Coluna Esplanada

Arquivo : Aeroclube do Brasil

Pedido pela Infraero, despejo do Aeroclube do Brasil aterrissa no STJ
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Leandro Mazzini

Enquanto briga na Justiça com a Infraero, o Aeroclube do Brasil, no Rio, está há meses sem interventor nomeado pelos associados.

A Infraero pediu o despejo dos dois hangares ocupados desde os anos 70, porque pretende alugar para empresas aéreas.

A estatal estuda também abrir rotas comerciais no Aeroporto de Jacarepaguá, pertinho do parque Olímpico e da Barra da Tijuca, alvo do empresariado. ( lembre aqui o impasse judicial )


O rasante de Efromovich em Jacarepaguá
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Leandro Mazzini

A turma do histórico Aeroclube do Brasil, que sofre ação de despejo da Infraero no aeródromo de Jacarepaguá (RJ), aponta nos bastidores o empresário German Efromovich, dono da Avianca, por trás do lobby pela desapropriação.

A Infraero pretende reutilizar os dois hangares para alocar pessoal transferido do Aeroporto do Galeão, após a concessão, mas nada a impede de alugar os hangares para uma companhia aérea.

A Avianca, aliás, assim como Gol e TAM, fazem pressão para operar no aeroporto de Jacarepaguá com voos comerciais, por ser ‘dentro’ da lucrativa Barra da Tijuca e ‘colado’ no futuro Parque Olímpico de 2016.


Jacarepaguá, no Rio, deve ganhar o ‘aeroporto olímpico’
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Leandro Mazzini

O despejo do secular AeroClube do Brasil de hangares do Aeroporto de Jacarepaguá, feito pela Infraero, segue estratégia muito maior que a anunciada alocação de 200 funcionários da estatal, retirados do Aeroporto do Galeão após a concessão.

A Infraero pretende inaugurar o Aeroporto Olímpico. A pista de Jacarepaguá, usada para voos executivos, fica a poucos quilômetros do futuro parque dos Jogos de 2016 na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. E a dois anos do maior evento do mundo virou alvo da cobiça da estatal e das grandes companhias.

O plano é ampliar a pista em 300 metros para receber Airbus e Boeing de voos domésticos, operados pelas aéreas nacionais. Procurada, a Infraero não se posicionou.

Há anos o debate rola na Barra da Tijuca, reduto classe A do Rio. Há quem prefira o bairro como está, já outros querem aeroporto mais perto que o Santos Dumont (Centro).


Aeroclube sem-teto compromete formação de pilotos para companhias
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Leandro Mazzini

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O aeródromo de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, entrou na mira comercial da Infraero. Foto: voanews.blogspot.com.br

O secular Aeroclube do Brasil está literalmente sem-teto.

Fundado pelo pioneiro aviador Alberto Santos Dumont em 1911, o Aeroclube do Brasil, por ordem judicial, está despejado pela estatal Infraero desde ontem dos hangares que ocupa no Aeroporto de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.

O impasse judicial dura um ano. O despejo não envolve apenas um fato histórico e sentimentalismo. Sem sede, os cursos de formação de pilotos vão paralisar e em poucos anos o mercado de aviação comercial pode sentir o baque.

Isso porque nas últimas décadas o Aeroclube foi responsável pela formação de 80% dos pilotos do Rio, Minas e Espírito Santo, a maioria deles atua nas grandes companhias aéreas.

A conseqüência pode abrir brecha para que o Congresso Nacional mude o novo Código de Aviação, em discussão, e abra as portas para pilotos estrangeiros serem contratados com a eventual futura demanda.

VAIVÉM

A direção do Aeroclube teve sucessivas derrotas judiciais em todas as instâncias no Rio. Apelará agora ao STJ. A assessoria da Infraero informou que não houve acordo comercial pela área cedida em 1972 ao ACB, e agora precisa do local para alocar cerca de 200 funcionários que serão transferidos do Aeroporto Internacional do Rio, o Galeão, com a concessão para a iniciativa privada.

PAÍS SEM MEMÓRIA

Nos EUA, a situação é diferente. A pista e os hangares usados pelos irmãos Wright no primeiro voo foram tombados, e entregues a uma associação de pilotos.

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Infraero despeja o Aeroclube do Brasil, fundado por Santos Dumont
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Leandro Mazzini

 

acb

Foto: norteverdadeiro.com

Em uma semana triste para a aviação do Brasil, o setor recebeu duas notícias trágicas no mesmo dia, na quarta-feira (13): a morte do presidenciável Eduardo Campos (PSB) e, sem alarde, a sentença judicial de despejo do Aeroclube do Brasil, entidade secular fundada por Alberto Santos Dumont, em processo movido pela estatal Infraero, que administra aeroportos.

A Justiça do Rio determinou na quarta a desocupação em até 30 dias do Aeroclube do Brasil (ACB), em hangares do Aeroporto de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.

A sentença do juiz Paulo Espírito Santo, da 2ª Vara Federal (processo nº 9444-9720144025101) vem da ação de despejo que a Infraero move contra o Aeroclube há mais de um ano.

Fundado por Santos Dumont em 1911, o centenário Aeroclube tornou-se ícone da aviação civil, escola de milhares de pilotos e agora cederá lugar a funcionários da Infraero remanejados do Aeroporto Internacional do Rio (Galeão), que serão afastados de suas atividades com a concessão do terminal para a iniciativa privada.

TRÂMITES

Interventor do ACB, José Alberto Parreira informou ontem à Coluna que a ‘questão está com os advogados’ e que eles vão recorrer da sentença.

Os hangares são cedidos desde a década de 70 para o ACB, ‘porém não foi possível a regularização da ocupação por meio de convênio não oneroso’, explicou a Infraero. Ou seja, de cessão, a estatal negociou contrato de aluguel, cujos valores não foram divulgados.

SEM NEGOCIAÇÃO

A Infraero informa que ‘parte da área será utilizada para realocar aproximadamente 189 empregados’ que atuavam no Galeão. Na sentença, o juiz determinou que a estatal prove este remanejamento de pessoal.

O despejo gerou comoção entre aeronautas e historiadores do País. ‘O ACB foi o verdadeiro berço primordial de uma multidão de aeronautas, desde sua criação no Campo dos Afonsos, por Santos-Dumont, passando por Manguinhos, e vindo para Jacarepaguá no início da década de 70 por ordem do Ministério da Aeronáutica’, diz o decano comandante Hamilton Lourenço.

Em fevereiro do ano passado, a Coluna revelou o impasse judicial entre a Infraero e o ACB. À época, a estatal informara que não havia interesse em renovação do contrato de cessão, que expirou em 2008. Desde então, a estatal e os sócios-pilotos do ACB entraram numa turbulência judicial, com derrotas seguidas para os aviadores.

A TV FAB já veiculou no YouTube um interessante documentário sobre a História do Campo dos Afonsos e do Aeroclube. ( aqui )

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DAY AFTER

O presidente do PPS, Roberto Freire, está descartado por ora como vice de Marina Silva (PSB), quando ela assumir a candidatura. Eles não se bicam. Num primeiro momento, Freire classificou de ‘grande equívoco’ a aliança de Campos com Marina. Depois todos se acalmaram, mas a ciumeira ficou. Os potenciais vices são de Minas, Pernambuco e São Paulo.

marina

Às boas – após farpas entre os aliados, Campos apresenta programa de governo a Freire e Marina. Foto: PSB-RS

OS POTENCIAIS VICES  

Uma vez candidata, Marina deve se impor e o PSB, para não perder o pleito, aceitar a escolha dela pelo vice – mas negociado. Há um simbolismo entre os cotados: Minas (Julio Delgado) é o 2º colégio eleitoral; SP, o 1º colégio, pode indicar Walter Feldman (PSB). E Pernambuco levaria aos holofotes uma figura ligada a Campos, como Maurício Rands.

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PRÉ-LARGADA

Os institutos Sensus e DataFolha divulgam na terça, quando começa a campanha na TV, pesquisas que ainda constam o nome de Campos, mas haviam incluído também o Marina Silva como candidata num cenário. Estão registradas no TSE. A conferir.

LISTA DOS ‘MORTOS-VIVOS’

Brasileiro não segura a língua. Até a lista oficial de passageiros do PR-AFA sair, matou-se uma centena de personalidades políticas e familiares no disse-me-disse de quem estava no avião com o presidenciável. A assessora Vera Canfran, Maurício Rands, Marina Silva e a esposa Renata, entre outros, ‘morreram e foram ressuscitados’.

NO IML

Campos acabara de fazer tratamento odontológico estético para aparecer na TV, como esconder um dente rachado. Seu dentista foi ao IML de SP para reconhecer a arcada.

LIGAÇÕES

O avião arrendado da AF Andrade Participações é uma prova de que apesar da figura radical de Marina, Campos não se afastara do agronegócio.

O grupo, porém, em recuperação judicial, não figurou como grande doador de campanhas – nem para Campos ou PSB – nos últimos pleitos desde 2006. Aparece apenas uma doação de R$ 34 mil para candidato a deputado estadual do PSDB em Minas, onde a AF tem fazenda.

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PROTOCOLO PÓS-TRAGÉDIA

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes, da Aeronáutica, em Brasília, é o único órgão da América do Sul com capacidade de decodificar caixas-pretas de aviões. A do Voice do PR-AFA que caiu com Eduardo Campos e equipe já é investigada, mas pode demorar meses. Peças do jato estão em laboratório em São José dos Campos (SP).

AEROTESES

cenipa

Sede do Cenipa em Brasília. É onde está a caixa-preta do PR-AFA, e de onde sairá o resultado da investigação. Foto: Cenipa.

Cresce entre especialistas em segurança de voo e experientes pilotos a tese de que o mau tempo, com neblina e chuva, e possível mudança brusca de vento, aliada à perda de força das turbinas pós-arremetida, podem ter causado o acidente com avião de Campos. O fato da ‘bola de fogo’ vista por populares não descarta choque de turbina com aves.

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PONTO FINAL

É como se o Brasil inteiro estivesse naquele avião…E assim descobrimos que nesta vida somos todos passageiros.


Por lucro, Infraero vai despejar o Aeroclube do Brasil fundado por Santos Dumont
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Leandro Mazzini

A Infraero pode cortar as asas da História e ocupar a qualquer momento dois hangares do Aeroclube do Brasil (ACB) no Aeroporto de Jacarepaguá, no Rio, por interesse comercial.

Fundado por Santos Dumont em 1911, o ACB foi a primeira escola de aviação civil do País e ocupa o local desde a década de 70, destinado pelo antigo Departamento de Aviação Civil, mas agora a estatal requer a área para licitação.

A Infraero informa que trata-se de ação de reintegração de posse, em acordo com a entidade, cujo contrato expirou em 2008, sem interesse de renovação da parte do governo.

Desde então, a estatal e os sócios-pilotos do ACB entraram numa turbulência judicial, com derrotas seguidas para os aviadores. O Aeroclube foi notificado para desocupar os hangares. A entidade recorreu da decisão, sonhando em reverter a situação, mas perdeu na 20ª Vara Federal.

O ACB apelou e a ação chegou ao TRF da 2ª Região, e nova derrota. Nos bastidores, há interesse de empresas aéreas em ocupar os hangares para operações no aeroporto, que atende a companhias de táxi aéreo e empresas de suporte a operações offshore de petroleiros.

Sócio-piloto do ACB desde 1958, o comandante Hamilton Bastos lamenta o impasse: ‘O Aeroclube existe desde antes da Infraero. A situação é triste e crítica’. Agora, os sócios-pilotos querem sensibilizar o ministro Moreira Franco, que é do Rio. O novo ministro faz gestões para mudar o comando da Infraero.

Atualização, Dom., 21h08: O Aeroclube do Brasil já teve sede social em Manguinhos, subúrbio do Rio, e no Campo dos Afonsos. Os pilotos, tidos como ‘comunistas’ , foram perseguidos em 1958 – durante o caso PanAir – e em 1964 – neste último ano realmente alguns do antigo partidão atuavam no ACB. Na década de 70, foram alocados em Jacarepaguá, em hangares cedidos pelo DAC, onde estão atualmente.

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REFÚGIO 

Os deputados ‘mensaleiros’ condenados pelo STF estão convictos de que não serão cassados, pelo menos este ano. Prova é a tranquilidade do irmão de Genoino (PT-SP), o líder do PT José Guimarães (CE), que fala abertamente. E o desfile há dias pela Câmara, sem constrangimentos, de Henrique Pizzolato, ex-diretor do BB condenado à prisão. Pizzolato, em comitiva discreta, estava atrás de apadrinhamentos políticos. Para os petistas, independentemente da decisão do STF, é a Câmara quem abrirá o processo, a seu tempo, após as sentenças publicadas.

ELAS & PODER 

Dilma Rousseff tem crescido na preferência do eleitorado feminino, provou a Datafolha. Ela pulou de 55% para 60%, nas sondagens de 13 de Dezembro e 21 de Março. Marina Silva caiu de 19% para 17%; Aécio, de 10% para 8%. A surpresa – e a força de seu nome – é Eduardo Campos, que nem se lançou e foi o preferido de 5% das mulheres na última pesquisa.

TAL PAI.. 

Sérgio Cabral foi visto com filho em partida de basquete em NY quando Petrópolis chorava seus mortos há uma semana. O herdeiro é cosmopolita. É o mesmo que foi visto abrindo garrafas de  Moët e Veuve Clicquot na boate L’Arc, em Paris, há dois anos.

SEQUESTRO 

Jair Bolsonaro (PP-RJ) vai sugerir que a Comissão de Direitos Humanos discuta o sequestro de crianças do Brasil para o exterior.  Revela que sofreu em família, mas não detalhou se foi parental: ‘Já fui vítima de um. Levaram meu filho para Noruega. Tem dois anos que o resgatei’.

PLURALIDADE NA CDH 

Entre evangélicos, homossexuais e etc, um padre da CNBB tem acompanhado com discrição todas as sessões da comissão presidida por Feliciano. Leva folders de ajuda espiritual e contra o aborto. A CHD é isso: respeito aos GLBT e também à família tradicional.

GARGANTAS 

A seca é tema de reunião de 12 governadores na Terça, em Fortaleza, com a presidente Dilma. É daquelas reuniões de décadas, em que muito se trata e o Orçamento não faz.


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