Coluna Esplanada

Arquivo : condenados

Pedido de prisão: apoio de base e oposição a Lula é medo do MP
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Leandro Mazzini

O Ministério Público de São Paulo conseguiu unir políticos da base e oposição a Lula com o pedido de prisão do ex-presidente.

A gritaria não é apoio ao petista, é receio de um precedente.

Envolve o temor com a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre detenção imediata (mesmo com recursos protelatórios) de quem é condenado em segunda instância.

Para ex-mandatários, se a Justiça em primeiro grau acolhe denúncia e condena alguém, há grande risco de a decisão não se reverter nos tribunais. Em suma, é cela de cadeia para qualquer um.

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Com R$ 40 milhões em caixa, PT abandona mensaleiros
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Leandro Mazzini

O PT abandonou os condenados no mensalão. Prova foi a realização da ‘vaquinha’ do diretório em Brasília, que promoveu jantar para angariar fundos a fim de pagar multas dos mensaleiros, e a malsucedida arrecadação. Foram só R$ 15 mil.

Ano passado, o PT embolsou R$ 39,3 milhões apenas com repasse do Fundo Partidário autorizado pelo TSE, e deu de ombros para os ex-dirigentes: José Dirceu, José Genoino, João Paulo Cunha e Delúbio Soares devem, juntos, R$ 1,8 milhão à Justiça.

VICE MILIONÁRIO

O dinheiro repassado ao PT no Fundo Partidário foi equivalente a 13,76% do total, por ser a maior bancada. Segundo maior, o PMDB levou R$ 33,5 milhões (11,7%).

OPOSIÇÃO

Maiores partidos da oposição, PSDB e DEM surgem em terceiro e quarto na lista do Fundo. Com R$: 27,5 milhões (9,63%) e R$ 17,2 milhões (6,03%), respectivamente.

FUNDO ELEITORAL

O PSB, de Eduardo Campos, e o PDT, de Carlos Lupi, legendas que ensaiam candidatura presidencial, levaram R$ 18,5 milhões (6,47%) e R$ 13,3 milhões (4,65%).

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PARAÍBA QUER VOZ

Uma reunião entre os senadores da Paraíba e deputados no fim de semana em João Pessoa lançou movimento suprapartidário em defesa do Nordeste. Sairá pauta de reivindicações para apresentar à presidente Dilma. Reivindicam política permanente de desenvolvimento e retomada das obras de transposição do Rio São Francisco.


BANCADA DO HOLOFOTE


Em Cuiabá, o ministro do Trabalho, Brizola Neto, encheu a bola do senador correligionário Pedro Taques, cotado para desafiar Renan Calheiros (PMDB-AL) na presidência do Senado. “Ele está preparado para disputar qualquer cargo”.


CAFÉ É COOL

Além de cerveja, surpresa: os jovens bebem mais café. A Associação Brasileira da Indústria do Café indica que consumo na faixa etária de 15 a 19 cresceu de 85% para 91%; de 83% para 90% entre 20 e 26 anos; de 86% para 94% entre 27 e 35. O consumo 4% maior das classes D e E evitou ano drástico para o café. Para comparação, a compra de bens duráveis cresceu apenas 5% em 2012.

ALÔ, OBAMA

Jaime Ginzburg, professor de literatura na USP, relatou em artigo a humilhação que passou no aeroporto de Washington em escala para Minneapolis. Ficou 4 horas detido por… ter errado a cor da assinatura de azul para preta num documento.

BALANÇA, BALANÇA

Periga o saldo da balança. As exportações na 3ª semana de Janeiro foram de US$ 3,2 bilhões, 18% abaixo da média acumulada até a 2ª semana. Houve recuo em minério de ferro e grãos, além de automóveis e celulose.

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Congresso atrasa novo Código e beneficia mensaleiros
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Leandro Mazzini

Os mensaleiros condenados pelo STF vão se beneficiar da demora da aprovação do novo Código de Processo Penal pela Câmara Federal e Senado. Um dos itens discutidos em tramitação no Senado é o limite de uma apresentação para o embargo, recurso usado pelos advogados de réus e condenados para atrasar a execução de sentença. Assim, o STF só poderá pedir a prisão imediata dos deputados após os embargos, que devem ser muitos e durar meses.

MULTA À VISTA. Advogados dos mensaleiros já preparam as ações aproveitando a lei generosa. Caberá a ministro que receber aplicar ou não multa milionária para frear os recursos.

EFEITO FUX. Para o Código de Processo Civil, a campanha pelo fim dos embargos protelatórios e maior celeridade da Justiça foi do então ministro do STJ Luiz Fux, agora membro do Supremo.

BLOQUEIO. Foi o ministro Fux quem comandou a comissão de notáveis juristas em busca da celeridade da Justiça, e entregou o projeto ao Congresso. Depois, pouco se fez.

 


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