Coluna Esplanada

Arquivo : declaração de bens

Collor escondeu Porsche e Lamborghini da Justiça
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Leandro Mazzini

A Lamborghini do senador Collor, avaliada em R$ 3,3 milhões, dirigida por um agente da PF. Foto: Folha/UOL

O Lamborghini do senador Collor, avaliada em R$ 3,3 milhões, dirigida por um agente da PF. Foto: Folha/UOL

Vinte e quatro anos depois da queda de Fernando Collor da Presidência da República, a famigerada e indevassável Casa da Dinda em Brasília, sua residência oficial, virou alvo de operação da Polícia Federal.

Os agentes saíram de lá com três caros carros importados: uma Ferrari, um Lamborghini e um Porsche.

Alvo da Operação Lava Jato, com as apreensões o senador Collor agora pode ter problemas também com a Justiça Eleitoral. ‘Apreenderam três veículos de minha propriedade’, frisou Collor na tribuna do Senado no fim da tarde de ontem, num discurso de protesto. Ocorre que o senador não declarou na relação de bens ao TSE, na campanha do ano passado, o Lamborghini e o Porsche.

Collor dirige o Lamborghini (R$ 3,3 milhões) e o Porsche (R$ 900 mil) por Brasília há mais de ano, indicam fontes ouvidas. Procurada, a assessoria do senador não retornou.

No seu discurso no Senado, no fim do dia, Collor criticou a operação da PF, a chamou de irregular e espetaculosa, por ‘recolher bens declarados’.

Atualização Quarta, 15, 14h20 – Em nota na tarde desta quarta, a assessoria informou que Collor não tinha de declarar os carros, porque estão em nome de empresas. O senador deve se explicar melhor. A Coluna procurou a assessoria ontem, sem resposta, e o próprio parlamentar, na Tribuna, informara que os veículos eram de sua propriedade.

Ano passado o senador Collor, ao disputar a reeleição para o Senado, declarou à Justiça R$ 20,3 milhões em patrimônio entre imóveis, terrenos, cotas de empresas, automóveis etc.

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UM JARDIM DE POSSANTES

Collor tem mais de R$ 3,6 milhões declarados apenas em carros. Citou à Justiça uma BMW avaliada em R$ 714 mil, dois Kia Carnival (de R$ 183 mil e de R$ 133 mil), a Ferrari (R$ 1,9 milhão), um Toyota Land Cruiser (R$ 180 mil), um Mercedes E320 (R$ 342 mil), duas picape Hillux (R$ 142 mil e R$ 14 mil, versão antiga).

São 14 carros no total. Segue a lista: um Hyunday Vera Cruz (R$ 132 mil), um Honda Accord (R$ 51 mil) e uma Land Rover (R$ 114 mil); Um Citroen C6 (R$ 322 mil), um Gol Rally (R$ 27 mil) e um Cadilac SRX (R$ 65 mil).

Este é o destaque da Coluna desta quarta, enviado às 19h05 de ontem para os jornais da Rede Esplanada.


Agnelo não declarou ao TSE moto importada que o derrubou
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Leandro Mazzini

O governador Agnelo Queiroz (PT), do Distrito Federal, candidato à reeleição, corre o risco de ser considerado um “motoqueiro fantasma” junto ao Tribunal Superior Eleitoral, e seu tombo hoje numa Harley Davidson pode complicar sua situação eleitoral.

Não pela queda, que lhe rendeu corte profundo na perna e vai tirá-lo de circulação por alguns dias, mas porque a Harley-Davidson que pilotava não está registrada em sua declaração de bens do candidato petista enviada ao TSE (Veja lista abaixo)

Segundo fonte próxima de Agnelo, a moto é um hobby e o governador a possui há anos. Durante esta terça, sites de notícias informaram que a moto está em nome do governador (Confira nestes links – Aqui, no UOL; aqui e aqui.

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Fonte: TSE

Questionada no início da noite pela Coluna sobre quando Agnelo comprou a moto e se ela está em seu nome, a assessoria do governador não retornou até o momento.

A assessoria de imprensa informou em nota, mais cedo, que o governador se acidentou após voltar para a residência oficial após um compromisso de campanha.

Para não perder o pique, não será surpresa se nos próximos dias o governador, em campanha, aparecer na TV citando que a saúde vai bem em Brasília porque ele foi atendido e salvo no hospital público de Taguatinga.

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