Coluna Esplanada

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Convocação de Bumlai causa guerra na CPI do BNDES
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Leandro Mazzini

bumlai

Começou uma guerra interna na CPI do BNDES pela presença de José Carlos Bumlai, o pecuarista amigão do ex-presidente Lula, que tinha passe livre no Palácio do Planalto.

Bumlai foi convocado para depor na próxima terça-feira, sobre financiamento do BNDES a uma empresa sua que teria driblado regras – e inevitavelmente escapará de perguntas sobre os R$ 2 milhões que pediu ao lobista Fernando Baiano para supostamente pagar contas de nora de Lula.

Na comissão, o PT apresentou recurso contra a convocação, através do deputado Carlos Zaratini (SP). Ele tem o apoio do PCdoB e PMDB –  a mando do líder Leonardo Picciani, novo interlocutor da presidente Dilma.


Gravidez livra esposa do governador de Minas de condução coercitiva
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Leandro Mazzini

Pimentel e a esposa, no dia da posse no Governo em janeiro

Pimentel e a esposa, no dia da posse no Governo em janeiro

Mulher do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, Carolina Oliveira escapou de uma condução coercitiva por causa da gravidez de oito meses.

Nos bastidores, os investigadores não descartavam a prisão numa nova fase da Acrônimo, mas temiam que Carolina passasse mal prestes a dar a luz.

Após negociação com seus advogados, ela foi ouvida ontem dentro de uma maternidade em Belo Horizonte, por delegado e agentes da Polícia Federal na Operação Acrônimo. Na oitiva, ela ficou em silêncio, acompanhada também por equipe médica.

A PF investiga indícios de lavagem de dinheiro na agência de comunicação da jornalista, com repasses suspeitos de até R$ 4 milhões de empresas que teriam ligação com Pimentel, durante sua gestão como ministro do Desenvolvimento da Indústria e Comércio.

BLINDAGEM NO CONGRESSO

Enquanto isso, no Congresso Nacional o PT e PP fecharam acordo para blindar o empresário Benedito Rodrigues, o Bené, de convocação para depor na CPI do BNDES. Bené é apontado como o operador na campanha e suspeito de ser o ‘laranja’ de Pimentel.


Caso Pimentel: PT e PP blindam Bené na CPI do BNDES
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Leandro Mazzini

bene
O PT se aliou ao PP e outros partidos da base para blindar o ex-presidente Lula e o governador de Minas, Fernando Pimentel, na CPI do BNDES.

Atuam para evitar a convocação de Lula, do filho Lulinha e do empresário Benedito Rodrigues, o Bené, preso na Operação Acrônimo da PF e suspeito de ser “laranja” do governador Pimentel – que não pode ser convidado devido ao cargo.

Para os deputados, há ligação do dinheiro do BNDES com o empresário suspeito de ser o operador de Pimentel, quando o petista era ministro do Desenvolvimento da Indústria e Comércio e controlava os financiamentos do banco. Na campanha, Bené teria ajudado políticos do PT e PP.

Na última semana a troca de titulares por defensores dos partidos jogaram luz à blindagem. Entraram os aguerridos Angela Albino (PCdoB-SC) e Florence (PT-BA).

O nome de Bené é campeão de requerimentos de convocação, e já foi barrado três vezes até ontem. Um figurão da CPI garante que o empresário será chamado a depor.

TENSÃO

Um suspense toma Belo Horizonte. Após duas operações de busca e apreensão, a próxima fase da Acrônimo pode ser de pedidos de prisão e condução coercitiva de pessoas próximas ao governador e investigadas na operação Acrônimo.


Mantega tenta driblar convocação da CPI do BNDES
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Leandro Mazzini

Foto: EBC

Foto: EBC

O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega oficializou na CPI do BNDES solicitação para não comparecer à convocação para depor no próximo dia 29.

A CPI tem mais de 200 requerimentos na fila para aprovação, entre elas a do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de grandes empresários.

Há dias a comissão aprovou a convocação de Taiguara Rodrigues dos Santos, sobrinho de Lula que se tornou empreiteiro em Cuba e países da África.

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Orgulho do tio Lula, novo empreiteiro da África cai nas garras da CPI
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Leandro Mazzini

lula

O ex-presidente Lula está irado com a convocação de seu sobrinho Taiguara Rodrigues dos Santos para depor na CPI do BNDES na Câmara dos Deputados.

Parlamentares petistas ligados a Lula contam veladamente que o ex-presidente não queria que mexessem com sua família – em especial seu primogênito e seu sobrinho.

Mas a história é outra na CPI. O sobrinho Taiguara é um curioso personagem para os deputados. Até poucos anos um cidadão simples que reformava varandas em São Paulo, segundo a revista VEJA, ele tornou-se um dos grandes empreiteiros parceiro de construtoras do Brasil em obras em Cuba e em países da África.

Em suma, os parlamentares querem descobrir com quantos tijolos se ergue um império em pouco tempo.

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Lula terá de se explicar sobre BNDES na CPI
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Leandro Mazzini

Foto extraída de osul.com.br

Foto extraída de osul.com.br

A CPI do BNDES na Câmara dos Deputados tem 10 requerimentos de convocação – não convite – do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e um para seu primogênito, Fábio Luiz, para avaliar a partir de hoje.

Há também pedidos para quebra de sigilo fiscal de ambos.

A pressão suprapartidária de deputados é grande e o PT perdeu poder na Comissão. Com a iminência da inevitável convocação do Barba – como é chamado o petista entre gabinetes – deputados preferiram cercá-lo devagar para evitar nova crise institucional.

Serão aprovados requerimentos de informações sobre a atuação do petista no cargo de presidente, e fora dele, a favor de empreiteiras – muitas enroladas com a Lava Jato. Em especial, empréstimos e financiamentos com obras em países ditatoriais da África e em Cuba.

O presidente da CPI, deputado Marcos Rotta (PMDB-AM), acredita que aprovar convocação de Lula neste cenário atual poderia piorar a crise com o Palácio do Planalto.

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Presidente da CPI do BNDES garante neutralidade nos trabalhos
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Leandro Mazzini

rotta

Com o PT fora da mesa, há especulação de que a CPI do BNDES na Câmara dos Deputados será uma CPI “da oposição”, como circula nos corredores do Congresso.

No entanto o presidente Marcos Rotta (PMDB-AM) dá uma dica de que “haverá imparcialidade total”.

“Temos uma série de denúncias que precisam ser esclarecidas, mas preservando a seriedade da instituição”.

O relator escolhido é o deputado José Rocha (PR-BA). O primeiro convidado a depor é o presidente do banco de fomento, Luciano Coutinho. As reuniões serão às terças e quintas-feiras.


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