto viram aliados
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Leandro Mazzini

Para quem apostou em briga, tiro n’água. Vai bem a relação política entre o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), e o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM). Ambos têm sido solícitos nos mútuos pedidos. A parceria é tamanha que o governador vai despejar mais dinheiro no Carnaval da Orla da capital que em outros anos, quando só apoiou com serviços básicos. Wagner também vai bancar a reforma do palacete da secretaria municipal de Educação, destruído por incêndio.

DUPLA. Wagner esteve no local do incêndio. O governador também bancou a festa de Réveillon na praia, tradicionalmente feita pela prefeitura, e a nova iluminação do Pelourinho.

TEMPO PERDIDO. A relação de Wagner e Neto de longe lembra a do saudoso ACM governador com a então prefeita Lídice da Mata. Ambos se detestavam e não se ajudaram.

PORTA ABERTA. Wagner prepara reforma no secretariado. O deputado e ex-ministro Afonso Florence deve assumir a Secretaria de Relações Institucionais. Cezar Lisboa será remanejado.

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Silêncio de Serra irrita o PSDB
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Leandro Mazzini

O governador Geraldo Alckmin diz que não houve convite. A assessoria de José Serra informa que “não está em debate”. Mas ambos se esforçam para evitar constrangimento. A coluna reafirma que oficiosamente Alckmin o sondou para secretário de Saúde na primeira semana de Dezembro. É que Serra até agora não se manifestou, e isso irrita todo o PSDB, porque atrasa os planos da pré-candidatura de Aécio Neves ao Planalto. Com Serra acuado, Barjas Negri torna-se maior favorito à secretaria de Alckmin.

CLASSIFICADOS. Barjas Negri é economista, foi ministro da Saúde de FHC e elegeu o sucessor na prefeitura de Piracicaba (SP). Está livre para assumir.

SUSPENSE. O PSDB nacional já trata com Aécio, Alckmin, FHC e expoentes a presidência do partido para o senador Álvaro Dias (PR). Seria a saída conciliatória.

CHANCE. É fato para a maioria do PSDB, e entre as bancadas no Congresso, que o timing de Serra passou. O partido dá opções para ele sair do ócio.


MEC cerca os deputados “educadores”
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Leandro Mazzini

A proposta de criação do INSAES – Instituto Nacional de Supervisão e Avaliação da Educação Superior visa em especial fechar o cerco a 2.081 instituições de ensino superior particulares, nas quais estudam 5.706.753 de alunos. Curiosamente, muitas delas são de propriedades de deputados federais e estaduais, com autorização do próprio MEC nos últimos 10 anos. O contingente de alunos é quatro vezes maior que o de matriculados nas federais (1.032.936).

REAÇÃO. Preocupado com a qualidade, o MEC enviou projeto para debate na Câmara e não vai recuar. A associação das faculdades promete reagir mês que vem.

HÁ VAGAS. Como divulgado pela coluna, o INSAES propõe a criação de mais de 500 cargos para que funcione. A corrida já é grande entre funcionários de ministérios.

RAIOS X. Dados do MEC: o país tem 2.365 Instituições de Ensino Superior. São 284 são públicas; 190 são universidades, 131 centros universitários, 2.004 são faculdades e 40 Cefets.

 


A “Pousada do Rural”
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Leandro Mazzini

Atualização, Terça, 15/01, 15h40:  Foi fechada temporariamente a Pousada Refúgio do Caracará, no Pantanal do Mato Grosso, que já foi de propriedade de Kátia Rabello, ex-diretora do Banco Rural condenada no Mensalão. No período administrda pela banqueira, a pousada era preferida de grandes executivos em busca de ecoturismo e pesca, a pousada tem script tão policial quanto a Ação Penal no Supremo. Há suspeita de que mensaleiros a frequentavam e ali o Rural lavou dinheiro. A Polícia Civil investiga falsificação do contrato social em 2009, que teria favorecido Kátia em detrimento da família Mamede, a primeira proprietária.

HISTÓRICO. Em ofício de 7 de julho de 2009 enviado à Justiça, Antonio Carlos Mamede revela que passou procurações para Kátia e executivos dela em 1999. Assim ela virou sócia.

A CRISE. Anos depois, tão logo soube do envolvimento do Rural com o Mensalão, Mamede destituiu Kátia e sócios do conselho do Hotel Rio Pixaim – que controla a pousada.

ENTRA E SAI. Desde 2009, a família Mamede está em guerra judicial com Kátia e o Rural, que ficaram com a pousada. Esse foi o motivo da recente operação da Polícia Civil. Em Abril de 2010, numa ação conciliatória, a Justiça devolveu a pousada ao Grupo Rural.

MAPA DO CRIME. A Refúgio do Caracará é tão exclusiva que era visitada até por banqueiros estrangeiros, que pousavam com seus aviões na pista de 1.100 metros aberta na mata. Fica em Poconé, a 114 km de Cuiabá. Os funcionários foram dispensados e reservas canceladas. Kátia tem que pagar multa de R$ 1,5 milhão à Justiça, ordenou o STF.

Atualização, Terça, 15/01, 15h40:  A assessoria do Hotéis Rio Alegre informou que, em 2012, demitiu dois funcionários e as vagas serão repostas. Apesar de os atuais empregados temerem o fechamento, o hotel alega que retoma as atividades em Fevereiro após recesso.

Atualização, Quinta, 31/01 , 11h07 – A Pousada Refúgio Ilha do Caracará, em Poconé (MT), continua de propriedade do Grupo Rural, após comprovar posse na Justiça em litígio com os ex-proprietários. Não houve fraude. Informa que o fechamento foi sazonal e reabre em Fevereiro.


Haddad vai peitar vereadores
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Leandro Mazzini

Apesar do bom relacionamento com a Câmara de Vereadores, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), pode comprar uma briga grande e pessoal com os edis se mantiver a promessa de aprovar este ano um Código de Obras, a Lei de Zoneamento e operações urbanas, que mexe com o setor de construções. O tema sempre foi tabu para o ex-prefeito Gilberto Kassab. Explica-se: muitos vereadores são donos de imobiliárias ou foram financiados pelo setor.

DESAFIO. Este será o maior desafio do prefeito. O plano, criado no governo Marta Suplicy, foi previsto para até 2012. Haddad terá de ter o seu de qualquer jeito.

DETALHE. Desde que foi criado, em 2002, o Plano Estratégico só recebeu emendas dos vereadores e não uma versão definitiva.

VERDES. O PV será obstáculo, por ora, para o prefeito Haddad, que é contra a inspeção veicular criada pelo José Roberto Trípoli, expoente verde paulistano.