Coluna Esplanada

Arquivo : deputado feliciano

House of Feliciano & Lelisgate: aparecem o intermediário do Rio e dinheiro
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Leandro Mazzini

> Carioca que aparece como intermediário de negociação aparece e avisa à Polícia que vai entregar o dinheiro

> Origem do dinheiro ainda é mistério, assim como o porquê do pagamento pelo silêncio da garota

> Inquérito de SP foi remetido para a PGR, que analisa pedido de investigação de Feliciano ao STF

> Entrada da PGR não livra Patrícia Lélis do indiciamento por extorsão e falsa comunicação em SP. Feliciano continua na moita e não explica por que pagaria pelo silêncio.

> Patrícia e Emerson garantem – e vídeo também mostra – que Feliciano sabia que chefe de gabinete negociava com garota

 

A Polícia de São Paulo localizou o carioca Arthur Mangabeira, que se passou por agente da Abin, segundo relatou Patrícia Lélis em seu depoimento, para ajudá-la num acordo malfadado com o deputado Pr. Feliciano (PSC-SP), como um ‘procurador’ da jovem.

Segundo a investigação, ele recebeu R$ 50 mil das mãos do próprio chefe de gabinete de Feliciano, Talma Bauer, pelo silêncio da mulher que acusa o deputado de agressão e tentativa de estupro. Bauer teria ido de carro de São Paulo ao Rio para entregar o dinheiro.

Mas desde que recebera o dinheiro, há mais de um mês atrás, Arthur sumiu do mapa com o dinheiro. O caso virou um seriado de trapalhadas de todos os envolvidos – a garota, o assessor político, o deputado e este ‘agente’ que agora aparece.

Arthur já conversou com o delegado Luis Hellmeister, do 3º DP de SP, por telefone, agendou oitiva e prometeu aparecer com o dinheiro. A Coluna tentou contato com Arthur em dois telefones, mas ele não respondeu. O advogado do jovem, de acordo com o delegado, mantém contato com a polícia.

MISTÉRIO DO DINHEIRO

A polícia já apreendeu R$ 20 mil com um ex-amigo de Patrícia, Emerson Biazon, que entregou o esquema quando veio a público a negociação em SP. O inquérito do 3º DP foi remetido para a PGR em Brasília, a pedido do próprio procurado-geral Rodrigo Janot.

Em depoimentos à Polícia em SP, Patrícia e Emerson Biazon garantiram que o deputado Feliciano sabia a todo momento que Bauer negociava o silêncio da garota. Em um vídeo, revelado pela Coluna, Bauer anuncia ‘Marco’ ao telefone. Era o deputado, que falou com Patrícia e pediu para ela gravar vídeo a seu favor, de acordo com depoimentos.

DENÚNCIAS

Patrícia é a jovem que acusou o deputado de agressão, assédio sexual e tentativa de estupro dentro do apartamento funcional em Brasília. Ela viajou para SP e passou de vítima a vilã ao ser flagrada negociando muito dinheiro com o assessor de Feliciano por seu silêncio.

A Coluna revelou os prints de uma negociação que envolveria R$ 300 mil em seis parcelas de R$ 50 mil. E depois veiculou a íntegra de um vídeo em que ela aparece negociando com chefe de gabinete do deputado. Em SP, Patrícia foi indiciada por falsa comunicação de crime – ao fazer B.O. se dizendo vítima de sequestro – e extorsão.

Já o deputado Feliciano está na mira da Procuradoria Geral da República, que deve pedir a investigação à Polícia Federal, caso denuncie o caso ao Supremo Tribunal Federal. Caso abra inquérito, a PF terá a oportunidade de investigar a origem do dinheiro apreendido e porquê desse montante em negociação com a garota.

Também poderá rastrear os sinais de celulares do parlamentar e da jovem que o acusa, para averiguar se em algum momento eles se encontraram. A advogada de Patrícia também aposta na perícia nos aparelhos dos dois, para mostrar a veracidade ou não das evidências de provas apresentadas da troca de mensagens entre o política e a jovem pelo Telegram.

 

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Confira aqui a primeira denúncia

Ouça aqui o áudio em que ela confirma a agressão

Assista o vídeo que comprova encontro da garota com assessor

Leia aqui os prints das conversas sobre negociação de R$ 300 mil

Feliciano telefonou para ela, e pediu para caprichar em vídeo em sua defesa

Veja aqui o cronograma da denúncia


Caso Feliciano: Janot pede inquéritos da Polícia de SP e do DF
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Leandro Mazzini

Foto: ABr

Foto: ABr

O procurador geral da República, Rodrigo Janot, já requisitou às polícias de São Paulo e do Distrito Federal os inquéritos abertos sobre o caso Patrícia Lélis x deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), e analisará os documentos para decidir se pede a abertura de inquérito no Supremo Tribunal Federal – a Corte recebeu o B.O. feito pela jovem na Delegacia da Mulher.

A informação foi dada pelo próprio Janot à deputada federal Érika Kokay (PT-DF), que o visitou ontem. Kokay capitaneou grupo de 22 parlamentares que denunciou à PGR o caso, em que Patrícia acusa o deputado de agressão e tentativa de estupro dentro do apartamento funcional em que ele reside em Brasília.

Em São Paulo, o cenário é totalmente contra a jovem denunciante. No 3º Distrito Policial, ela deve ser indiciada em alguns dias por extorsão e falsa comunicação de crime, ao ser flagrada negociando até R$ 300 mil, em parcelas de R$ 50 mil, pelo seu silêncio e para mudar sua versão – e complicou o chefe de gabinete de Feliciano, Talma Bauer, que pediu exoneração.

JURISDIÇÃO

Segundo Érika Kokay, Janot afirmou que devido ao fato de Feliciano ter foro privilegiado todos os processos relativos ao caso deverão ser encaminhados à PGR, quem, de fato, é responsável por investigar parlamentares.

A representação solicitando investigação à PGR foi feita pelas deputadas petistas Erika Kokay, Ana Perugini, Margarida Salomão e Luizianne Lins e endossada por outras parlamentares.

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